sábado, 27 de setembro de 2008

OS ESCOLHIDOS POR DEUS

OS ESCOLHIDOS POR DEUS
Efésios 1:3, 4


Algum tempo atrás, faleceu em West Palm Beach, na Flórida, uma velhinha com 71 anos de idade. O óbito acusou desnutrição como causa mortis. A pobre velhinha pesava menos de trinta quilos no momento da morte. A aparência dela era de alguém que tinha vivido em precárias condições. As autoridades encontraram a casa indescritivelmente imunda. Os vizinhos relataram que ela sempre batia nas portas dos fundos de suas casas pedindo comida. As roupas que ela usava eram doadas por uma instituição social. Tudo levava a crer que mais um pobre ser humano havia finalmente encerrado sua difícil jornada. Revistando a desprezível casa da velhinha, os policiais encontraram duas chaves. As chaves os levaram aos cofres particulares em dois bancos locais. Quando as autoridades abriram um dos cofres, descobriram mais de setecentos certificados de títulos e apólices, juntamente com duzentos mil dólares em dinheiro. O segundo cofre continha apenas seiscentos mil dólares em dinheiro. Aquela senhora, que havia mendigado comida, usado roupas de segunda-mão, vindo a morrer de desnutrição, possuía uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares! Paulo escreveu a carta aos efésios para cristãos que estavam propensos a fazer com os seus vastos recursos espirituais o que a velhinha da Flórida fez com seus recursos materiais — não usá-los.

Os cristãos de hoje podem cometer esse mesmo erro. Temos tremendos bens em Cristo e nenhum cristão deve jamais ficar espiritualmente desnutrido nem debilitado. Basta colocarmos em uso o que Deus nos proveu de antemão. Efésios confirma a infinidade das reservas celestiais de Deus. A epístola demonstra que os cristãos não precisam ficar espiritualmente privados de nada. Sendo filhos de Deus, temos ao nosso dispor recursos que podem nos enriquecer incrivelmente em Deus. Paulo descreveu esses recursos como “a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós” (1:7b, 8). Efésios 1:3–14 dá o tom para os cristãos fazerem um inventário das riquezas de Deus. No original grego, os versículos 3 a 14 formam um período único e prolongado, que resulta numa explosão triunfante de louvor a Deus, envolvendo o passado (vv. 3–6a), o presente (vv. 6b-11) e o futuro (vv. 12–14). Vamos nos concentrar em dois versículos do chamado arrebatador de Paulo ao louvor: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele… (1:3, 4). O texto estabelece uma verdade que independe de tempo: Deus dá toda sorte de bênção espiritual possível aos que estão em Cristo. O que nós temos em Cristo? Nós temos tudo o que Deus tem para dar!


