quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 5

MANTENDO UMA MENTALIDADE SADIA Is 55:8-9 O que o homem faz é conseqüência do seu pensamento. "Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente" (Gn 6:5). É responsabilidade de cada um decidir que tipo de pensamento manterá em sua mente. Vamos nutrir pensamentos que nos levem a manter uma vida de comunhão com Deus. A mente é o campo principal da batalha dos filhos de Deus, ali se decide a vitória ou a derrota, se caminho em santidade ou caminho na carne, se terá um corpo sadio ou enfermo. A inconstância espiritual e emocional que observamos em muitos cristãos é resultado de uma mente dividida. Com uma parte tenta agradar a Deus e, com outra, tem comunhão com o sistema deste mundo. A Palavra diz: "O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos" (Tg 1.8). Muitos cristãos estão perdendo a batalha contra o inimigo nos lugares celestiais, porque ainda não tem ganhado a batalha em sua mente. Não podemos conquistar as fortalezas espirituais em lugares celestiais, sem que primeiro tenhamos conquistados as fortalezas espirituais que satanás tem levantando em nossas mentes. Satanás conhece muito bem o funcionamento da mente humana. Sabe que se conseguir manter sua fortaleza na mente do cristão, o Espírito não terá liberdade de expressão, a pessoa não terá paz em seu relacionamento e comunhão com Deus, sua mente será um instrumento para fazer o corpo pecar, não haverá autoridade espiritual para lutar contra as suas obras, Js 7:21; At 5:3. Para que as coisas caminhem bem é muito importante certificar-nos de como está a nossa mente. Não haverá progresso se ela não se colocar em harmonia com Deus. O apóstolo Paulo nos fala para termos uma mente transformada, Rm 12:2, e a pensarmos nas coisas que são de cima, Cl 3:2. Se não fosse tão importante a questão do domínio do pensamento não haveria necessidade de sérias advertências, tais como essas: 1. Sobre as autoridades, Ec 10:20 “Nem ainda no teu pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior da tua recâmara amaldiçoes o rico; porque as aves dos céus levariam a voz e o que tem asas daria notícia da palavra”; 2. Quanto ao tolo, Pv 24:9 “O pensamento do tolo é pecado, e é abominável aos homens o escarnecedor”; 3. Quanto ao que se deve pensar, Fp 4:8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”; 4. Sobre os propósitos na vida, Fp 3:19 “O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas”. 5. Origem do pecado, Mt 5:28 “Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”. Compare com Sl 119:36 “Inclina o meu coração a teus testemunhos e não à cobiça”. Conclusão: Muitas vezes desprezamos algo pequeno que acaba crescendo e criando armadilhas dentro de nós. Com isso, nossa consciência é aprisionada, perdemos a noção do perigo, a nossa defesa enfraquece automaticamente sem que tenhamos qualquer idéia do que está acontecendo. Precisamos vigiar, porque um pecado que começou pequeno, apenas um pensamento, mas que não foi desprezado, acaba nos dominando e nos destruindo. Lembre-se que apenas um pequeno furo no casco de um navio pode levá-lo ao naufrágio. Apenas um tropeço pode levar-nos a conseqüências desastrosas. “Uma faísca pode incendiar um bosque” (Tg 3:5). “Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor” (Ct 2:15).

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 4

Introdução: Vimos nos estudos anteriores que é fundamental FREQUENTARMOS AS REUNIÕES DA IGREJA COM COMPROMISSO, NUTRIR-NOS DIARIAMENTE COM A PALAVRA DE DEUS, MANTERMOS UMA VIDA DE ORAÇÃO SEM BLOQUEIOS, e hoje, veremos que é necessário mantermos um RELACIONAMENTO FAMILIAR SAUDÁVEL. RELACIONAMENTO FAMILIAR SAUDÁVEL "O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12:35-37). O nosso lar deve ser uma extensão da igreja, portanto, devemos proceder com sabedoria para não negarmos a fé, porque a palavra de Deus diz: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel” (1 Tm 5:8). Dentro do lar, pelo fato de estarmos continuamente tendo que nos relacionar com os nossos familiares, existe uma tendência de usarmos palavras que podem ao longo do tempo nos desunir, distanciar, separar-nos das pessoas que amamos, pessoas especiais para nós e para Deus. O Salmista deixou para nós uma mensagem preciosa no Salmo 133:1 – “ó quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. Você já deve ter, em um momento ou outro, o desprazer de ter usado palavras ou expressões que magoaram seus entes queridos. Talvez você o fez impensadamente ou intencionalmente por estar estressado, chateado com alguma coisa. Seamands afirma: "uma das principais causa de depressão é o rancor que guardamos em nosso interior, e que fica fumegando em "fogo baixo". O fato é que as palavras saíram da sua boca e você não teve como fingir ou disfarçar o que fora dito. Em Efésios 4:29 a Palavra de Deus nos adverte que: “de nossa boca não deve sair nenhuma palavra torpe, más só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a ouvem”. O próprio Jesus nos adverte em nosso texto base que: “de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado”. Em Pv. 14:23: lemos: “meras palavras levam à penúria”. Algumas pessoas se desculpam pelo fato de às vezes, por possuir pouca cultura, também acharem que podem ser mal educadas no trato das palavras, tornando assim os relacionamentos conflitantes. Outras se culpam pelo seu temperamento tempestuoso, porém é bom observarmos que com um pouco de bom senso e com a presença de Deus na vida, o vocabulário familiar pode mudar para melhor. Como é agradável aos ouvidos presenciarmos um marido elogiando a sua esposa ou (vice-versa), um pai falando bem de seus filhos, os filhos por sua vez praticando um bom relacionamento com seus pais e irmãos e assim por diante. Infelizmente o uso das palavras tem chegado a níveis insuportáveis. Os palavrões, os xingamentos fazem parte da rotina de grande parte das famílias neste mundo. É comum observarmos pais depreciando seus filhos. Usando palavras frívolas como: “Seu burro, seu idiota”. “Você não vale nada”. “Você não é ninguém, é um zero à esquerda”. Vermos também a esposa gritando com o seu marido de: “irresponsável, frouxo, otário, medíocre, bobão, burro”, etc, ou o marido em seu machismo chamando a sua companheira de “vagabunda, falsa, prostituta, mulher infiel, vadia, porca”, etc. O pior que o mau uso das palavras tem frustrado bons relacionamentos e estes não ficam só no âmbito dos lares, porém tem chegado com força à Igreja de Deus. Lideranças que se agridem com palavras de duplo sentido e de baixo nível. Ovelhas desmerecendo o seu pastor, fofocando sobre a sua vida, família e ministério. Entrando em assuntos que não lhe dizem respeito na maioria das vezes. Pastores desacatando suas ovelhas. Irmão contra irmão usando palavras inadequadas para se degradarem, se machucarem, se magoarem. Nesta oportunidade eu gostaria de ter a liberdade de dar alguns conselhos práticos para melhorar os relacionamentos que estão truncados por um motivo ou outro: 1. Antes de proferir qualquer palavra a quem quer que seja, pense várias vezes sobre o que vai dizer e a forma como deve dizer, Tg 1:19. Verifique se o que você vai falar produzirá edificação, ou se a mesma vai fazer confusão, mal entendido, Pv 6:16-19. 2. Peça perdão sempre que errar com alguma pessoa ou grupo de pessoas. Pedir perdão é um ato de humildade que será galardoado por Deus se o fizermos de coração arrependido, sincero e com discernimento. 3. Use palavras só para abençoar, nunca para amaldiçoar quem quer que seja, nem pessoas que você julga inimigas, Rm 12:14. Forme novos hábitos. Comece sempre o seu dia abençoando, principalmente e de uma maneira especial, as pessoas que vivem debaixo do mesmo teto com você. 4. Procure não revidar quando alguém lhe disser impropérios ou degrade a sua pessoa, Pv 17:14. Há um ditado popular que diz: “Que não se deve levar desaforos para casa”. Se você é cristão, além de levar os tais desaforos, terá a responsabilidade diante de Deus de perdoar todos os que virem a lhe ofender”, Pv 26:20. 5. Tenha como lema Colossenses 4:6 – “a vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como deveis responder a cada um”. Lembre-se de que: Quem vai nos justificar ou condenar, quando um dia estivermos diante de Deus no juízo, serão as nossas palavras, pois Jesus nos adverte que: “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado" Veja o que o Salmista nos adverte em Sl 19:14 - "Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!"

