quinta-feira, 5 de junho de 2008

A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO

TEXTO: I Ts 5:14

INTRODUÇÃO: O líder, sem levar em conta seu treinamento, não tem o privilégio de escolher entre aconselhar ou não aconselhar os seus liderados. Eles inevitavelmente lhes apresentarão os seus problemas, certos de que receberão orientação e cuidado. Então o que resta ao líder não é se ele vai aconselhar ou não, mas se vai fazê-lo de modo disciplinado e hábil ou de modo indisciplinado e inábil.
Não é fácil aconselhar de forma disciplinada e hábil. Mas se o líder desistir de fazê-lo por certo perderá seus liderados. Onde as pessoas deverão ir com seus problemas? Isso deve levar-nos a aperfeiçoarmos dia a dia a nossa instrução e retermos o que aprendermos para acumularmos experiências na área de ajudarmos as pessoas.

VENCENDO O PRECONCEITO
Jesus, nosso referencial passou muito tempo falando com as pessoas necessitadas, seja em grupos ou isoladas. Ele não tinha preconceito e nem se assustava com o que ouvia das pessoas: superou a barreira racial ajudando a mulher samaritana e depois uma cidade inteira de samaritanos; superou a barreira social, quando foi à casa de Zaqueu e o ajudou, quando tocou no leproso e o curou; superou a barreira religiosa quando curava as pessoas no sábado.

TER SENSIBILIDADE
Paulo era sensível às necessidades dos outros escreveu: “nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos” (Rm 15:1). Biblicamente ajudar as pessoas não é uma opção, mas uma obrigação cristã. Muitas vezes, o aconselhamento pode parecer uma perda de tempo, mas deve se constituir uma parte importante da nossa vida.
O aconselhamento deve ter como objetivos:
  • Estimular o desenvolvimento da personalidade das pessoas;
  • Ajudar as pessoas a enfrentarem os conflitos íntimos e as emoções prejudiciais;
  • Prover encorajamento para aqueles que tenham perdido algum ente querido ou sofrido decepções;
  • Assistir as pessoas cujo padrão de vida lhes cause frustração e infelicidade;
  • Levar as pessoas a terem uma relação pessoal com Jesus
PERSONALIDADE POSITIVA
Toda e qualquer técnica terapêutica só poderá ter efeito se o conselheiro tiver uma personalidade positiva e isto envolve cordialidade, sensibilidade, compreensão, cuidado e disposição de fazer tudo com amor. A fim de se tornar um conselheiro eficaz, o líder deve ser uma pessoa real e humana.
Jesus, o melhor exemplo que possuímos de “maravilhoso conselheiro” (Is 9:6), possuía personalidade, conhecimento e habilidade que o levou eficazmente a assistir as pessoas que precisavam de ajuda. Jesus era absolutamente honesto, profundamente compassivo, altamente sensível e espiritualmente maduro. Ele procurou ajudar as pessoas e interessado em ajudá-las, vivia convidando as pessoas a virem a Ele para que desfrutassem paz, esperança e segurança.

UM ENSINAMENTO AMPLO
De acordo com as Sagradas Escrituras, o cristão deve ensinar tudo o que Jesus ordenou. Isto quer dizer que devemos ensinar sobre as Doutrinas da Salvação (Soteriologia), da Igreja (Eclesiologia), da Bíblia (Bibliologia), do pecado (Hamartiologia), de Deus (Teologia), do Espírito Santo (Pneumatologia), dos Anjos (Angelologia), das coisas futuras (Escatologia), etc., mas também envolve ensinos sobre casamento, interação entre pais e filhos, obediência, relação de fraternidade entre as diferentes etnias e raças, liberdade tanto para homens quanto para mulheres. Igualmente envolve assuntos como: sexo, ansiedade, medo, solidão, dúvida, orgulho e desânimo. Ensinar tudo o que Jesus ordenou é, em suma, ajudar as pessoas a se entenderem melhor com Deus, com o próximo e consigo mesmas.

UM ALIADO EFICIENTE
No centro de todo nosso ensino e conselho, precisa estar a pessoa do Espírito Santo. Ele é o supremo Consolador e Ajudador. Ele faz lembrar, convence as pessoas a respeito do pecado, da justiça e do juízo, guia a toda verdade, ajuda em nossas orações e dá autoridade ao conselheiro.
Ele ajudará os conselheiros nos momentos de oração, de meditação nas Sagradas Escrituras, nos momentos em que precisar Sabedoria e de uma palavra de revelação. Todo líder ou conselheiro cristãos precisa desejar ser usado pelo Espírito Santo. Paulo disse que “não devemos nos embriagar com vinho, mas encher-nos do Espírito” (Ef 5:18). O vinho faz com que a pessoa perca a razão e o juízo e isso é totalmente avesso a um conselheiro, que deve, sim, ser cheio do Espírito para que possa ser usado para tocar nas vidas, modificá-las e levá-las em direção à maturidade espiritual e emocional.

CONCLUSÃO: Precisamos ter os olhos e o coração abertos para podermos ajudar aqueles que estão em dificuldades, Lucas 10:30-37. Este assunto continua na próxima semana.

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