DEUS NOS DÁ BÊNÇÃOS CONFORME A SUA VONTADE

As palavras de Paulo convidam os cristãos a louvar a Deus: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu2 nele antes da fundação do mundo…” (vv. 3, 4; grifo meu). Antes da terra existir, Deus desejou partilhar com os cristãos o Seu amor e as riquezas que estavam, literalmente, “nas regiões celestiais”. A natureza de Deus O dispôs a expressar o Seu amor para com os outros e a partilhar Suas riquezas com eles. Deus decidiu por livre vontade e escolha criar filhos e filhas à Sua própria imagem. Ele lhes deu a capacidade de ter prazer em estar com Ele, amá-lO, partilhar do Seu lar e louvar o Seu nome. A descrição de W. Phillip Keller nos ajuda a imaginar a reação do reino celestial quando Deus permitiu-lhe tomar ciência do Seu plano: Até onde os humanos podem saber, é possível que aquela tenha sido uma das idéias mais ousadas já geradas nas câmaras do concílio divino. E pode-se afirmar que quando o plano tornou-se conhecido, uma onda de empolgação varreu a vastidão da eternidade. Nem um anjo sequer nem outro espírito ministrador jamais sonhara com tal projeto surpreendente. Deus estava decidido a reproduzir-Se. Ele traria à existência, como filhos, outros seres como Ele. Ele pretendia encher o Seu lar celestial com seres dotados de livre arbítrio e feitos à imagem do Seu próprio caráter. Eles seriam herdeiros e co-herdeiros com Cristo, o Seu Filho, empossados para desfrutar da eternidade em êxtase. A idéia deve ter causado uma tremenda comoção no Deus Filho. Agora Ele teria irmãos e irmãs com quem dividir as alegrias da eternidade. Já não seria o filho único. Era um empreendimento desafiador. Para Ele cairia a responsabilidade de levar a cabo a consumação desse plano. Deus decidiu livremente nos fazer filhos e filhas. O que devemos fazer com a idéia de que Deus nos escolheu para sermos Seus filhos em Cristo? Podemos nos contentar com menos. Podemos descartar a idéia de que Deus quer que sejamos os Seus filhos. A maioria das pessoas, de fato, faz isto. O autor C. S. Lewis fez isto. Durante anos, Lewis identificou-se como um ateu. O professor inglês não tinha um lugar para Deus em sua vida. Mais tarde, ele mudou de idéia. Tornou-se um crente e pôde escrever da perspectiva de alguém que, uma vez, se conformou em ser menos do que um filho de Deus: Somos criaturas indiferentes, brincando com bebidas, e sexo, e ambição, quando nos é oferecida uma alegria infinita, assim como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo tortas de barro numa rua de terra porque não consegue imaginar o que significa um feriado na praia. É fácil demais nos agradar. Deus procura filhos e filhas a quem Ele possa abrir as abóbadas celestiais. A escolha é nossa; podemos nos contentar com menos. Muitos fazem isso. Por outro lado, podemos aceitar o melhor de Deus. O objetivo de Deus é nos adotar e nos fazer Seus filhos, nos tornar herdeiros de Suas riquezas, imprimir em nós a Sua imagem e dividir os céus conosco para sempre. Pense por um instante. Onde você está nisso tudo? Você está se conformando com menos? A decisão divina de fazê-lo Seu filho e lhe dar as riquezas celestiais é algo que o deixa maravilhado? Você não quer deixar que isto aconteça na sua vida?