UMA VDA DIFERENCIADA - PARTE 3

Introdução: Vimos nos estudos anteriores que é fundamental participarmos ativamente das reuniões e cultos promovidos pela igreja a que estamos ligados e mantermos de forma responsável nosso período devocional diário. Hoje vamos estudar outro tema para ser aplicado na vida daqueles que desejam uma vida diferenciada no Reino de Deus, que não se contentam em ser figurantes, mas participantes ativos. Uma vida de oração sem bloqueio – Jr 29:13 Orar certo é estar certo, agir certo e viver certo. Tudo que impede a oração impede a santidade. Quando tudo que nos impede de orar certo for removido, o caminho estará aberto para um rápido avanço na vida espiritual. Se pudéssemos contar, dia por dia, as orações que não alcançam resultado algum, que não beneficiam o homem, nem influenciam a Deus, ficaríamos pasmados ao ver os números. Precisamos de homens e mulheres que possam alcançar a Deus e receber amplamente das suas reservas inesgotáveis. A igreja é profundamente afetada pelo materialismo da sua época. Os interesses da terra excluem os do céu, o tempo eclipsa a eternidade, um ousado e ilusório humanitarismo destrói a adoração, e a compreensão essencial de Deus é deturpada. Homens e mulheres que saibam orar, e que possam projetar Deus e suas divinas instituições na terra com eficiência redentora, são nossa única saída. A igreja poderá caminhar com triunfo às suas conquistas finais sem possuir riqueza, tendo que enfrentar pobreza ou desprezo, ou sendo desacreditada pelo mundo e rejeitada pela cultura e sociedade; mas sem homens e mulheres que saibam orar, não conseguirá derrotar nem o inimigo mais frágil, nem ganhar um único troféu para seu Senhor. Pode fechar seus redutos de aprendizagem, seus oradores eloqüentes podem ser silenciados para sempre, mas suas orações serão ainda mais potentes do que seu conhecimento ou eloqüência, e lhe assegurarão as mais gloriosas conquistas. Ela pode perder tudo, menos a oração da fé, e isto lhe será mais poderosa do que a vara de Arão para criar agências ou ministérios eficazes e gerar resultados tremendos. Por trás de um ministério santo e cheio de zelo e paixão tem de haver oração que prevalece, e que traga consigo um glorioso Pentecoste. Pecado Impede Oração “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Salmo 66.18). Os pecados do coração que não são rejeitados, ou que não estamos lutando para vencer, interrompem a oração. Oração não pode fluir do coração que nutre ou protege o pecado, que abriga pecado de qualquer espécie. O pensamento rebelde ou insensato é pecado; o olhar de cobiça ou lascívia do coração é pecado. Temos de clamar a Deus de um coração puro. “Mãos santas” devem ser levantadas em oração. Uma mancha na mão é tão fatal para impedir a oração quanto o pecado no coração. A pessoa que ora precisa estar certa no seu coração, mas suas ações também precisam estar certas. Guardar os mandamentos de Deus e fazer o que lhe agrada nos dá segurança de que receberemos o que pedirmos dele. Pecados escondidos, ocultos por parcialidade ou por hábito, retidos por indulgência, contemporização, ou ignorância deliberada; estas coisas, como o lagarto no botão ou veneno no sangue, destruirão a flor e a vida da oração. Orgulho Impede Oração O orgulho em alguma forma é inerente a todos nós. Nenhuma criatura tem tantas razões para ser humilde quanto o homem; nenhuma, possivelmente, possui tantas fontes de orgulho. O orgulho destrói a humildade, gera vaidade, transfere fé em Deus para fé em si mesmo. Existe no orgulho tal senso de estar completo em si mesmo que destrói a base da oração. Sua sensação constante é: “Estou cheio e não preciso de mais nada”. O orgulhoso ora, talvez até regularmente, mas é oração de fariseu, um desfile do ego, um catálogo de bondade própria. O orgulho se esconde sob o disfarce de gratidão a Deus, louvando a Deus usando incenso do altar do ego. O orgulho se manifesta no desfile das nossas obras religiosas, na exibição de realizações, sejam religiosas ou não. A oração precisa nascer lá de baixo. O orgulho procura os lugares mais altos, e nunca pode ser encontrado nos lugares humildes onde a oração é incubada. As asas da oração devem ser cobertas de pó. O orgulho despreza o pó da humildade, e cobre suas asas com o brilho e ouro do ego. O vazio da vaidade, o egoísmo de pensamentos centrados em si mesmo e de conversas que exaltam a própria pessoa são todos empecilhos à oração, porque declaram a presença do orgulho. Deus, de acordo com o apóstolo, resiste ao orgulho, e dispõe todos seus exércitos contra ele. Um Espírito Que Não Perdoa Nutrir um espírito que não perdoa impede à oração. Vingança, retaliação, um espírito inclemente, a ausência de tolerância, a falta de um espírito de misericórdia plena e total para com todos que tiverem de qualquer forma ou em qualquer medida nos prejudicado, impede a oração. Não avançaremos um centímetro enquanto não reconhecermos estes sentimentos e não pudermos declarar com sinceridade: “Perdoa-me, Deus, da mesma forma como perdôo aos outros”. Quando deixamos de aplicar misericórdia a todos os males que já foram praticados contra nós, estamos automaticamente condenando nossa capacidade de orar. Podemos orar com ira no nosso coração, mas este tipo de oração torna-se pecado. Todos estão sujeitos diariamente a serem feridos naquelas áreas onde são mais sensíveis. Porém, ter uma atitude de vingança ou desafeto para com a pessoa que causou tal ferida, congela a capacidade de orar. O espírito de perdão é como o espírito do evangelho, e este espírito precisa reinar no coração antes que a verdadeira oração possa proceder dos lábios. Discórdia no Lar A vida no lar, sua paz e união, afeta a oração. Discórdia no lar impede a oração. O apóstolo exorta às esposas e aos maridos para viverem no mais puro amor e mais doce união, para que suas orações não sejam impedidas. Confusão numa fonte de águas quebra a serenidade da superfície, e o fluir calmo e pacífico da corrente. Uma discórdia familiar quebra e separa todos os fios trançados que formam a oração. Um Espírito Mundano Um espírito mundano impede a oração. O mundo tem um efeito mais negativo sobre a oração do que todas as águas poluídas e infestadas de um brejo teriam sobre a saúde. Obscurece a visão para cima, anula os impulsos espirituais, e corta as asas das aspirações. “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4.3). Nossas cobiças, como remanescente da mente carnal que ainda permanece em nós, são o elo que nos prende ao mundo. São a cidadela, ou as fortalezas de fronteira, das quais nosso inimigo, o mundo, ainda não foi expulso. Oramos, mas não recebemos porque o mundo dentro de nós corromperia todas as respostas. Um coração puro, ou alguém que anseie pela pureza, é o único que pode ser confiado com respostas à oração. Enquanto nossas cobiças têm permissão para ficar, contaminam nosso alimento espiritual. Inspiram e tingem todas nossas orações com desejos mundanos. Para alcançar a Deus e receber algo dele, é absolutamente imprescindível que se esteja morto para o mundo. Se quisermos que Deus abra seus ouvidos para nós, precisamos ter nossos ouvidos fechados para o mundo. Um coração impregnado, ou contaminado por mínimo que seja com o mundo, não conseguirá subir em direção a Deus assim como uma águia com asas quebradas não consegue subir em direção ao sol. O homem que Tiago descreve como uma onda do mar, impelido e agitado pelo vento (Tg 1.6), é o homem de espírito mundano, cujas energias espirituais e decisões são quebradas pelas influências e infusões do mundo. Ele tem ânimo dobre, metade para Deus e metade para o mundo, ora para o céu, ora para a terra. “Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa” (Tiago 1.7). Falta de santidade, impaciência, ou qualquer outro espírito, pensamento, sentimento ou ação que não esteja em harmonia com o Espírito de Deus, impedirá a oração. Uma fé perturbada por dúvidas, ou que desfalece por cansaço ou fraqueza, não alcançará resultados na oração. Os elementos que enfraquecem os nervos e músculos espirituais para as grandes lutas impedirão a oração. Precisamos de homens e mulheres que vivam onde todos os empecilhos à oração foram removidos – pessoas cuja visão espiritual foi inteiramente purificada de névoas, nuvens e escuridão, guerreiros que tem carta branca de Deus e nervos espirituais firmes para usar esta carta a fim de suprir cada necessidade espiritual.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 2

Introdução: Vimos no estudo anterior que é fundamental participarmos ativamente das reuniões e cultos promovidos pela igreja a que estamos ligados. Hoje vamos estudar outro tema para ser aplicado na vida daqueles que desejam uma vida diferenciada no Reino de Deus, que não se contentam em ser figurantes, mas participantes ativos. NUTRINDO-SE DIARIAMENTE COM A PALAVRA DE DEUS Sl 19:7-11 Chamamos de momento devocional o tempo que paramos, diariamente, para investir em nossa comunhão com Deus através da leitura, meditação e oração, Sl 119:55, 62. Todos devem amar a Bíblia, Sl 119:165. Amando-a devemos lê-la todos os dias, Sl 1:1-2; 119:97. O apóstolo Paulo orientou seu discípulo Timóteo a ler a Bíblia, pois isto o tornaria sábio para a salvação, 2 Tm 3:15. O salmista Davi também fez referência aos resultados da Palavra de Deus, afirmando que ela lhe fazia “mais sábio, mais entendo e mais prudente” (Sl 119:98-100). A Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, 2 Tm 3:16. O escritor da epístola aos Hebreus referiu-se a ela como sendo “viva e eficaz” (4:12). A Bíblia é o melhor manual de conduta humana que existe. É um livro que possui autoridade e poder de modificar a vida e o comportamento das pessoas, pois não se trata de uma palavra comum, mas a Palavra de Deus, cuja aplicação proporciona sentido, brilho, alegria, vitória e um destino glorioso, 1 Pe 1:25. De acordo com a Bíblia Deus é auto-existente eternamente, a história do mundo começa na criação, passa pela degeneração do ser humano, Deus provê um plano de restauração para aqueles que crerem em Jesus e por fim, novos céus e nova terra. A Bíblia também afirma que os perdidos, isto é, aqueles que não entraram no plano de redenção em Jesus, ao morrer irão para o inferno e, por fim serão lançados no lago de fogo, Ap 21:8. Aqueles que aceitaram o plano de redenção através de Jesus irão para o Paraíso e, por fim habitarão em novos céus e nova terra, Ap 21:1. Dentre tantas declarações do livro de Salmos a respeito da Bíblia, Davi dedicou o maior Salmo (119) à Palavra de Deus. Apesar de tudo isso, é impressionante como a maioria dos membros das igrejas negligenciam tão rico tesouro. São aptos a defenderem o livro em si, mas são incapazes de comunicar seus ensinos por um único motivo – não lêem. Somos inteligentes e aptos a comentar e emitir opiniões detalhadas sobre política, futebol, carros, etc., mas deveríamos investir essa inteligência também no estudo e proclamação dos ensinos sagrados. O contato direto, pessoal e perseverante com a Bíblia é o nosso principal meio de crescimento espiritual, resultando em bênçãos em todas as áreas da nossa vida. Estudando a Bíblia aprenderemos a moldar nosso caráter, vivendo de modo sábio e correto, ocupando nossa mente com os pensamentos de Deus, sendo transformados à imagem e semelhança do Criador, mantendo um relacionamento profundo com o Espírito Santo, “Por meio das tuas leis, consigo a sabedoria e assim detesto todos os caminhos da mentira” (Sl 119:104). Podemos absorver as verdades cristãs freqüentando os cultos, ouvindo sermões, assistindo dvds de pregações e filmes evangélicos, programas na tv, estudos bíblicos, testemunhos e lendo livros evangélicos, mas isso não pode nos furtar de mantermos nosso momento devocional particular diário, pois esse momento pode ser comparado à raiz da nossa vida espiritual – sem ele podemos nos enfraquecer, “Se a tua lei não tivesse sido o motivo da minha alegria, eu já teria morrido de tanto sofrer” (Sl 119:92). “A maioria das pessoas preocupam-se com passagens da Bíblia que não entendem, mas as passagens que me preocupam são as que eu entendo” (Mark Twain). “Uma pessoa que se privou do conhecimento da Bíblia, privou-se da melhor coisa que existe no Mundo” (Woodrow Wilson). “Enquanto outros livros informam e poucos reformam, só este livro transforma” (A. T. Pierson). “A Bíblia é uma mina de diamantes, um colar de pérolas, a espada do espírito; um mapa pelo qual o cristão navega para a eternidade; o roteiro pelo qual anda todos os dias; o relógio pelo qual acerta sua vida; a balança com a qual pesa suas ações” (Thomas Watson). “O cristão percebe que os dentes do tempo roem todos os livros, menos a Bíblia. Dezenove séculos de experiência a têm provado. Ela passou pelo furor da crítica que nenhum outro volume sofreu; suas verdades espirituais suportaram as chamas e saíram ilesas até do cheiro de queimado” (W. E. Sangster). Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma dedicação total a Deus

Vida dedicada integralmente a Deus

“Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda jovem, vestido de uma estola sacerdotal de linho” (1 Sm 2:18).

Introdução: Ana era uma mulher atribulada pelo fato de ser estéril. Esse era um problema que motivava discriminação, ridicularização e zombaria. Ela, porém, resolveu clamar a Deus a fim de reverter a situação. A Palavra de Deus afirma que Deus “faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos”. Suas orações não mudaram apenas o curso de sua vida, mas da história de Israel e do ministério profético. Deus lhe concedeu o privilégio de ser mãe de um menino a quem pôs o nome de Samuel, que significa “pedido de Deus”, isto é, “este filho é fruto de um milagre”. Samuel foi o último dos juízes de Israel e quem teve a responsabilidade de implantar a monarquia nessa nação. Além de juiz, ele teve uma função chave como profeta e sacerdote. Desde sua infância foi a pessoa usada por Deus para dar um forte impulso no ministério profético, uma vez que “...naqueles dias a palavra do Senhor era muito rara e havia pouca visão” (1 Sm 3:1).

Transição: O texto básico mostra-nos que não precisamos esperar os dias da velhice para servir ao Senhor, pois Samuel desde criança foi introduzido no templo – no ofício sacerdotal e profético. Vamos ver como sua vida foi dedicada a Deus.

I – MINISTRAVA PERANTE AO SENHOR 
Ana prometeu que dedicaria o fruto do seu ventre a Deus. Deus acreditou nela e lhe proporcionou ser a mãe de Samuel. Desde cedo, assim que foi desmamado, levou-o para estar no templo diante do sacerdote Eli. Enquanto criança somos dependentes da vontade e responsabilidade de nossos pais. Isso pode ser muito bom ou ruim, mas não temos como escolher isso. É uma conseqüência da vida. Samuel foi privilegiado, pois nasceu em resposta de oração, e o que vem de Deus é bom. Veja o que diz a Palavra de Deus sobre a casa do justo em contraste com a casa do ímpio: Provérbios 10:7 “A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá”; Provérbios 15:6 “Na casa do justo há um grande tesouro, mas nos frutos do ímpio há perturbação”. Paulo fez menção positiva de Timóteo, por ser ele um guardador da fé herdada de sua mãe e avó. Isso é o que Jesus pediu aos pais: “ensina a criança o caminho que deve andar, e quando crescer não se desviará”. Infelizmente, esse não foi o caso da maioria de vocês, que tiveram um exemplo negativo diante de pais descomprometidos com Deus e comprometidos pela idolatria, ocultismo e dedicação, conscientes ou inconscientes. O que fazer diante disso? É preciso renunciar o passado e tomar decisão firme e determinada em ministrar perante o Senhor. Não adianta ficar lamentando o passado, mas assumir uma nova postura. Phillip Raskin afirmou: “aquele que desperdiça o hoje lamentando o ontem desperdiçará o futuro lamentando o hoje”. Sua vida hoje é resultado de ontem, mas amanhã vai depender de sua decisão hoje – está nas suas mãos a decisão! Pior do que não decidir certo é decidir e manter-se relaxado no propósito. Pare de olhar para onde esteve e comece visualizar aonde quer chegar. Você não conseguirá mudar o passado, mas o seu futuro poderá lhe proporcionar muita felicidade se hoje estiveres disposto a ministrar perante o Senhor. Não viva das cinzas do passado. Viva de brasas vivas. Satanás pode ter se aproveitado do seu passado por atitudes sua ou de seus pais ou qualquer outra autoridade sobre a sua vida, mas agora a decisão é sua. Escolha servir a Deus de forma dedicada, hoje! Não permita que o passado negro e sombrio venha ofuscar o brilho da glória de Deus no presente e que virá. Deus nos conduz de glória em glória! Dias melhores virão pode acreditar! Deus quer sua vida no altar sacerdotal e profético – aqui e agora! Sinta-se desmamado da religiosidade de seus pais é hora de ter sua própria experiência. “Se quiserdes e me ouvirdes comereis o melhor dessa terra”.

