terça-feira, 4 de novembro de 2008

UMA PARCERIA DE FIDELIDADE

2 Co 8:16-24 Introdução: As parcerias podem ajudar muito ou podem atrapalhar muito. Parceiros infiéis são perigosos a qualquer projeto ou líder. Por outro lado, parceiros fiéis são essenciais e importantíssimos a qualquer projeto. A palavra do profeta Amós, há milhares de anos atrás, já deixava isso bem claro: “andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Jesus falou que uma “casa dividida não subsistirá”. Paulo foi muito enfático ao declarar que uma parceria errada é um verdadeiro desastre e advertiu a igreja de forma contundente, 2 Co 6:14-18: “não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis...” ao que argumentou: 1. Não pode haver sociedade entre justiça e injustiça; 2. Não pode haver comunhão entre luz e trevas; 3. Não pode haver harmonia entre Cristo e o maligno; 4. Não pode haver união entre o crente e o incrédulo; 5. Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos. Paulo afirma que aquele que serve a Deus é o santuário, a habitação, o povo de Deus, portanto, tem o dever de se manter separado, distante do pecado e de qualquer aliança que possa manchar nossa caminhada cristã, bem como bloquear o canal de bênçãos em nossa vida. Em Pv 3:33 está nítida a diferença entre o justo e o ímpio: “a maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém a morada dos justos Ele abençoa”. No texto básico (2 Co 8:16-24), é interessante que notemos quem eram os parceiros de Paulo: um é chamado de Tito e dois são chamados apenas de “irmãos”. Isso nos mostra que nossos parceiros não precisam ser “estrelas” entre o povo, mas pessoas que venham a ajudar o progresso do projeto e do Reino de Deus. Aliás, se não fossem os parceiros “anônimos” o projeto não desenvolveria tanto. Mas, com certeza, Deus haverá de recompensar cada um daqueles que fielmente lutam e zelam pelo progresso da sua obra: “... Deus é galardoador...” (Hb 11:6); “... a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15:7); Vamos observar o caráter dos parceiros de Paulo: I – Tito, vs. 16, 17 e 23 Um gentio que havia se convertido (Gl 2:3) e que se tornara um auxiliar do apóstolo Paulo. Paulo estava dando graças a Deus pela vida dele e pelas suas características pessoais. Isto mostra que em vez de dar trabalho a Paulo, ele trabalhava e tornava mais leve a carga para o apóstolo. Ele possuía a mesma solicitude de amor em relação às pessoas que serviam a Deus em Corinto, isto é tinha o mesmo desejo de Paulo no sentido de ajudá-los. Paulo escreveu-lhe uma carta, onde se refere a ele como “meu verdadeiro filho na fé” (Tt 1:4). Era uma pessoa submissa e disposta a atender ao apelo de seu líder, sendo cuidadoso e de espírito voluntário para ir até Corinto, onde teria o desafio de alcançar êxito naquilo que se esperava da igreja. Companheiro pessoal do apóstolo que cooperava com seu ministério entre os irmãos. Em 2 Co 7:6, Paulo declara que sua presença era para ele um consolo, quando enfrentou as tribulações na Macedônia. Era uma pessoa que recebia ânimo e também animava aqueles que estavam ao seu redor, 2 Co 7:6, 13-14. II – Um irmão, vs. 18 a 21 Esse anônimo irmão foi enviado juntamente com Tito para ajudar a obra do Senhor, que no caso era levantar uma oferta especial para ajudar a igreja em Jerusalém. Tratava-se de um homem que era respeitado no ministério evangelístico e conhecido nas igrejas da região, v. 18. Foi escolhido, isto é, aprovado pelas igrejas para trabalhar como auxiliar no ministério de Paulo na obra de evangelização, v. 19. Esse respeitado irmão seria alguém que, ao lado de Paulo, evitaria que pessoas viessem a acusá-lo em relação a administração das igrejas, sendo que o desejo e preocupação de Paulo era se mostrar honesto diante de Deus e também dos homens, vs. 20-21. III – Outro irmão, vs. 22-24 Trata-se de outra pessoa a quem não foi identificado nominalmente, mas apenas pelo seu caráter. Paulo refere-se a ele como sendo zeloso e, isto após ter sido experimentado em muitas ocasiões e modos. Seu caráter foi provado e aprovado, sendo que isso veio aumentar-lhe mais o zelo e confiança na igreja de Corinto, dispondo-se a ajudá-los naquilo que fosse necessário, v. 22. Estes dois irmãos são chamados de mensageiros das igrejas e glória de Cristo, que deveriam ser respeitados, amados e honrados pela igreja de Corinto, vs. 23-24. Conclusão: O que fica evidente aqui no contexto é que para se realizar a obra de Deus é preciso que haja pessoas fiéis e idôneas, cujos corações sejam apaixonados pela obra de Deus, mas também sejam sensíveis ao apelo do líder, reconhecendo sua autoridade e desejo de crescimento, sabendo que é melhor serem dois do que um. Portanto, “bom e suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133:1).

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