DEUS NOS DÁ BÊNÇÃOS AO SEU MODO

Deus nos dá cada bênção espiritual “em Cristo”. A expressão “em Cristo” ou seu equivalente ocorre mais de vinte vezes em Efésios. Paulo fez um uso profuso dela nestes primeiros versículos: Os fiéis estão em Cristo (v. 1). Cada bênção espiritual é em Cristo (v. 3). Os escolhidos estão em Cristo (v. 4). Somos santos e irrepreensíveis em Cristo (v. 4). A graça é concedida gratuitamente em Cristo (v. 6) Temos redenção e perdão de pecados em Cristo (v. 7). Fomos selados com o Santo Espírito como garantia da nossa herança em Cristo (v. 13). Estas declarações indicam a importância de estar em Cristo. Poderíamos valorizar muito mais o fato de estarmos em Cristo se comparássemos isto a algo que conhecemos. Vamos substituir “em Cristo” pelas palavras “na família”. Quando você pertence a uma família, por nascimento, por casamento ou por adoção, o que isto quer dizer? Estando “na família”, você tem certos privilégios. Quando eu passo pela porta da minha casa, ninguém me pergunta: “Quem deixou você entrar?” Minha esposa, Sallye, não age como se eu fosse um intruso. Meu filho não tenta lutar comigo empurrando-me para fora. Minha filha não chama a polícia. Todos eles sabem que eu pertenço à casa deles porque eu estou na família. Privilégios, responsabilidades e expectativas fazem parte de estar na família. Estar “em Cristo” significa que você pertence a Ele. Você foi unido com Ele. Todos os privilégios, responsabilidades e expectativas de estar em Cristo são seus. Não são enviadas por um sistema de segurança ondas de eletro-choque pelos corredores dos céus, quando Deus lhe dá um lugar no Seu reino. Ter um lugar no reino faz parte de estar em Cristo. Anjos não desmaiam quando Deus envia o Seu Espírito para habitar em você. Isto faz parte de estar em Cristo. Ninguém se opõe ao fato de Deus perdoar todos os seus pecados. Isto faz parte de estar em Cristo. Quando a sua vida na terra terminar, nenhum ser celestial indagará por que você tem um lugar no lar eterno de Deus. Isto faz parte de estar em Cristo. Em Cristo você recebe perdão dos pecados, adoção como filho de Deus, o dom do Espírito Santo, esperança de vida eterna, santidade, retidão, bondade, glória, força, perseverança, paz, poder e todas as demais riquezas de Deus. Esses privilégios soam maravilhosos demais, não soam? É quase indescritível tudo o que uma pessoa recebe em Cristo! Se recebemos tudo isto em Cristo, por que, muitas vezes, ainda nos vemos às voltas com a culpa? Por que não nos sentimos santos, retos ou bons? Por que somos fracos em algumas áreas? Por que ainda pecamos? As Escrituras dizem que somos filhos de Deus, mas com certeza não agimos como tal o tempo todo. Sempre colocamos o “ego” em primeiro lugar. Decepcionamos aos outros e a nós mesmos. Muitos cristãos lutam com este pensamento: “Tem alguma coisa errada comigo. Vejo o cristianismo funcionando com outras pessoas, mas parece que não consigo ser consistente com os caminhos do Senhor”. A maioria dos cristãos fazem essas perguntas a si mesmos — incluindo presbíteros, pais e os que são cristãos há anos. Duas sugestões me ajudam quando começo a pensar dessa forma. Volte aos fundamentos básicos. Preciso reafirmar a minha identidade: sou filho de Deus. Deus me fez Seu filho através de Jesus. É isto o que Ele quer que eu seja. A seguir, preciso reafirmar para mim mesmo que eu estou “em Cristo”. Gálatas 3:26 e 27 diz: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes”. Isto é um princípio básico. Se tenho agido baseado na fé em Cristo e fui batizado em Cristo, então estou em Cristo. Em Cristo, toda sorte de bênção espiritual é minha! Use os fundamentos básicos. Quando estou desanimado comigo mesmo, geralmente isto se deve à negligência dos fundamentos básicos. Assim como a velhinha “pobre” da Flórida, não tenho usado meus bens. Isto leva à inanição espiritual. Entre os fundamentos básicos estão: 1) a Palavra de Deus — estudá-la, memorizá-la e meditar nela; 2) oração — ter comunhão regular com Deus; 3) serviço — participar pessoalmente da obra do reino, 4) comunhão fraternal — partilhar a vida com os irmãos em Cristo. Sim, você e eu precisamos, de tempos em tempos, nos lembrar de quem somos. Quando nos desanimamos, podemos usar 1:3–14 para confirmar a nós mesmos quem realmente somos. Você gostaria de fazer isto agora? Faça você mesmo se lembrar de quem é.
Diga a si mesmo: “Eu sou escolhido por Deus. Eu sou santo e irrepreensível perante Ele. Eu sou perdoado. Eu sou remido pelo sangue de Cristo. Eu recebi o Espírito Santo. Tenho a garantia de uma herança eterna, porque eu estou em Cristo!”


CONCLUSÃO: Certa mulher chamada Hetty Green foi conhecida como a avarenta mais notória dos Estados Unidos. Quando ela morreu em 1916, deixou uma fortuna de cem milhões de dólares; embora ela mesma não tivesse utilizado esses recursos. Ela chegava ao ponto de comer mingau de aveia frio no café da manhã para economizar gás. Quando seu próprio filho feriu gravemente uma perna, ela adiou o tratamento até encontrar uma clínica que atendesse gratuitamente. O menino acabou perdendo a perna. Hetty viveu uma vida de insensatez. A avareza a impediu de fazer bom uso de seus bens6 . Como seria insensato ver o que Deus oferece em Cristo e menosprezar ou não fazer uso disso! Deus quer lhe dar toda sorte de bênção. Não vire as costas para o que Ele está lhe oferecendo.