II – SENDO AINDA JOVEM
Em muitas pessoas há uma total ignorância quanto ao trato com as coisas espirituais – pensam que compromisso com Deus é para aposentados. Em Samuel temos um grande exemplo. Ele foi um dos principais líderes do povo de Israel, mas sua dedicação a Deus foi desde cedo na vida. Se você não teve o privilégio de nascer num lar evangélico, isso não é motivo para pânico: Deus quer você agora na juventude. Ainda é tempo! Nunca é tarde para tomar uma decisão como essa. Jeremias achava-se incapaz devido a sua juventude, mas Deus o convenceu de que aquele era o momento de se dedicar ao ministério profético. Na verdade, ser jovem não depende tanto da idade, mas do estado de espírito. Sendo assim, espera-se de vocês que tenham um espírito excelente - faça mais... Do que existir – viva; Do que escutar – ouça; Do que concordar – coopere; Do que crescer – floresça; Do que gastar – invista; Do que considerar – comprometa-se; Do que sonhar – realize; Do que ler – aplique; Do que receber – retribua; Do que desejar – creia; Do que somar – multiplique; Do que orar – adore; Do que gostar – ame. Una-se a equipe de construção e não de demolição; Una-se aos promotores de unidade e não de divisão; Una-se aos agradecidos e não aos murmuradores; Una-se aos santos e não aos impuros; Samuel deixou o mundo de lado e aplicou sua juventude nas mãos de Deus e isso foi retribuído por Deus: “E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor” (1 Samuel 3:19-20)


III – VESTIA UMA ESTOLA SACERDOTAL
Crie um pensamento – tenha um ato Crie um ato – tenha um hábito Crie um hábito – tenha um destino Eis aqui um autêntico ato profético, que não é um passe de mágica, mas algo cujo embasamento é firme: “ensina a criança o caminho... e ela não se desviará”. Sua mãe vestia-o de sacerdote, desde a infância. Porque nosso Brasil é o país do futebol – porque para chutar não precisa saber ler – aprende-se mesmo sem escola. Entre os judeus, a habilidade de raciocínio era maior, não havia bola – por isso eles eram as testemunhas de Deus entre as nações da terra. O que havia entre eles é o ensino da Palavra, pois uma criança com 05 anos já sabia o pentateuco e toda a lei mosaica: 1) “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, 2) e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, 3) e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; 4) e escreve-as o nos umbrais de tua casa o e nas tuas portas, 5) para que se multipliquem o os vossos dias o e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra” (Deuteronômio 11:18-21). Se uma influência negativa funciona, porque não vai funcionar a influência positiva? Funciona que Samuel tornou-se uma autoridade respeitada em todo o reino. Foi ele quem transicionou a teocracia para a monarquia. Ungiu reis, advertiu, reprovou, profetizou e confortou. Foi ele que por ordem de Deus reprovou Saul e aprovou Davi no reinado.

Conclusão: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade...” (Ec 12:1). Uma frase que me surgiu na mente poucos minutos antes de ministrar: “nunca é cedo para começar e nunca é tarde para desesperar”. O dia é hoje! Mensagem ministrada pelo pastor Wanderley da Silva no Encontro de Jovens da IPR de São José-SC em 02/11/2008.

AMPLIANDO A TENDA PARA CONQUISTA

Isaías 54:1-4

Isaías estava profetizando sobre a restauração de Judá. Eles tinham sido levados cativos para a Babilônia, mas Deus estava trazendo-os de volta para que retomassem as cidades e reconstruísse tudo o que tinha sido destruído. Era uma profecia sobre o futuro de Israel e que, portanto, trazia uma mensagem de esperança. Ele faz uma analogia chamando Sião de mulher, sendo Deus, o Criador, o seu marido (v.5). Por causa do pecado do povo (esposa), o marido (Deus) tinha se divorciado (o exílio na Babilônia). Por isso não teve filhos, estava estéril. Mas Deus estava restaurando esse “matrimônio”, o que faria com que muitos filhos surgissem como resultado, muito mais do que antes – “...porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor” (v.1). Deus não criou a esterilidade (tanto que disse: crescei, frutificai, multiplicai...). A criação original não previa nem compactuava com a esterilidade. A frutificação é inerente ao Espírito de Deus. Isso nos revela que, o fato de Judá ter sido levada como escrava e viver em esterilidade, não agradava a Deus. Portanto, Ele estava propondo a restauração. E a restauração nada mais era do que devolver a capacidade para crescer, frutificar, multiplicar. O sinal da presença de Deus é a vida, e a vida gera vida.


É TEMPO DE ALEGRIA
Se falamos de restauração e avivamento, falamos de vida espiritual, o que implica em frutos. Não se pode, jamais, separar avivamento de frutificação. O Senhor quer conduzir muitos filhos à glória (Hb 2:10). A Igreja do Senhor Jesus é a Sião mencionada aqui. A proposta de Deus se aplica também a nós. Ele quer nos restaurar e devolver a capacidade de frutificar, porquanto estávamos estéreis. A Igreja, de uma forma geral, ainda está estéril. Esta passagem, escrita por Isaías, nos orientam sobre o conteúdo e a dimensão da obra que Deus quer fazer no meio do Seu povo. Ele começa falando sobre a alegria. “Canta alegremente...” (v.1). Dar à luz é motivo de muita alegria. Nas culturas antigas, era motivo de vergonha e de tristeza não poder ter filhos, e Israel estava naquela condição. Logo, poder ter filhos era motivo de muita alegria e júbilo! A Igreja deveria sentir-se assim! O Senhor estava convidando Seu povo a se alegrar. Eles não tiveram dores de parto, agora experimentariam a honra de tê-las. As dores de parto eram dores que alegravam a mulher. Interessante o paradoxo: dor e alegria ao mesmo tempo. A reprodução espiritual segue o mesmo princípio do parto natural. A mulher sente dor ao ter o filho, mas a alegria de poder abraçá-lo logo após o parto supera infinitamente a dor. Quando acontece uma ação do Espírito, um mover de Deus, surge no meio do Seu povo uma intensa alegria em poder sentir as dores de parto. Paulo disse: “...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl.4:19). É uma dor, uma renúncia, um sofrimento que vale a pena!


É TEMPO DE REPRODUÇÃO

Quando o Espírito Santo é derramado Ele tem um só objetivo: reproduzir, procriar. Alguns encaram o relacionamento com Deus da mesma forma que um casal quando se recusa a ter filhos, pois quer apenas usufruir o relacionamento. Isso não é possível no relacionamento com Deus. Não poderá haver intimidade sem o propósito de multiplicar a vida. É preciso renúncia - Alguns não querem ter as “dores de parto”, porquanto isso exige renúncia, muito desconforto, e, às vezes, o preço é altíssimo. Essa atitude egoísta reflete claramente a falta de intimidade com Deus e de um verdadeiro relacionamento com Ele. Para aquelas mulheres no passado a maior vergonha era não ter filhos, por isso faziam qualquer coisa para poder alcançá-los. Os que ficam constrangidos e não se conformam com a esterilidade, desejam ardentemente e começam a clamar a Deus, como clamou Ana. Ela pediu a Deus um filho e o fez com intensidade e profunda contrição de espírito: “Levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (I Sm.1:10). Deus ouviu a sua oração e ela gerou a Samuel. Nossa atitude deveria ser a mesma, na disposição de pagar o preço da dor e do desconforto. Se você tem alegria em poder reproduzir-se, é sinal de que está debaixo do mover do Espírito; se for o contrário, você está precisando curvar-se diante do Senhor para buscar o perdão e a restauração! É preciso fé - Existem, também, aqueles que já não mais acreditam poder frutificar. Estão tanto tempo na Igreja sem produzir, que já desanimaram, ou se acostumaram com a esterilidade! Pois, assim como Deus falou a Judá naquele tempo, Ele está falando hoje e usando os seus profetas para anunciar que o Senhor está trazendo um novo sopro do Seu Espírito, que atingirá a todos e fará a todos frutíferos. Neste caso a incredulidade é o maior empecilho, assim como aconteceu com Sara! Ao ouvir o anjo anunciando a Abraão, seu marido, que daria à luz com noventa e nove anos de idade, estando atrás da porta da tenda, riu-se no seu íntimo (Gn.18:12). A resposta de Deus foi: “Por que se riu Sara...? Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?...” (vs.12,13). Algumas pessoas, ao ouvirem que vão produzir muitos filhos espirituais, podem estar rindo no seu íntimo. Isso é incredulidade. Sara concebeu e gerou um filho, chamado Isaque, que quer dizer “riso”, porque riu. No entanto, teve motivo de riso com o nascimento de um filho, pelo que disse: “...Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” (Gn.21:6).


É TEMPO DE AMPLIAR A TENDA
A outra instrução de Deus, através de Isaías, foi: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças...” (v.2). Muitos filhos viriam e não seria mais possível continuarem com a casa do mesmo tamanho, e isso não significa apenas espaço físico. O que podemos entender é que a Igreja precisa preparar-se para receber os novos filhos. É necessário que se mude as estruturas, que a Igreja se organize de tal forma que todos possam ser amparados e que nenhum se perca. As células são compatíveis com o clima de avivamento, porquanto retêm o fruto, e ele não se perde. A célula é uma equipe que trabalha em unidade para produzir filhos e criá-los até serem fortes e adultos para gerarem outros! “...E não o impeças...”. Nada deve interferir na visão no projeto de Deus para a Sua Igreja. Não devemos deixar que a carnalidade, a divisão, a falta de santidade, ou mesmo o tradicionalismo, venham impedir que os novos sejam devidamente recebidos, cuidados e alimentados. Quando não permitimos o Espírito Santo agir, nós mesmos estamos impedindo a ação de Deus. E a tenda deve ser estendida antes que venham os filhos! Devemos esperá-los ansiosamente e nos prepararmos durante o tempo de gestação, assim como os pais preparam o quarto do bebê com todo o carinho e expectativa antes que ele chegue.


É TEMPO DE FIRMAR AS ESTACAS
“...Alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas” (v.2). Isto nos fala de fundamento, de firmeza. É necessário que estejamos fundamentando toda essa estrutura. Isso se faz observando a palavra de Deus, a doutrina dos apóstolos, e, mais, os valores do Reino. Os valores determinam nossas prioridades, e estas as nossas práticas. Se não tivermos bem resolvido em nosso interior o que vem sempre em primeiro lugar não estaremos preparados para o que está por vir. As estacas sustentam a tenda. Todas devem estar bem firmadas, do contrário os ventos vão afrouxando uma após a outra, até que todas se soltam e a tenda cai. Devemos cultivar a vida de oração, a leitura da Palavra de Deus, a vida de santidade, o relacionamento familiar, a obediência e o respeito aos líderes, o compromisso com o evangelismo e o discipulado, enfim, a busca do Reino de Deus como prioridade (Mt.6:33). O v.3 nos revela o resultado. Será uma colheita abundante! “Porque transbordarás para a direita e para a esquerda...”. Deus fala de “transbordar” porque a Sua proposta é sempre abundante. Se Ele é o Deus Todo Poderoso e rico em todos os sentidos, é claro que pão-durismo não faz parte da Sua natureza. Ele fala em transbordar, porque a vida se multiplica e não apenas duplica. Quanto mais filhos, mais bênçãos! “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão... Feliz o homem que enche deles a sua aljava...” (Sl.127:3-5).