ENTREGA TOTAL E ABSOLUTA A DEUS

Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará — Sl 37:5; Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos – Pv 23:26. Vivemos numa sociedade religiosa, onde muitos foram ensinados que Deus é um ser grandioso, distante e que possui muitas ocupações, por isso devemos pedir as coisas que precisamos aos santos. No entanto, nada poderia estar mais longe da verdade, pois Deus é um Ser Supremo, mas que deseja manter comunhão com cada um de seus servos, Sl 34:18. Para Deus não há distância, Jr 23:23. O que nos torna distantes de Deus é o pecado, Is 59:1-2. O que significa uma entrega total e absoluta a Deus? Participar de um relacionamento de alto nível Se nosso relacionamento com Deus estiver correto, haverá em nosso coração uma paixão ardente de sermos úteis a Ele. A partir daí, nossa consciência dirá que tudo o que fazemos é com Deus e não para Deus. Fazer com Deus demonstra aliança, unidade de propósito e mútua cooperação. Paulo disse: “eu plantei, Apolo regou e Deus deu o crescimento”. Fazer para Deus dá a idéia do cumprimento de uma obrigação e, infelizmente, muitos têm feito as coisas para Deus, sem fazê-las com Deus. “Depois disso, o anjo mandou que eu entregasse a Zorobabel a seguinte mensagem de Deus, o Senhor: — Não será por meio de um poderoso exército nem pela sua própria força que você fará o que tem de fazer, mas pelo poder do meu Espírito. Sou eu, o Senhor Todo-Poderoso, quem está falando” (Zacarias 4:6). Zorobabel deveria reconstruir o templo de Jerusalém, que estava em ruínas, mas isso não deveria ser por imposição de um poder militar, mas pelo Espírito de Deus. Se sentirmos satisfeitos com uma prática cristã superficial e o nível de conquista a que chegamos gerar acomodação ou ficarmos indiferentes ao fato de nosso progresso não estar mais sendo manifesto a todos, isto é, visível aos demais discípulos do Senhor, é porque está havendo um problema em nossa relação com Deus. Isso requer arrependimento, pois somos advertidos pelo apóstolo Paulo, a manifestar o nosso progresso a todos, 1 Tm 4:15. Não podemos estagnar – a ordem é “levantai-vos”, “despertai-vos”, “siga em frente”! Participar ativamente do seu propósito – Pv 3:6; Pv 16:9 Entregar-se a Deus de forma completa e absoluta não é fácil, porque se temos dificuldade de entregar coisas, quanto mais a nós mesmos! Só que não existe melhor estratégia para uma pessoa ser liberta do que entregar-se por completo a Deus, Sl 37:5. Só experimentaremos a vida abundante que Deus tem para nós se entregarmos completamente a Ele, Pv 23:26. Todos os discípulos de Jesus precisam aprender dele, Mt 11:29; andar como Ele andou, 1 Jo 2:6; viver de maneira cuidadosa, Hb 3:12. Jesus nos deixou um legado de entrega absoluta ao propósito do Pai, inclusive quando estava no jardim do Getsêmani, antes de se entregar as agruras da crucificação, ele orou: “Pai, sê possível, passa de mim esse cálice, mas não faça o que eu quero, e sim, o que tu queres!” (Mt 26:39). Ao olhar para Filipenses 2:6-8 vemos fatos importantes sobre Jesus: a) sendo Deus – abriu mão desse fato; b) se esvaziou – desistiu de seus direitos; desistiu de si mesmo; c) assumiu a forma de escravo – classe mais baixa entre os homens; d) humilhou-se – sendo obediente até a vexatória morte de cruz. Sua entrega ao plano de Deus-Pai foi total e absoluta, sem exigir seus direitos, Jo 8:28; 14:10. Sua entrega envolvia seus direitos, sua liberdade e suas razões. Ele permitiu que o Pai tivesse tudo dele. Alguém afirmou que “só terei tudo de Deus, quando Ele tiver tudo de mim” e isso tem base em 2 Co 5:14-15. De acordo com Fp 2:9-11, Jesus foi honrado pelo Pai: a) Exaltação - recebeu um nome sobre todo o nome; b) Respeito – ao nome de Jesus se dobrará todo joelho; c) Reconhecimento – toda língua confessará que Ele é o Senhor. Entregar-se absolutamente a Deus não quer dizer submeter-se ao destino; não é passividade; não é fatalismo, que diz: “Deus quer assim, que posso eu fazer?” A entrega a Deus é algo positivo, é a única maneira de Deus operar em nós, e através de nós, cumprindo a sua vontade. O seu propósito para seu povo é de vida e paz visando alcançar o bem que desejado, Jr 29:11. Essa entrega significa uma prova da fé, sem à qual não se pode agradá-lo, Hb 11:6, e também demonstra que Deus está em primeiro lugar em nossa vida, Mt 6:33. Sem uma entrega completa e absoluta, o discípulo é tomado por demasiadas preocupações, ansiedades, lutas e esforços sem, contudo, conseguir sucesso, Mt 6:25-34; Fp 4:6. O Salmo 37:5 diz: “entrega... confia... e o mais Ele fará”. Enquanto estivermos fixando nossos olhos naquilo que é visível, estas mesmas coisas nos cegarão e não permitirão ver as coisas mais importantes, aquelas que se vêem com os olhos da fé, Hb 12:1-2; Jo 12:40; At 28:28.

VENCENDO O PECADO

Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, e tu perdoaste a culpa do meu pecado — Salmo 32:5


O poder avassalador do pecado
Pecado é um antigo termo usado no arco e flecha que significa errar o alvo. Qualquer coisa que não seja o centro fixo é pecado. Assim, o pecado em nossa vida não apenas significa roubar, assassinar alguém ou adulterar. É muito mais do que isso. Na verdade, qualquer coisa fora do centro daquilo que é o melhor de Deus e de sua vontade perfeita para nossa vida é pecado. Isso amplia muito a idéia de pecado! Quando não é confessado, o pecado torna-se um tumor sutil — enrolando seus tentáculos em volta de cada parte de nosso ser até ficarmos paralisados. A agonia de seu peso é descrita com precisão na Bíblia pelo rei Davi: Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, O meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; Minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado. E não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, E tu perdoaste a culpa do meu pecado. (Salmo 32:3-5) Quando o pecado não é confessado, uma parede levanta-se entre você e Deus. Mesmo que você deixe de praticá-lo, se esse pecado não foi confessado diante do Senhor, ele ainda pesará sobre você, arrastando-o de volta para o passado que você está tentando deixar para trás. Muitos costumam levar nas costas uma bolsa cheia de falhas tão pesada que mal conseguem se mover. Não percebendo como estão curvados espiritualmente. Quando, então, confessamos os pecados, na verdade, sentimos o peso daquela bolsa sendo aliviado. Todos nós que trazemos feridas emocionais profundas do passado já sofremos de baixa auto-estima, medo e culpa. Mentalmente, nós nos martirizamos, temos a tendência de pensar no pior em se tratando de nossas situações e nos sentimos responsáveis por tudo o que dá errado. É verdade que podemos ter momentos em que nos sentimos culpados por coisas que fizemos, mas não precisamos nos torturar, levando uma vida incessante de culpa. Deus proveu a chave para nos libertar disso: a confissão. Muitas vezes, não conseguimos nos ver como responsáveis por certas ações. Por exemplo, embora não seja sua culpa ser abusado por alguém, sua reação ao abuso agora é de sua responsabilidade. Você pode se sentir justificado em sua raiva ou amargura, mas, mesmo assim, deve confessá-la porque ela frustra o que Deus tem para você. Se não confessar, o peso dessa raiva ou amargura, no final, irá esmagá-lo.