CONCLUSÃO
O Senhor está tirando toda a esterilidade! É tempo de restauração e de multiplicação. É tempo de alegrar-se antecipadamente pela colheita. Estamos no processo de gestação e a nossa expectativa reflete a nossa fé, como Ana. Deus está ouvindo nossas orações! Vamos nos preparar, alargar o espaço da nossa tenda e firmar bem as nossas estacas. É hora de alegria – “...exulta com alegre canto...”. Os que, porventura, não podem fazê-lo agora, ainda há tempo de clamar, de buscar e de apropriar-se, pela fé, da promessa do Senhor porque “...Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn.18:14).

UMA PARCERIA DE FIDELIDADE

2 Co 8:16-24 Introdução: As parcerias podem ajudar muito ou podem atrapalhar muito. Parceiros infiéis são perigosos a qualquer projeto ou líder. Por outro lado, parceiros fiéis são essenciais e importantíssimos a qualquer projeto. A palavra do profeta Amós, há milhares de anos atrás, já deixava isso bem claro: “andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Jesus falou que uma “casa dividida não subsistirá”. Paulo foi muito enfático ao declarar que uma parceria errada é um verdadeiro desastre e advertiu a igreja de forma contundente, 2 Co 6:14-18: “não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis...” ao que argumentou: 1. Não pode haver sociedade entre justiça e injustiça; 2. Não pode haver comunhão entre luz e trevas; 3. Não pode haver harmonia entre Cristo e o maligno; 4. Não pode haver união entre o crente e o incrédulo; 5. Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos. Paulo afirma que aquele que serve a Deus é o santuário, a habitação, o povo de Deus, portanto, tem o dever de se manter separado, distante do pecado e de qualquer aliança que possa manchar nossa caminhada cristã, bem como bloquear o canal de bênçãos em nossa vida. Em Pv 3:33 está nítida a diferença entre o justo e o ímpio: “a maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém a morada dos justos Ele abençoa”. No texto básico (2 Co 8:16-24), é interessante que notemos quem eram os parceiros de Paulo: um é chamado de Tito e dois são chamados apenas de “irmãos”. Isso nos mostra que nossos parceiros não precisam ser “estrelas” entre o povo, mas pessoas que venham a ajudar o progresso do projeto e do Reino de Deus. Aliás, se não fossem os parceiros “anônimos” o projeto não desenvolveria tanto. Mas, com certeza, Deus haverá de recompensar cada um daqueles que fielmente lutam e zelam pelo progresso da sua obra: “... Deus é galardoador...” (Hb 11:6); “... a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15:7); Vamos observar o caráter dos parceiros de Paulo: I – Tito, vs. 16, 17 e 23 Um gentio que havia se convertido (Gl 2:3) e que se tornara um auxiliar do apóstolo Paulo. Paulo estava dando graças a Deus pela vida dele e pelas suas características pessoais. Isto mostra que em vez de dar trabalho a Paulo, ele trabalhava e tornava mais leve a carga para o apóstolo. Ele possuía a mesma solicitude de amor em relação às pessoas que serviam a Deus em Corinto, isto é tinha o mesmo desejo de Paulo no sentido de ajudá-los. Paulo escreveu-lhe uma carta, onde se refere a ele como “meu verdadeiro filho na fé” (Tt 1:4). Era uma pessoa submissa e disposta a atender ao apelo de seu líder, sendo cuidadoso e de espírito voluntário para ir até Corinto, onde teria o desafio de alcançar êxito naquilo que se esperava da igreja. Companheiro pessoal do apóstolo que cooperava com seu ministério entre os irmãos. Em 2 Co 7:6, Paulo declara que sua presença era para ele um consolo, quando enfrentou as tribulações na Macedônia. Era uma pessoa que recebia ânimo e também animava aqueles que estavam ao seu redor, 2 Co 7:6, 13-14. II – Um irmão, vs. 18 a 21 Esse anônimo irmão foi enviado juntamente com Tito para ajudar a obra do Senhor, que no caso era levantar uma oferta especial para ajudar a igreja em Jerusalém. Tratava-se de um homem que era respeitado no ministério evangelístico e conhecido nas igrejas da região, v. 18. Foi escolhido, isto é, aprovado pelas igrejas para trabalhar como auxiliar no ministério de Paulo na obra de evangelização, v. 19. Esse respeitado irmão seria alguém que, ao lado de Paulo, evitaria que pessoas viessem a acusá-lo em relação a administração das igrejas, sendo que o desejo e preocupação de Paulo era se mostrar honesto diante de Deus e também dos homens, vs. 20-21. III – Outro irmão, vs. 22-24 Trata-se de outra pessoa a quem não foi identificado nominalmente, mas apenas pelo seu caráter. Paulo refere-se a ele como sendo zeloso e, isto após ter sido experimentado em muitas ocasiões e modos. Seu caráter foi provado e aprovado, sendo que isso veio aumentar-lhe mais o zelo e confiança na igreja de Corinto, dispondo-se a ajudá-los naquilo que fosse necessário, v. 22. Estes dois irmãos são chamados de mensageiros das igrejas e glória de Cristo, que deveriam ser respeitados, amados e honrados pela igreja de Corinto, vs. 23-24. Conclusão: O que fica evidente aqui no contexto é que para se realizar a obra de Deus é preciso que haja pessoas fiéis e idôneas, cujos corações sejam apaixonados pela obra de Deus, mas também sejam sensíveis ao apelo do líder, reconhecendo sua autoridade e desejo de crescimento, sabendo que é melhor serem dois do que um. Portanto, “bom e suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133:1).

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 1

Não se sinta satisfeito por existir, mas viva intensamente, pois em Cristo temos a promessa de uma vida abundante, Jo 10:10. A partir de hoje, vamos mergulhar nesse tema central e aplicar os temas semanais, assuntos práticos e necessários, a fim de atingirmos o máximo das profundezas de uma vida diferenciada, cientes de que não adianta ter um mapa e não segui-lo, não adianta deixarmos a peça certa e ficarmos improvisando. Jesus disse que aqueles que ouvem a sua Palavra e obedecem são as pessoas inteligentes da vida – têm fundamento bom e não sofrem prejuízos diante das tempestades, Mt 7:24. FREQUENTAR AS REUNIÕES DA IGREJA COM COMPROMISSO Hb 10:22-25 Nada justifica o descuido do povo de Deus em deixar de congregar, porque se trata de plano divino que deve ser exercido com amor, Dt 12:5. Todas as pessoas que pertencem a Igreja do Senhor Jesus Cristo, fundada para ser uma instituição forte, vitoriosa, Mt 16:18, devem ser assíduas a uma igreja local, onde recebem ministração, participam da adoração, das orações, das bênçãos e da comunhão. O zelo na freqüência não se caracterizará prejuízo quando a pessoa for impedida de comparecer por causa de uma enfermidade, serviço obrigatório ou necessidade primordial e séria. Freqüentar a igreja deve ser um ato de adoração. Se todos os membros da igreja assumirem esse compromisso com responsabilidade poderão contemplar, visivelmente, um crescimento sem precedente. Pois ficará evidente um crescimento espiritual, social, fraternal e numérico, At 2:46-47. O ato de congregar nunca poderá ser substituído pelo avanço tecnológico. A invenção da imprensa, do rádio, da televisão, da internet podem ajudar muito a propagação do Evangelho, mas nunca poderá substituir o ato dos cristãos de uma comunidade estarem juntos adorando a Deus, Sl 133. 1. A igreja é uma agência de almas para Cristo e cada membro precisa estar no seu posto. 2. A igreja é uma escola de instrução espiritual e todos os seus membros devem ser alunos pontuais, assíduos e fiéis. 3. A igreja é um farol para Cristo e cada membro precisa deixar a sua luz brilhar diante dos homens, para que eles vejam suas boas obras e glorifiquem a Deus. 4. A igreja é como um edifício formado por pedras vivas e cada uma é importante no seu lugar. 5. A igreja é uma família composta de pessoas diferentes, que deve permanece unida. Freqüentando os cultos, animo e sou animado; testemunho para o mundo o meu zelo e amor na comunhão com Deus e com os irmãos. Negligenciar a freqüência regular à igreja é a coisa mais ridícula e sem sentido que uma pessoa dita "cristã" pode fazer. Cada membro deve sentir como “ato responsável” estar presente na igreja, do mesmo modo que o pastor no púlpito. Não há nada que desanime mais o Pregador da Palavra do que enfrentar bancos vazios porque aqueles que os deviam ocupar tem outras motivações. As freqüências fiéis às reuniões da igreja, além de abençoar a vida da pessoa, serão recompensadas por Deus, Hb 11:6; Mq 4:2. A ausência, sem motivo justo, pode ser sintoma de relaxo, ingratidão, rebeldia, reprovação, frieza ou mornidão espiritual consentida. Escrevendo aos Coríntios, o grande apóstolo Paulo disse: "Ora, quando cheguei a Troás para pregar o evangelho de Cristo, não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito...". Paulo sentiu-se profundamente triste com a ausência de Tito. Saiba que a ausência de uma pessoa num culto, numa reunião ou em outra atividade da igreja que lhe diz respeito, decepa o coração dos demais membros que o amam e, principalmente, do líder, veja o que diz a Escritura: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês” (Hb 13:17). A palavra "igreja" significa assembléia; e assembléia é uma congregação ou ajuntamento de pessoas propositalmente. Se os membros não se reunirem - a igreja não está completa. Muitos usam a igreja como um posto de abastecimento espiritual, emocional e motivacional. Funcionam com o tanque vazio a semana toda, com o motor engasgando e no domingo esperam que num culto de duas horas compense o que se deixou de fazer durante os demais dias. Se quisermos viver uma vida diferenciada isso precisa mudar. Muitos odeiam mudança, mas nesse caso, é necessária, pois do contrário vamos perder o tempo e no final veremos que corremos em vão, 1 Co 9:26-27. Não podemos querer ser como camelo que pode beber água a cada quinze dias. E mais, faça um plano, de tal modo, que sua vida espiritual seja mantida, diariamente, num nível satisfatório para que quando chegar aos cultos e reuniões sua alma esteja preparada para adorar e receber o que Deus tem para dar, pois com isso, a eficácia dos cultos será maior em sua vida. O Salmista declarou: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor. Os nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém” (Sl 122:1-2). “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo” (Sl 27:4). “Como são felizes os que habitam em tua casa; louvam-te sem cessar!” (Sl 84:4). Os cristãos após a ascensão de Jesus assumiram a parte que lhes cabia: “E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus” (Lc 24:53).

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

MANTENDO A PAZ INTERIOR EM QUALQUER CISCUNSTÂNCIA

MANTENDO A PAZ INTERIOR EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA

A tempestade que se abateu sobre os discípulos no mar da Galiléia foi terrível, mas não foi a mais difícil que teriam de encarar. A pior de todas foi a que lhes sobreveio alguns dias antes da prisão e crucificação do Senhor. E Jesus sabia que eles não iriam suportá-la, mas fugiriam dela. Então ele lhes deu o seguinte aviso: 
“Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16:32, 33). 
Eles iriam se dispersar, mas Jesus voltaria a reuni-los. Iriam passar por aflições, mas Jesus lhes daria paz. Ele venceria o mundo. Então, com muita mansidão, ele aqui reforçava algo que já lhes havia dito anteriormente: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Embora ele soubesse que os discípulos passariam por um duro teste e que fracassariam, completou sua mensagem para eles, dizendo: “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27). 

O APÓSTOLO DA PAZ 
A vida do apóstolo Paulo também foi marcada por problemas, dos quais ele falava usando termos bem penosos, mas carregados de esperança. Disse ele: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (2 Co 4:8, 9).
A vida de Paulo não foi nem um pouco tranqüila, mas foi a que Deus escolheu para ele. E, aceitando-a, o apóstolo aprendeu muito sobre a paz interior. E o fato é que ele aprendeu mais em tais condições do que se tivesse vivido da maneira como gostaria. A paz que ele gozou não era a que se tem quando tudo está sob controle. Era a paz em meio aos temporais. Com suas tribulações, Paulo aprendeu a ter paciência, perseverança, uma perspectiva correta e, em meio a tudo, a paz. 
Para o apóstolo, a paz era uma questão de prioridade máxima. Escrevendo aos irmãos em Cristo, ele sempre os saudava, dizendo: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. Ensinou-os que deveriam se esforçar “diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Ademais deu muita ênfase ao fato de que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Afirmou que “Deus não é de confusão e sim de paz”. Também dizia aos crentes: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração”. E escrevendo aos tessalonicenses, abençoou-lhes, dizendo: “Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias”. 

ALCANÇANDO A PAZ VERDADEIRA 
No livro de Filipenses, Paulo fala do mais elevado nível de paz que pode existir: “a paz de Deus, que excede todo o entendimento”. É a paz que guarda nosso coração e nossa mente quando estamos enfrentando problemas tão graves que, humanamente falando, não temos condições de estar tranqüilos em tal situação. E o mais impressionante nisso tudo é que Paulo se achava encerrado numa prisão romana quando escreveu essa mensagem. Obviamente era um lugar onde não poderia haver paz, e é exatamente esse fato que confere forte credibilidade ao apóstolo para discorrer sobre o assunto. Então, tendo em vista a paz que Paulo experimentou em momentos angustiosos, nós também podemos aprender a gozar a paz de Deus nas horas difíceis de nossa vida. Vamos focalizar uma conhecida passagem dessa carta que mostra as medidas que temos de tomar nesse sentido. 
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco” (Filipenses 4:4-9). Essa passagem é conhecida como a “receita de paz” elaborada por Deus. Ela é bastante simples, sucinta e fortemente inspirativa. Apesar de ser um texto de fácil compreensão, nem sempre é fácil seguir suas instruções nos momentos difíceis. Não quero dar a ideia de que seja uma fórmula mágica de simples causa e efeito. Mas o fato é que, se praticarmos o que está prescrito, teremos o cumprimento de duas promessas: a paz de Deus nos guardará e o Deus da paz estará conosco.

Igreja Presbiteriana Renovada em São José
Pr. Wanderley e Roseli Stefane da Silva

sábado, 27 de setembro de 2008

OS ESCOLHIDOS POR DEUS

OS ESCOLHIDOS POR DEUS
Efésios 1:3, 4


Algum tempo atrás, faleceu em West Palm Beach, na Flórida, uma velhinha com 71 anos de idade. O óbito acusou desnutrição como causa mortis. A pobre velhinha pesava menos de trinta quilos no momento da morte. A aparência dela era de alguém que tinha vivido em precárias condições. As autoridades encontraram a casa indescritivelmente imunda. Os vizinhos relataram que ela sempre batia nas portas dos fundos de suas casas pedindo comida. As roupas que ela usava eram doadas por uma instituição social. Tudo levava a crer que mais um pobre ser humano havia finalmente encerrado sua difícil jornada. Revistando a desprezível casa da velhinha, os policiais encontraram duas chaves. As chaves os levaram aos cofres particulares em dois bancos locais. Quando as autoridades abriram um dos cofres, descobriram mais de setecentos certificados de títulos e apólices, juntamente com duzentos mil dólares em dinheiro. O segundo cofre continha apenas seiscentos mil dólares em dinheiro. Aquela senhora, que havia mendigado comida, usado roupas de segunda-mão, vindo a morrer de desnutrição, possuía uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares! Paulo escreveu a carta aos efésios para cristãos que estavam propensos a fazer com os seus vastos recursos espirituais o que a velhinha da Flórida fez com seus recursos materiais — não usá-los.

Os cristãos de hoje podem cometer esse mesmo erro. Temos tremendos bens em Cristo e nenhum cristão deve jamais ficar espiritualmente desnutrido nem debilitado. Basta colocarmos em uso o que Deus nos proveu de antemão. Efésios confirma a infinidade das reservas celestiais de Deus. A epístola demonstra que os cristãos não precisam ficar espiritualmente privados de nada. Sendo filhos de Deus, temos ao nosso dispor recursos que podem nos enriquecer incrivelmente em Deus. Paulo descreveu esses recursos como “a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós” (1:7b, 8). Efésios 1:3–14 dá o tom para os cristãos fazerem um inventário das riquezas de Deus. No original grego, os versículos 3 a 14 formam um período único e prolongado, que resulta numa explosão triunfante de louvor a Deus, envolvendo o passado (vv. 3–6a), o presente (vv. 6b-11) e o futuro (vv. 12–14). Vamos nos concentrar em dois versículos do chamado arrebatador de Paulo ao louvor: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele… (1:3, 4). O texto estabelece uma verdade que independe de tempo: Deus dá toda sorte de bênção espiritual possível aos que estão em Cristo. O que nós temos em Cristo? Nós temos tudo o que Deus tem para dar!


DEUS NOS DÁ BÊNÇÃOS CONFORME A SUA VONTADE

As palavras de Paulo convidam os cristãos a louvar a Deus: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu2 nele antes da fundação do mundo…” (vv. 3, 4; grifo meu). Antes da terra existir, Deus desejou partilhar com os cristãos o Seu amor e as riquezas que estavam, literalmente, “nas regiões celestiais”. A natureza de Deus O dispôs a expressar o Seu amor para com os outros e a partilhar Suas riquezas com eles. Deus decidiu por livre vontade e escolha criar filhos e filhas à Sua própria imagem. Ele lhes deu a capacidade de ter prazer em estar com Ele, amá-lO, partilhar do Seu lar e louvar o Seu nome. A descrição de W. Phillip Keller nos ajuda a imaginar a reação do reino celestial quando Deus permitiu-lhe tomar ciência do Seu plano: Até onde os humanos podem saber, é possível que aquela tenha sido uma das idéias mais ousadas já geradas nas câmaras do concílio divino. E pode-se afirmar que quando o plano tornou-se conhecido, uma onda de empolgação varreu a vastidão da eternidade. Nem um anjo sequer nem outro espírito ministrador jamais sonhara com tal projeto surpreendente. Deus estava decidido a reproduzir-Se. Ele traria à existência, como filhos, outros seres como Ele. Ele pretendia encher o Seu lar celestial com seres dotados de livre arbítrio e feitos à imagem do Seu próprio caráter. Eles seriam herdeiros e co-herdeiros com Cristo, o Seu Filho, empossados para desfrutar da eternidade em êxtase. A idéia deve ter causado uma tremenda comoção no Deus Filho. Agora Ele teria irmãos e irmãs com quem dividir as alegrias da eternidade. Já não seria o filho único. Era um empreendimento desafiador. Para Ele cairia a responsabilidade de levar a cabo a consumação desse plano. Deus decidiu livremente nos fazer filhos e filhas. O que devemos fazer com a idéia de que Deus nos escolheu para sermos Seus filhos em Cristo? Podemos nos contentar com menos. Podemos descartar a idéia de que Deus quer que sejamos os Seus filhos. A maioria das pessoas, de fato, faz isto. O autor C. S. Lewis fez isto. Durante anos, Lewis identificou-se como um ateu. O professor inglês não tinha um lugar para Deus em sua vida. Mais tarde, ele mudou de idéia. Tornou-se um crente e pôde escrever da perspectiva de alguém que, uma vez, se conformou em ser menos do que um filho de Deus: Somos criaturas indiferentes, brincando com bebidas, e sexo, e ambição, quando nos é oferecida uma alegria infinita, assim como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo tortas de barro numa rua de terra porque não consegue imaginar o que significa um feriado na praia. É fácil demais nos agradar. Deus procura filhos e filhas a quem Ele possa abrir as abóbadas celestiais. A escolha é nossa; podemos nos contentar com menos. Muitos fazem isso. Por outro lado, podemos aceitar o melhor de Deus. O objetivo de Deus é nos adotar e nos fazer Seus filhos, nos tornar herdeiros de Suas riquezas, imprimir em nós a Sua imagem e dividir os céus conosco para sempre. Pense por um instante. Onde você está nisso tudo? Você está se conformando com menos? A decisão divina de fazê-lo Seu filho e lhe dar as riquezas celestiais é algo que o deixa maravilhado? Você não quer deixar que isto aconteça na sua vida?


DEUS NOS DÁ BÊNÇÃOS AO SEU MODO

Deus nos dá cada bênção espiritual “em Cristo”. A expressão “em Cristo” ou seu equivalente ocorre mais de vinte vezes em Efésios. Paulo fez um uso profuso dela nestes primeiros versículos: Os fiéis estão em Cristo (v. 1). Cada bênção espiritual é em Cristo (v. 3). Os escolhidos estão em Cristo (v. 4). Somos santos e irrepreensíveis em Cristo (v. 4). A graça é concedida gratuitamente em Cristo (v. 6) Temos redenção e perdão de pecados em Cristo (v. 7). Fomos selados com o Santo Espírito como garantia da nossa herança em Cristo (v. 13). Estas declarações indicam a importância de estar em Cristo. Poderíamos valorizar muito mais o fato de estarmos em Cristo se comparássemos isto a algo que conhecemos. Vamos substituir “em Cristo” pelas palavras “na família”. Quando você pertence a uma família, por nascimento, por casamento ou por adoção, o que isto quer dizer? Estando “na família”, você tem certos privilégios. Quando eu passo pela porta da minha casa, ninguém me pergunta: “Quem deixou você entrar?” Minha esposa, Sallye, não age como se eu fosse um intruso. Meu filho não tenta lutar comigo empurrando-me para fora. Minha filha não chama a polícia. Todos eles sabem que eu pertenço à casa deles porque eu estou na família. Privilégios, responsabilidades e expectativas fazem parte de estar na família. Estar “em Cristo” significa que você pertence a Ele. Você foi unido com Ele. Todos os privilégios, responsabilidades e expectativas de estar em Cristo são seus. Não são enviadas por um sistema de segurança ondas de eletro-choque pelos corredores dos céus, quando Deus lhe dá um lugar no Seu reino. Ter um lugar no reino faz parte de estar em Cristo. Anjos não desmaiam quando Deus envia o Seu Espírito para habitar em você. Isto faz parte de estar em Cristo. Ninguém se opõe ao fato de Deus perdoar todos os seus pecados. Isto faz parte de estar em Cristo. Quando a sua vida na terra terminar, nenhum ser celestial indagará por que você tem um lugar no lar eterno de Deus. Isto faz parte de estar em Cristo. Em Cristo você recebe perdão dos pecados, adoção como filho de Deus, o dom do Espírito Santo, esperança de vida eterna, santidade, retidão, bondade, glória, força, perseverança, paz, poder e todas as demais riquezas de Deus. Esses privilégios soam maravilhosos demais, não soam? É quase indescritível tudo o que uma pessoa recebe em Cristo! Se recebemos tudo isto em Cristo, por que, muitas vezes, ainda nos vemos às voltas com a culpa? Por que não nos sentimos santos, retos ou bons? Por que somos fracos em algumas áreas? Por que ainda pecamos? As Escrituras dizem que somos filhos de Deus, mas com certeza não agimos como tal o tempo todo. Sempre colocamos o “ego” em primeiro lugar. Decepcionamos aos outros e a nós mesmos. Muitos cristãos lutam com este pensamento: “Tem alguma coisa errada comigo. Vejo o cristianismo funcionando com outras pessoas, mas parece que não consigo ser consistente com os caminhos do Senhor”. A maioria dos cristãos fazem essas perguntas a si mesmos — incluindo presbíteros, pais e os que são cristãos há anos. Duas sugestões me ajudam quando começo a pensar dessa forma. Volte aos fundamentos básicos. Preciso reafirmar a minha identidade: sou filho de Deus. Deus me fez Seu filho através de Jesus. É isto o que Ele quer que eu seja. A seguir, preciso reafirmar para mim mesmo que eu estou “em Cristo”. Gálatas 3:26 e 27 diz: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes”. Isto é um princípio básico. Se tenho agido baseado na fé em Cristo e fui batizado em Cristo, então estou em Cristo. Em Cristo, toda sorte de bênção espiritual é minha! Use os fundamentos básicos. Quando estou desanimado comigo mesmo, geralmente isto se deve à negligência dos fundamentos básicos. Assim como a velhinha “pobre” da Flórida, não tenho usado meus bens. Isto leva à inanição espiritual. Entre os fundamentos básicos estão: 1) a Palavra de Deus — estudá-la, memorizá-la e meditar nela; 2) oração — ter comunhão regular com Deus; 3) serviço — participar pessoalmente da obra do reino, 4) comunhão fraternal — partilhar a vida com os irmãos em Cristo. Sim, você e eu precisamos, de tempos em tempos, nos lembrar de quem somos. Quando nos desanimamos, podemos usar 1:3–14 para confirmar a nós mesmos quem realmente somos. Você gostaria de fazer isto agora? Faça você mesmo se lembrar de quem é.
Diga a si mesmo: “Eu sou escolhido por Deus. Eu sou santo e irrepreensível perante Ele. Eu sou perdoado. Eu sou remido pelo sangue de Cristo. Eu recebi o Espírito Santo. Tenho a garantia de uma herança eterna, porque eu estou em Cristo!”