Arrependimento – porta para um novo horizonte Para que a confissão tenha efeito, ela deve ser feita com arrependimento. Arrependimento, literalmente, significa uma mu­dança de opinião. Significa você dar as costas, sair do território do pecado e deci­dir não cometer o mesmo pecado novamente. Significa alinhar seu pensamento corretamente com Deus. É possível confessar sem, de fato, admitir alguma transgressão. Na verdade, podemos simplesmente passar a ser bons em pedir desculpas sem intenção alguma de sermos diferentes. Confissão e arrependimento signi­ficam dizer: "A culpa é minha. Desculpe. Não vou fazer mais isso". Você precisa confessar e se arrepender de todo pecado para que esteja livre de sua escravidão, quer você se sinta mal com ele ou não e quer o reconheça como tal ou não. “Um dia, no consultório de minha conselheira cristã, confessei em oração os dois abortos que fiz, mesmo não tendo idéia, na época, de como o aborto era errado. Sempre via o aborto como um meio de sobrevivência, não como um pecado, mas isso não o torna correto aos olhos de Deus. Li na Bíblia sobre o valor da vida no ventre. Também li: ‘Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo’ (1 Coríntios 4:4). Não fiquei livre das garras mortais da culpa naqueles abortos até me arrepender e receber o pleno perdão de Deus” (Stormie Omartian). Toda vez que confessar algo, veja se você, honesta e verdadeiramente, não sente mais vontade de fazê-lo. E lembre-se de que Deus "conhece os segredos do coração" (Salmo 44:21). Estar arrependido não necessariamente significa que você nunca mais voltará a cometer o mesmo pecado, mas significa que não pretende cometê-lo novamente. Caso ocorra, confesse-o novamente. Arrependa-se todas as vezes, você estará perdoado e, procure se fortalecer, quebre as pontes que podem te levar novamente ao pecado e, por fim, ficará livre. A Bíblia diz: "Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor" (Atos 3:19, 20). Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas! (Salmo 32:1) O diabo tem um gancho preso a você onde houver um pe­cado não-confessado. Recaídas no mesmo pecado não são desculpas para não confessá-lo. Você deve manter sua vida totalmente aberta diante do Senhor se quiser ser libertado da escravidão do pecado. Você não pode ser libertado de algo que não pôs fora de sua vida. Confessar é falar toda a verdade sobre o seu pecado. Renunciar ao pecado é tomar uma posição firme contra ele e remover seu direi­to de permanecer. Uma vez que não somos perfeitos, a confissão e o arrependimento são contínuos. Há sempre novos níveis da vida de Jesus que precisam ser operados em nós. Estamos aquém da glória de Deus em sentidos que ainda nem podemos imaginar. “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9).

AS CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO

Segundo temos aprendido – discípulo é alguém que crê em tudo o que Jesus disse e faz tudo o que Ele ordena. Paulo, ao se converter, tornou-se um discípulo tão fiel a Jesus que afirmou àqueles que não se mantinham fiéis: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6:17). Isto significa que ele trazia em si algo maior que qualquer argumento contrário a uma vida cristã autêntica.
O discipulado significa uma vida marcada, envolvendo pelo menos três cousas fundamentais que chamaremos de:

As Características do discipulado

1 - Obediência – demonstração de dependência, Jo 8:31

· Um discípulo é uma pessoa que é dedicada e obediente à Pessoa e ensinos do Mestre. J. Dwight Pentecost fez um comentário conciso sobre esta obediência: "Cristo exigia a submissão absoluta à Sua autoridade, a completa devoção à Sua Pessoa, confiança na Sua Palavra, e fé na Sua providência, e os homens se desculpavam porque não queriam se dedicar, não podiam confiar, e não acreditavam... Os discípulos eram aqueles que, depois de terem convicção da veracidade da Palavra, dedicavam-se completamente à Pessoa que os ensinara"
· Se alguém fica aquém desta dedicação total e completa à Pessoa de Jesus Cristo, não é um discípulo de Jesus Cristo. Pode ser contado entre os curiosos, ou pode ter progredido até ao ponto em que tem convicção da vera­cidade daquilo que Cristo dizia, ou daquilo que diz a Palavra de Deus, mas enquanto não se dedique totalmente à Pessoa em cuja Palavra veio a crer, não é um discípulo no pleno sentido da palavra conforme o Novo Testamen­to.
· A pessoa não fica sendo discípulo meramente pelo seu assentimento à veracidade daquilo que Cristo ensinou; fica sendo discípulo, isto sim, quando se submete à autori­dade da Palavra de Deus e deixa a Palavra de Deus con­trolar a sua vida.
· Conforme os ensinos do próprio Jesus, somos verdadeira­mente os Seus discípulos quando permanecemos na Sua Pala­vra, João 8:31. Este fato implicaria em deixar a Palavra de Deus exercer controle absoluto sobre as nossas vidas, e em procurar, com obediência, fazer com que cada aspecto da vida esteja em conformidade com os ensinamentos bíblicos, Lc 14:33.