CONCLUSÃO: Certa mulher chamada Hetty Green foi conhecida como a avarenta mais notória dos Estados Unidos. Quando ela morreu em 1916, deixou uma fortuna de cem milhões de dólares; embora ela mesma não tivesse utilizado esses recursos. Ela chegava ao ponto de comer mingau de aveia frio no café da manhã para economizar gás. Quando seu próprio filho feriu gravemente uma perna, ela adiou o tratamento até encontrar uma clínica que atendesse gratuitamente. O menino acabou perdendo a perna. Hetty viveu uma vida de insensatez. A avareza a impediu de fazer bom uso de seus bens6 . Como seria insensato ver o que Deus oferece em Cristo e menosprezar ou não fazer uso disso! Deus quer lhe dar toda sorte de bênção. Não vire as costas para o que Ele está lhe oferecendo.

ENTREGA TOTAL E ABSOLUTA A DEUS

Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará — Sl 37:5; Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos – Pv 23:26. Vivemos numa sociedade religiosa, onde muitos foram ensinados que Deus é um ser grandioso, distante e que possui muitas ocupações, por isso devemos pedir as coisas que precisamos aos santos. No entanto, nada poderia estar mais longe da verdade, pois Deus é um Ser Supremo, mas que deseja manter comunhão com cada um de seus servos, Sl 34:18. Para Deus não há distância, Jr 23:23. O que nos torna distantes de Deus é o pecado, Is 59:1-2. O que significa uma entrega total e absoluta a Deus? Participar de um relacionamento de alto nível Se nosso relacionamento com Deus estiver correto, haverá em nosso coração uma paixão ardente de sermos úteis a Ele. A partir daí, nossa consciência dirá que tudo o que fazemos é com Deus e não para Deus. Fazer com Deus demonstra aliança, unidade de propósito e mútua cooperação. Paulo disse: “eu plantei, Apolo regou e Deus deu o crescimento”. Fazer para Deus dá a idéia do cumprimento de uma obrigação e, infelizmente, muitos têm feito as coisas para Deus, sem fazê-las com Deus. “Depois disso, o anjo mandou que eu entregasse a Zorobabel a seguinte mensagem de Deus, o Senhor: — Não será por meio de um poderoso exército nem pela sua própria força que você fará o que tem de fazer, mas pelo poder do meu Espírito. Sou eu, o Senhor Todo-Poderoso, quem está falando” (Zacarias 4:6). Zorobabel deveria reconstruir o templo de Jerusalém, que estava em ruínas, mas isso não deveria ser por imposição de um poder militar, mas pelo Espírito de Deus. Se sentirmos satisfeitos com uma prática cristã superficial e o nível de conquista a que chegamos gerar acomodação ou ficarmos indiferentes ao fato de nosso progresso não estar mais sendo manifesto a todos, isto é, visível aos demais discípulos do Senhor, é porque está havendo um problema em nossa relação com Deus. Isso requer arrependimento, pois somos advertidos pelo apóstolo Paulo, a manifestar o nosso progresso a todos, 1 Tm 4:15. Não podemos estagnar – a ordem é “levantai-vos”, “despertai-vos”, “siga em frente”! Participar ativamente do seu propósito – Pv 3:6; Pv 16:9 Entregar-se a Deus de forma completa e absoluta não é fácil, porque se temos dificuldade de entregar coisas, quanto mais a nós mesmos! Só que não existe melhor estratégia para uma pessoa ser liberta do que entregar-se por completo a Deus, Sl 37:5. Só experimentaremos a vida abundante que Deus tem para nós se entregarmos completamente a Ele, Pv 23:26. Todos os discípulos de Jesus precisam aprender dele, Mt 11:29; andar como Ele andou, 1 Jo 2:6; viver de maneira cuidadosa, Hb 3:12. Jesus nos deixou um legado de entrega absoluta ao propósito do Pai, inclusive quando estava no jardim do Getsêmani, antes de se entregar as agruras da crucificação, ele orou: “Pai, sê possível, passa de mim esse cálice, mas não faça o que eu quero, e sim, o que tu queres!” (Mt 26:39). Ao olhar para Filipenses 2:6-8 vemos fatos importantes sobre Jesus: a) sendo Deus – abriu mão desse fato; b) se esvaziou – desistiu de seus direitos; desistiu de si mesmo; c) assumiu a forma de escravo – classe mais baixa entre os homens; d) humilhou-se – sendo obediente até a vexatória morte de cruz. Sua entrega ao plano de Deus-Pai foi total e absoluta, sem exigir seus direitos, Jo 8:28; 14:10. Sua entrega envolvia seus direitos, sua liberdade e suas razões. Ele permitiu que o Pai tivesse tudo dele. Alguém afirmou que “só terei tudo de Deus, quando Ele tiver tudo de mim” e isso tem base em 2 Co 5:14-15. De acordo com Fp 2:9-11, Jesus foi honrado pelo Pai: a) Exaltação - recebeu um nome sobre todo o nome; b) Respeito – ao nome de Jesus se dobrará todo joelho; c) Reconhecimento – toda língua confessará que Ele é o Senhor. Entregar-se absolutamente a Deus não quer dizer submeter-se ao destino; não é passividade; não é fatalismo, que diz: “Deus quer assim, que posso eu fazer?” A entrega a Deus é algo positivo, é a única maneira de Deus operar em nós, e através de nós, cumprindo a sua vontade. O seu propósito para seu povo é de vida e paz visando alcançar o bem que desejado, Jr 29:11. Essa entrega significa uma prova da fé, sem à qual não se pode agradá-lo, Hb 11:6, e também demonstra que Deus está em primeiro lugar em nossa vida, Mt 6:33. Sem uma entrega completa e absoluta, o discípulo é tomado por demasiadas preocupações, ansiedades, lutas e esforços sem, contudo, conseguir sucesso, Mt 6:25-34; Fp 4:6. O Salmo 37:5 diz: “entrega... confia... e o mais Ele fará”. Enquanto estivermos fixando nossos olhos naquilo que é visível, estas mesmas coisas nos cegarão e não permitirão ver as coisas mais importantes, aquelas que se vêem com os olhos da fé, Hb 12:1-2; Jo 12:40; At 28:28.

VENCENDO O PECADO

Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, e tu perdoaste a culpa do meu pecado — Salmo 32:5


O poder avassalador do pecado
Pecado é um antigo termo usado no arco e flecha que significa errar o alvo. Qualquer coisa que não seja o centro fixo é pecado. Assim, o pecado em nossa vida não apenas significa roubar, assassinar alguém ou adulterar. É muito mais do que isso. Na verdade, qualquer coisa fora do centro daquilo que é o melhor de Deus e de sua vontade perfeita para nossa vida é pecado. Isso amplia muito a idéia de pecado! Quando não é confessado, o pecado torna-se um tumor sutil — enrolando seus tentáculos em volta de cada parte de nosso ser até ficarmos paralisados. A agonia de seu peso é descrita com precisão na Bíblia pelo rei Davi: Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, O meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; Minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado. E não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, E tu perdoaste a culpa do meu pecado. (Salmo 32:3-5) Quando o pecado não é confessado, uma parede levanta-se entre você e Deus. Mesmo que você deixe de praticá-lo, se esse pecado não foi confessado diante do Senhor, ele ainda pesará sobre você, arrastando-o de volta para o passado que você está tentando deixar para trás. Muitos costumam levar nas costas uma bolsa cheia de falhas tão pesada que mal conseguem se mover. Não percebendo como estão curvados espiritualmente. Quando, então, confessamos os pecados, na verdade, sentimos o peso daquela bolsa sendo aliviado. Todos nós que trazemos feridas emocionais profundas do passado já sofremos de baixa auto-estima, medo e culpa. Mentalmente, nós nos martirizamos, temos a tendência de pensar no pior em se tratando de nossas situações e nos sentimos responsáveis por tudo o que dá errado. É verdade que podemos ter momentos em que nos sentimos culpados por coisas que fizemos, mas não precisamos nos torturar, levando uma vida incessante de culpa. Deus proveu a chave para nos libertar disso: a confissão. Muitas vezes, não conseguimos nos ver como responsáveis por certas ações. Por exemplo, embora não seja sua culpa ser abusado por alguém, sua reação ao abuso agora é de sua responsabilidade. Você pode se sentir justificado em sua raiva ou amargura, mas, mesmo assim, deve confessá-la porque ela frustra o que Deus tem para você. Se não confessar, o peso dessa raiva ou amargura, no final, irá esmagá-lo.


Arrependimento – porta para um novo horizonte Para que a confissão tenha efeito, ela deve ser feita com arrependimento. Arrependimento, literalmente, significa uma mu­dança de opinião. Significa você dar as costas, sair do território do pecado e deci­dir não cometer o mesmo pecado novamente. Significa alinhar seu pensamento corretamente com Deus. É possível confessar sem, de fato, admitir alguma transgressão. Na verdade, podemos simplesmente passar a ser bons em pedir desculpas sem intenção alguma de sermos diferentes. Confissão e arrependimento signi­ficam dizer: "A culpa é minha. Desculpe. Não vou fazer mais isso". Você precisa confessar e se arrepender de todo pecado para que esteja livre de sua escravidão, quer você se sinta mal com ele ou não e quer o reconheça como tal ou não. “Um dia, no consultório de minha conselheira cristã, confessei em oração os dois abortos que fiz, mesmo não tendo idéia, na época, de como o aborto era errado. Sempre via o aborto como um meio de sobrevivência, não como um pecado, mas isso não o torna correto aos olhos de Deus. Li na Bíblia sobre o valor da vida no ventre. Também li: ‘Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo’ (1 Coríntios 4:4). Não fiquei livre das garras mortais da culpa naqueles abortos até me arrepender e receber o pleno perdão de Deus” (Stormie Omartian). Toda vez que confessar algo, veja se você, honesta e verdadeiramente, não sente mais vontade de fazê-lo. E lembre-se de que Deus "conhece os segredos do coração" (Salmo 44:21). Estar arrependido não necessariamente significa que você nunca mais voltará a cometer o mesmo pecado, mas significa que não pretende cometê-lo novamente. Caso ocorra, confesse-o novamente. Arrependa-se todas as vezes, você estará perdoado e, procure se fortalecer, quebre as pontes que podem te levar novamente ao pecado e, por fim, ficará livre. A Bíblia diz: "Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor" (Atos 3:19, 20). Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas! (Salmo 32:1) O diabo tem um gancho preso a você onde houver um pe­cado não-confessado. Recaídas no mesmo pecado não são desculpas para não confessá-lo. Você deve manter sua vida totalmente aberta diante do Senhor se quiser ser libertado da escravidão do pecado. Você não pode ser libertado de algo que não pôs fora de sua vida. Confessar é falar toda a verdade sobre o seu pecado. Renunciar ao pecado é tomar uma posição firme contra ele e remover seu direi­to de permanecer. Uma vez que não somos perfeitos, a confissão e o arrependimento são contínuos. Há sempre novos níveis da vida de Jesus que precisam ser operados em nós. Estamos aquém da glória de Deus em sentidos que ainda nem podemos imaginar. “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9).

AS CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO

Segundo temos aprendido – discípulo é alguém que crê em tudo o que Jesus disse e faz tudo o que Ele ordena. Paulo, ao se converter, tornou-se um discípulo tão fiel a Jesus que afirmou àqueles que não se mantinham fiéis: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6:17). Isto significa que ele trazia em si algo maior que qualquer argumento contrário a uma vida cristã autêntica.
O discipulado significa uma vida marcada, envolvendo pelo menos três cousas fundamentais que chamaremos de:

As Características do discipulado

1 - Obediência – demonstração de dependência, Jo 8:31

· Um discípulo é uma pessoa que é dedicada e obediente à Pessoa e ensinos do Mestre. J. Dwight Pentecost fez um comentário conciso sobre esta obediência: "Cristo exigia a submissão absoluta à Sua autoridade, a completa devoção à Sua Pessoa, confiança na Sua Palavra, e fé na Sua providência, e os homens se desculpavam porque não queriam se dedicar, não podiam confiar, e não acreditavam... Os discípulos eram aqueles que, depois de terem convicção da veracidade da Palavra, dedicavam-se completamente à Pessoa que os ensinara"
· Se alguém fica aquém desta dedicação total e completa à Pessoa de Jesus Cristo, não é um discípulo de Jesus Cristo. Pode ser contado entre os curiosos, ou pode ter progredido até ao ponto em que tem convicção da vera­cidade daquilo que Cristo dizia, ou daquilo que diz a Palavra de Deus, mas enquanto não se dedique totalmente à Pessoa em cuja Palavra veio a crer, não é um discípulo no pleno sentido da palavra conforme o Novo Testamen­to.
· A pessoa não fica sendo discípulo meramente pelo seu assentimento à veracidade daquilo que Cristo ensinou; fica sendo discípulo, isto sim, quando se submete à autori­dade da Palavra de Deus e deixa a Palavra de Deus con­trolar a sua vida.
· Conforme os ensinos do próprio Jesus, somos verdadeira­mente os Seus discípulos quando permanecemos na Sua Pala­vra, João 8:31. Este fato implicaria em deixar a Palavra de Deus exercer controle absoluto sobre as nossas vidas, e em procurar, com obediência, fazer com que cada aspecto da vida esteja em conformidade com os ensinamentos bíblicos, Lc 14:33.


2 - Amor – demonstração de bom relacionamento, Jo 13:34-35 

· Num certo opúsculo, Francis Schaeffer chamou o amor "a marca do cristão". É a característica mais óbvia e sem igual do discípulo de Jesus Cristo. E é a exigência mais fundamental para quem quiser ajudar as pessoas.
· Quando o apóstolo João estava escrevendo a sua Primeira Epístola, reconheceu que alguns dos seus leitores estavam tendo dificuldades em saber quais as pessoas que realmente eram cristãs e quais não eram. Para ajudar neste problema, João indicou que os cristãos eram as pessoas que se caracteri­zavam pelo amor. Se uma pessoa não tem amor, disse João, provavelmente não é um cristão, 1 Jo 4:7-11.
· Nem todos os cristãos se comprometem totalmente a serem discípulos de Jesus Cristo, mas todos os cristãos devem revelar pelos menos algumas características do amor. É uma contradição pensar que alguém pode ser um verdadeiro seguidor de Cristo e não ser amoroso, 1 Jo 4:8, 20-21.

3 - Frutificação – demonstração de maturidade, Jo 15:8

· Vivemos numa sociedade que se orienta em direção ao sucesso. Todos querem ser bem-sucedidos, e a maioria de nós trabalha com seus vários planos pessoais para atingir aquele alvo.
· Em João 15, porém, Jesus contou aos Seus seguidores que todos estes esforços seriam era vão a não ser que o discípulo fosse dedicado a Cristo, de modo consistente, permanecendo nEle, ao invés de forçar o caminho com seus próprios planos ou confiando nos seus próprios recursos. Jesus emprega a ilustração de videiras que não estavam produzindo uvas. A melhor coisa para tais sarmentos, segundo Ele disse, é serem cortados da videira e queimados no fogo.
· Walter Henrichsen, dos Navegadores, conta como reagiu quando reconheceu, pela primeira vez, que Deus poderia che­gar certo dia e destruir toda a obra humana centralizada em si mesma (2 Pe 3:10). "Que choque... reconhecer que tudo quanto eu planejava edificar, Deus chegaria e destruiria! Quero que vocês saibam que aquilo me desanimou... Não valia a pena. Para que dedicar todo o meu tempo e os meus esforços a construir alguma coisa que Deus já disse que have­ria de queimar?" Desta forma, o Sr. Henrichsen voltou-se para a sua Bíblia e ali descobriu que há, pelo menos duas coisas que Deus prometeu que nunca destruiria: a Sua Palavra, Is 40:8 e o Seu povo, João 5:28, 29; 1 Jo 2:17. "Há outras coisas eternas — Deus, anjos, virtudes tais como o amor — mas eu queria alguma coisa eterna que pudesse agarrar com a minha mão e dar a minha vida em troca dela. Ao estabelecer os objetivos da minha vida podia me dedicar a pessoas e à Palavra de Deus, e saber que Deus não seguiria meus passos para destruí-las no fogo".

Conclusão: Veja o exemplo de Paulo e seu zelo diante do seu compromisso com Deus e sua obra, 1 Co 9:27 “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. Jesus advertiu-nos para que não sejamos iludidos pelos valores ilusórios, Mc 8:36-38 “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos”.

UMA VIDA LIVRE DE VÍCIOS

Uma Vida Livre de vícios Pv 23:29-35 Introdução: Apesar do sentido pejorativo, o termo drogas está relacionado à pharmakeia, que quer dizer farmácia. Drogas não são apenas maconha, LSD, cocaína, craque, etc., mas também o uso de remédios, apesar de que, se estes forem dosados e prescritos por médicos, poderá ser benéfico conforme a necessidade. Porém, quero alertar que o mau uso de remédios também nos torna dependentes e consequentemente, servirão mais como veneno do que curativo. A BÍBLIA CONDENA QUALQUER ESPÉCIE DE VÍCIOS: Provérbios 20:1 (NTLH) Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio. Provérbios 21:7 (NTLH) Os maus são destruídos pela sua própria violência porque se negam a fazer o que é direito. Provérbios 31:4 (NTLH) Escute, Lemuel! Os reis não devem beber vinho nem outras bebidas alcoólicas. Isaías 5:22 (NTLH) Ai dos que são campeões de beber vinho, que vencem apostas de misturar bebidas alcoólicas; Isaías 28:7 (NTLH) Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho, que não podem ficar de pé por causa das bebidas: são os sacerdotes e os profetas, que vivem embriagados e tontos. Os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos no tribunal. Efésios 5:18 (NTLH) Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus. PRINCÍPIOS BÍBLICOS CONTRA OS VÍCIOS, EF 5:18 Este texto se refere a toda e qualquer espécie de produtos entorpecentes que causem dependência, inclusive alucinógenos e anti-depressivos que fazem com que a pessoa fique fora de si. POR QUE AS PESSOAS SE ENTREGAM AOS VÍCIOS? - como símbolo de independência; - para fugir de situações desagradáveis na família ou trabalho; - por curiosidade; - para ser aceito em determinado grupo sem ser discriminado; - para fugir dos problemas emocionais; - receio de ser tachado de careta ou quadrado. No entanto, é uma ilusória válvula de escape. POR QUE A BÍBLIA CONDENA OS VÍCIOS? - É um pecado contra seu próprio corpo e, consequentemente, contra Deus 1 Coríntios 3:17 (NTLH) Assim, se alguém destruir o templo de Deus, Deus destruirá essa pessoa. Pois o templo de Deus é santo, e vocês são o seu templo. - Porque causam sofrimento ao usuário, sua família e pessoas próximas e, indiretamente, toda a sociedade Provérbios 5:22-23 (NTLH) As injustiças que um homem mau comete são uma armadilha; ele é apanhado na rede do seu próprio pecado. 23 Morre porque não se controla: a sua grande loucura o levará à cova. Provérbios 4:17 (NTLH) Porque para eles a maldade e a violência são comida e bebida. - Porque sustentam o mundo do crime, da violência, da infelicidade e proliferação das doenças, além de ser um devorador insaciável do dinheiro e bens pessoais: Isaías 55:2 (NTLH) Por que vocês gastam dinheiro com o que não é comida? Por que gastam o seu salário com coisas que não matam a fome? Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno, vocês comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas. - Porque afastam as pessoas de Deus 1 Coríntios 6:10 (NTLH) os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. Gálatas 5:21 (NTLH) as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. 1 Pedro 4:2 (NTLH) Então, de agora em diante, vivam o resto da sua vida aqui na terra de acordo com a vontade de Deus e não se deixem dominar pelas paixões humanas VIVENDO SEM VÍCIOS - Prevenção – é melhor do que remediar Observe os exemplos negativos Apegue-se aos ensinos da Palavra de Deus Observe as advertências da Palavra de Deus (ver o texto básico) - Tratamento – reconhecer que precisa Tratamento espiritual – sem o devido cuidado com a alma não haverá êxito na libertação Tratamento convencional – internamento em uma clínica a fim de desintoxicar e adquirir resistência - Cuidado constante – nunca se vangloriar e menosprezar o poder do mal O ex-viciado só se mantém livre se permanecer servindo ao Senhor com muito zelo e empenho. Conclusão: Para se manter livre do vício é preciso viver “cheio do Espírito”, tendo um coração cheio de louvor a Deus com salmos e hinos e cânticos espirituais, Ef 5:18-19.

A CONFIANÇA INABALÁVEL EM DEUS

A CONFIANÇA DAQUELE QUE SERVE A DEUS

Rm 10:35-36


Introdução: Aqueles que desejam servir bem ao Senhor Jesus e se constituir numa bênção para si, sua família, cidade, estado e nação, precisam encarar tudo com zelo e responsabilidade. Jesus chama seus seguidores de sal, luz, testemunhas, filhos, amigos, servos, obreiros, etc. O apóstolo Paulo chama as pessoas que fazem parte da Igreja de carta, ministro, apóstolo, evangelista, pastor, mestre, etc. “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:11-12). Todos aqueles que professam o nome de Jesus precisam manter-se em santidade: “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” (2 Tm 2:19). O poder de influência de um cristão, seja direta ou indiretamente, poderá ser grande através do ensino, testemunho e bom exemplo! “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pedro 2:12).

Transição: O texto básico mostra-nos o valor incalculável da segurança pessoal a fim de alcançarmos bons resultados no serviço da obra de Deus. É de suma importância que notemos a expressão: “não rejeiteis, pois a vossa confiança” (Hebreus 10:35). Veja em três versões: 1. (RA) Não abandoneis, portanto, a vossa confiança ela tem grande galardão. 2. (RC95) Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. 3. (NTLH) Portanto, não percam a coragem, pois ela traz uma grande recompensa. Isto significa que precisamos ser uma pessoa segura, definida, determinada e convicta da posição espiritual que ocupamos no Reino de Deus e na promoção de seu crescimento, pois tudo quanto fizermos permanecerá nos relatos divinos e por fim resultará em premiações e recompensas. Davi, um homem experiente, afirmou: “O Senhor Deus recompensa aqueles que são fiéis e corretos” (1 Sm 26:23 - NTLH). Mas para que não percamos o ânimo diante dos desafios, convém ter paciência, tal qual um lavrador que espera o fruto de sua semeadura, pois do contrário, poderemos nos perder em meio à tendência humanista de resultados imediatos. Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento”.