2 - Amor – demonstração de bom relacionamento, Jo 13:34-35 

· Num certo opúsculo, Francis Schaeffer chamou o amor "a marca do cristão". É a característica mais óbvia e sem igual do discípulo de Jesus Cristo. E é a exigência mais fundamental para quem quiser ajudar as pessoas.
· Quando o apóstolo João estava escrevendo a sua Primeira Epístola, reconheceu que alguns dos seus leitores estavam tendo dificuldades em saber quais as pessoas que realmente eram cristãs e quais não eram. Para ajudar neste problema, João indicou que os cristãos eram as pessoas que se caracteri­zavam pelo amor. Se uma pessoa não tem amor, disse João, provavelmente não é um cristão, 1 Jo 4:7-11.
· Nem todos os cristãos se comprometem totalmente a serem discípulos de Jesus Cristo, mas todos os cristãos devem revelar pelos menos algumas características do amor. É uma contradição pensar que alguém pode ser um verdadeiro seguidor de Cristo e não ser amoroso, 1 Jo 4:8, 20-21.

3 - Frutificação – demonstração de maturidade, Jo 15:8

· Vivemos numa sociedade que se orienta em direção ao sucesso. Todos querem ser bem-sucedidos, e a maioria de nós trabalha com seus vários planos pessoais para atingir aquele alvo.
· Em João 15, porém, Jesus contou aos Seus seguidores que todos estes esforços seriam era vão a não ser que o discípulo fosse dedicado a Cristo, de modo consistente, permanecendo nEle, ao invés de forçar o caminho com seus próprios planos ou confiando nos seus próprios recursos. Jesus emprega a ilustração de videiras que não estavam produzindo uvas. A melhor coisa para tais sarmentos, segundo Ele disse, é serem cortados da videira e queimados no fogo.
· Walter Henrichsen, dos Navegadores, conta como reagiu quando reconheceu, pela primeira vez, que Deus poderia che­gar certo dia e destruir toda a obra humana centralizada em si mesma (2 Pe 3:10). "Que choque... reconhecer que tudo quanto eu planejava edificar, Deus chegaria e destruiria! Quero que vocês saibam que aquilo me desanimou... Não valia a pena. Para que dedicar todo o meu tempo e os meus esforços a construir alguma coisa que Deus já disse que have­ria de queimar?" Desta forma, o Sr. Henrichsen voltou-se para a sua Bíblia e ali descobriu que há, pelo menos duas coisas que Deus prometeu que nunca destruiria: a Sua Palavra, Is 40:8 e o Seu povo, João 5:28, 29; 1 Jo 2:17. "Há outras coisas eternas — Deus, anjos, virtudes tais como o amor — mas eu queria alguma coisa eterna que pudesse agarrar com a minha mão e dar a minha vida em troca dela. Ao estabelecer os objetivos da minha vida podia me dedicar a pessoas e à Palavra de Deus, e saber que Deus não seguiria meus passos para destruí-las no fogo".

Conclusão: Veja o exemplo de Paulo e seu zelo diante do seu compromisso com Deus e sua obra, 1 Co 9:27 “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. Jesus advertiu-nos para que não sejamos iludidos pelos valores ilusórios, Mc 8:36-38 “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos”.