O que se requer de cada um de nós que servimos a Deus é que sejamos seguros e confiantes em duas coisas:

 I – SEGURANÇA EM SUA RELAÇÃO COM DEUS 

Antes de fazer é preciso ser. Muitos estão desrespeitando essa ordem e estão desesperadamente atrás de querer fazer a obra de Deus, sem contudo, ser uma pessoa de identificação saudável em sua relação com Deus. Fazer a obra de Deus é imprescindível, mas de que adianta qualquer esforço sem entendermos primeiro que realmente somos? Isso resultaria em fracassos, desapontamentos, frustrações e, conseqüente abandono de algo que se começou, mas não se deu continuidade. Antes de sermos servos precisamos saber que somos filhos, Jo 1:12. João ressalta fortemente o valor de crer em Jesus Cristo. Crer é a resposta do homem com a mente, o coração, com toda a vida, à ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo. Quando uma pessoa “crê”, recebe a vida eterna e passa a ser filho de Deus. Seguros de que somos filhos de Deus poderemos fazer melhor a sua obra, Rm 8:16-17. Um pai ama seus filhos porque são filhos e não pelo que eles fazem ou deixam de fazer. Com certeza, há um lugar para o trabalho, os esforços e as realizações dos filhos, mas essas coisas não mudam o valor deles para os pais. Você nunca estará seguro em seu relacionamento com Deus e também não estará seguro em seu ministério, até que você conheça e entenda o verdadeiro propósito de Deus para sua vida – andar com Ele como filho amado, Rm 8:14. O status de filho não é conquistado por merecimento, mas é gratuito a partir do exato momento em que crendo em Jesus se firma uma aliança com Ele: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3:26). Por toda a Bíblia vemos é o propósito de Deus sempre foi: Redimir – tomar de volta a posse de (seu nome); Restaurar – trazer de volta (seu nome) à condição de filho com todos os direitos e deveres – “E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo” (Rm 9:26). Reconciliar – restaurar o relacionamento de (seu nome) para com Ele – “Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada” (Rm 9:25). O pecado nos separou de nosso Deus e Pai, mas não nos separou de seu amor incondicional e imutável, Jo 3:16-17. Esse amor incomparável operou a sua graça, a fim de restaurar nossa relação com Deus, Ef 2:8-9. O que está dito não poderá ser invalidado: 2 Co 5:17; Rm 8:1; Rm 8:31-34; A MINHA RELAÇÃO COM DEUS É FIRME E SUSTENTÁVEL ELE É MEU PAI FIEL E AMOROSO SOU FILHO AMADO E SEGURO Zc 2:8 - aquele que tocar em vós na menina de seus olhos 1 Jo 5:18 – aquele que é de Deus, guarda-se do pecado e o maligno não lhe toca.

II – SEGURANÇA EM SEU CHAMADO – Rm 8:28

O chamado para ser um líder espiritual acontece em meio aos filhos de Deus e não se baseia em simpatia, politicagem ou em promessas chantagistas visando atrair ou manter a pessoa junto a nós, mas precisa ser uma ação direta do Espírito Santo, At 13:2-3; 2 Tm 1:9. Aquele que recebe o chamado poderá enfrentar muitos desafios e até descrédito em sua posição. Paulo sofreu isso até de cristãos a quem chamou de “falsos irmãos”, 2 Co 11:26; Gl 2:4. A segunda carta aos Coríntios foi praticamente uma defesa quanto ao seu ministério. Apesar do descrédito e das perseguições, Paulo possuía grande segurança quando afirmava: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20:24). Quem nos chama é Deus – “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co 1:9). Se entendermos bem a nossa posição de filhos amados significa que poderemos corresponder com alegria e eficácia às expectativas do propósito Deus e fazer a sua obra de forma obediente, sem resistências ou reclamações. Faremos a obra de Deus não para agradarmos a Deus a fim de sermos salvos, mas por sermos filhos salvos faremos o melhor, pois será Deus realizando dentro de nós, Fp 2:13. Precisamos entender que: NÃO SOU UM SER HUMANO QUE ESTOU TENDO UMA EXPERIENCIA ESPIRITUAL TEMPORÁRIA, SOU UM SER ESPIRITUAL QUE ESTOU TENDO UMA EXPERIÊNCIA HUMANA TEMPORÁRIA. Sendo filho amado de Deus obedeço ao chamado e o executo de forma segura: “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1 Pe 2:21). Só teremos confiança e segurança em nosso chamado quando houver certeza que foi Deus quem nos chamou e vocacionou: Um discipulador não pode produzir confiança; Uma Escola Bíblica não poderá produzir confiança; Um presbitério não poderá produzir confiança; Uma ordenação não poderá produzir confiança; Estudos, diplomas ou amizades com pessoas chamadas não poderá produzir confiança. Tudo isso poderá ser muito bom e ajudará, mas... Somente Deus poderá produzir confiança – e quando você é chamado, você acredita na capacitação através do Espírito Santo, At 1:8.

Conclusão: Quando aceito o propósito de Deus para minha vida, primeiro preciso saber que sou filho de Deus, o que me dará segurança no relacionamento com Deus (se somos filhos, somos também herdeiros). Depois compreenderei e terei segurança do chamado dele para minha vida (eu vos escolhi para que vades e deis fruto). Se assim for, tudo quanto eu fizer em prol do Reino de Deus será com prazer, Rm 1:16. Sabe por que muitos não têm certeza do seu ministério? Porque não entenderam o propósito de Deus – sermos filhos e depois servirmos. Quando se quer servir antes de ser filho não dá certo. É só canseira e enfado!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

LIDERANDO COM ÊXITO

“E agora permanecem a fé, a esperança, e o amor, mas o maior de todos é o amor” (1 Co 13:13).
Toda pessoa anela o sucesso. Ninguém vem ao pastor e pede oração para fracassar. Nenhuma mulher se casa para ser fracassada no matrimônio. Ninguém quer fracassar. Todas as pessoas têm anelos, desejos e sonhos. Todo homem deseja prosperar profissionalmente e subir de posto na empresa. Os jovens desejam terminar seu curso e se tornar um profissional. Muitos casamentos começam com muitos sonhos, mas depois de alguns anos se destroem.
Qual o segredo para o sucesso? Podemos chamá-lo de metas conquistadas, sonhos realizados, obstáculos vencidos, triunfos reconhecidos. Todos anelamos ser reconhecidos, valorizados e aceitos. Quando uma pessoa se dispõe a alcançar o êxito, deve-se se revestir de uma fortaleza interior, que lhe ajude a superar todos os obstáculos que possam se lhe apresentar no futuro.
Os homens que tem logrado alcançar êxito são aqueles que souberam assimilar muito bem os momentos de fracasso. O fracasso tem sido como uma alavanca para levantá-los. Todos nós devemos aprender com nossos fracassos. Quando entendemos que o fracasso que experimentamos está dentro do propósito de Deus, podemos escalar rumo ao sucesso.
Um dos grandes conferencistas, Dr. Robert Schuller, fez um paralelo entre o fracasso e sucesso:
1. Fracasso não significa que não alcançamos nada, mas que aprendemos algo.
2. Fracasso não significa que somos fracassados, apenas que ainda não tivemos bom êxito.
3. Fracasso não significa que havemos atuado como néscios, mas temos tido muita fé.
4. Fracasso não significa que sofremos o descrédito, mas que estivemos dispostos a experimentá-lo.
5. Fracasso não significa falta de capacidade, mas que devemos fazer as coisas de outra maneira.
6. Fracasso não significa que somos inferiores, mas que ainda não somos perfeitos.
7. Fracasso não significa que perdemos nossa vida, mas que temos boas razões para começar de novo.
8. Fracasso não significa que vamos ficar para trás, mas que vamos lutar com maior ímpeto.
9. Fracasso não significa que jamais lograremos nossas metas, mas apenas tardaremos um pouco mais para alcançá-las.
10. Fracasso não significa que Deus nos tem abandonado, mas que Ele tem uma idéia melhor.
Todos nós estamos dispostos a lutar para alcançar o êxito, mas muitas vezes as provas nos debilitam pelo caminho. Alguns, diante do primeiro obstáculo abandonam a carreira. Quantas mulheres que tiveram uma experiência sentimental equivocada, e disseram que jamais creriam nos homens de novo, “jamais me casarei, todos os homens são iguais”, e não quiseram superar seu fracasso. Todos nós teremos que passar por diferentes tipos de provas. No entanto, só alcançaremos sucesso se formos firmes e determinados.
1. Mantenha viva a chama da fé
A permanência da fé tem uma conotação eterna. Deus nos criou em fé. Deus é o arquiteto e o construtor. O arquiteto tem idéias. Ele é uma pessoa que pensa muito, e não se fixa no caos ou nas adversidades, mas naquilo que pode conquistar. Trabalha no plano das idéias. Logo ela a reproduz em papel e lápis. Quando a tem aperfeiçoado, a transforma em uma maquete e entrega ao construtor. 
O que Deus fez conosco? Deus não olhou para o fato que estávamos separados dele, submersos nos vícios e no pecado. Ele viu o que ele poderia fazer através de nós. Ele projetou uma mudança em nossas vidas e famílias, e estendeu sua mão de misericórdia até que fomos alcançados por sua graça e transformados pelo poder do seu Espírito Santo. Pedro disse que nos tornamos participantes da natureza divina. E isso significa que Deus nos dá a mesma capacidade a cada um de nós. Podemos trabalhar nos planos das idéias, podemos renovar nossa mente, podemos trabalhar com idéias criativas. Não devemos olhar para os fracassos em nossa vida ou em nossa família, ou finanças. Você deve entender que Deus chamou você para coisas grandes, para que você tenha êxito. Se você fracassou no passado, não significa que Deus quer que você seja um fracassado. O senhor quer lhe levar ao êxito.
2. Tenha um sonho
Esperança fala de amanhã. Muitos confundem esperança com fé. Alguns dizem: tenho fé que um dia vou sarar. Isso não é fé, é esperança. A fé conquista a cura agora, a fé conquista as finanças agora. A fé conquista a restauração familiar agora. A esperança é a projeção para o amanhã, é a visão, o sonho. E todos devemos ter um sonho. Qual o sonho que tenho para minha vida? Alguém disse: “Aquele que aponta para nada, chegará a lugar nenhum”. Deus quer que nós tenhamos grandes visões. Alguém disse: “Empreende grandes coisas para Deus, e Deus fará grandes coisas”.
3. Tenha metas definidas
Você deve saber para onde vai. Pense que você está num avião, viajando e o piloto fala no alto-falante, dando todas as informações de vôo, mas termina dizendo que não sabe para onde está indo. Muitos assim estão trabalhando sem propósito nesta vida. Estamos orando como nunca, lutando como nunca, mas não sabemos pelo que oramos e lutamos. Temos que ter metas e saber o que será de sua vida nos próximos três a cinco anos. Que metas você tem e como vai alcançá-las.
4. Esteja aberto às mudanças
A inovação é o poder criativo de Deus. Ele quer dar a você idéias e coisas novas. Por exemplo, uma experiência do Pr. César Castelanos: quando seu grupo de jovens era pequeno de 40 a 70 pessoas, o Senhor começou a falar com ele para usar a inovação. Muitos jovens não permaneciam na igreja, porque tudo tirávamos deles. A música não pode escutar é do diabo. Você não pode dançar, pois é do diabo. Seus amigos antigos são do diabo. Não participe de reuniões sociais, porque isso é do diabo. O Senhor disse: “vocês tiram tudo dos jovens, e não lhes dão nada em troca. Filho, a música não é do diabo, eu a criei, e tenho uma música melhor do que a do mundo. Tenha boa música”. Introduziram um louvor avivado para os jovens, e começaram a inovar na música, na dança. Antes usavam as danças hebraicas, mas era fora da sua cultura. E começaram a ter suas próprias danças com jovens e grandes coreografias, e a reunião de jovens começou a crescer. De 70 foi a 200, a 500, e começavam as 4 e terminavam as 9. Ele tinha que dizer aos jovens que se fossem, pois tinham que limpar o templo. Agora são 15.000 jovens que assistem as reuniões aos sábados, que amam ao Senhor de todo coração e alma, e cerca de 600 se entregam ao Senhor. E isto começou quando inovamos o louvor. Engrandeça ao nome do Senhor. Aceite a inovação.
 5. Nunca deixe o seu primeiro amor
Paulo disse que a fé, a esperança e o amor permanecem, mas o maior é o amor. Em Ap 2 o Senhor diz “contra ti tenho que abandonaste teu primeiro amor”. Lembra-se de quando você aceitou ao Senhor no começo, quando orava, jejuava, testemunhava, estava apaixonado pelo Senhor? Lembra-se quando estava recém-casado? Era muito amável, educado, lhe dizia “meu amor”. Como as coisas mudaram. Já não há manifestações de afeto, apenas uma rotina. Não prestamos atenção ao que o cônjuge fala. O amor tem esfriado. E Deus quer restaurar o primeiro amor em cada vida. Não somente com Deus, mas também na vida conjugal e familiar. Se você pode dizer eu te amo para seu cônjuge quando acorda, então poderá amá-lo (a) durante todo o dia! Temos que reavivar a chama do amor. Muitas pessoas crêem em Deus, mas nem todas estão apaixonadas por ele. Nós devemos estar apaixonados por Deus.