UMA VIDA LIVRE DE VÍCIOS

Uma Vida Livre de vícios Pv 23:29-35 Introdução: Apesar do sentido pejorativo, o termo drogas está relacionado à pharmakeia, que quer dizer farmácia. Drogas não são apenas maconha, LSD, cocaína, craque, etc., mas também o uso de remédios, apesar de que, se estes forem dosados e prescritos por médicos, poderá ser benéfico conforme a necessidade. Porém, quero alertar que o mau uso de remédios também nos torna dependentes e consequentemente, servirão mais como veneno do que curativo. A BÍBLIA CONDENA QUALQUER ESPÉCIE DE VÍCIOS: Provérbios 20:1 (NTLH) Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio. Provérbios 21:7 (NTLH) Os maus são destruídos pela sua própria violência porque se negam a fazer o que é direito. Provérbios 31:4 (NTLH) Escute, Lemuel! Os reis não devem beber vinho nem outras bebidas alcoólicas. Isaías 5:22 (NTLH) Ai dos que são campeões de beber vinho, que vencem apostas de misturar bebidas alcoólicas; Isaías 28:7 (NTLH) Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho, que não podem ficar de pé por causa das bebidas: são os sacerdotes e os profetas, que vivem embriagados e tontos. Os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos no tribunal. Efésios 5:18 (NTLH) Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus. PRINCÍPIOS BÍBLICOS CONTRA OS VÍCIOS, EF 5:18 Este texto se refere a toda e qualquer espécie de produtos entorpecentes que causem dependência, inclusive alucinógenos e anti-depressivos que fazem com que a pessoa fique fora de si. POR QUE AS PESSOAS SE ENTREGAM AOS VÍCIOS? - como símbolo de independência; - para fugir de situações desagradáveis na família ou trabalho; - por curiosidade; - para ser aceito em determinado grupo sem ser discriminado; - para fugir dos problemas emocionais; - receio de ser tachado de careta ou quadrado. No entanto, é uma ilusória válvula de escape. POR QUE A BÍBLIA CONDENA OS VÍCIOS? - É um pecado contra seu próprio corpo e, consequentemente, contra Deus 1 Coríntios 3:17 (NTLH) Assim, se alguém destruir o templo de Deus, Deus destruirá essa pessoa. Pois o templo de Deus é santo, e vocês são o seu templo. - Porque causam sofrimento ao usuário, sua família e pessoas próximas e, indiretamente, toda a sociedade Provérbios 5:22-23 (NTLH) As injustiças que um homem mau comete são uma armadilha; ele é apanhado na rede do seu próprio pecado. 23 Morre porque não se controla: a sua grande loucura o levará à cova. Provérbios 4:17 (NTLH) Porque para eles a maldade e a violência são comida e bebida. - Porque sustentam o mundo do crime, da violência, da infelicidade e proliferação das doenças, além de ser um devorador insaciável do dinheiro e bens pessoais: Isaías 55:2 (NTLH) Por que vocês gastam dinheiro com o que não é comida? Por que gastam o seu salário com coisas que não matam a fome? Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno, vocês comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas. - Porque afastam as pessoas de Deus 1 Coríntios 6:10 (NTLH) os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. Gálatas 5:21 (NTLH) as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. 1 Pedro 4:2 (NTLH) Então, de agora em diante, vivam o resto da sua vida aqui na terra de acordo com a vontade de Deus e não se deixem dominar pelas paixões humanas VIVENDO SEM VÍCIOS - Prevenção – é melhor do que remediar Observe os exemplos negativos Apegue-se aos ensinos da Palavra de Deus Observe as advertências da Palavra de Deus (ver o texto básico) - Tratamento – reconhecer que precisa Tratamento espiritual – sem o devido cuidado com a alma não haverá êxito na libertação Tratamento convencional – internamento em uma clínica a fim de desintoxicar e adquirir resistência - Cuidado constante – nunca se vangloriar e menosprezar o poder do mal O ex-viciado só se mantém livre se permanecer servindo ao Senhor com muito zelo e empenho. Conclusão: Para se manter livre do vício é preciso viver “cheio do Espírito”, tendo um coração cheio de louvor a Deus com salmos e hinos e cânticos espirituais, Ef 5:18-19.

A CONFIANÇA INABALÁVEL EM DEUS

A CONFIANÇA DAQUELE QUE SERVE A DEUS

Rm 10:35-36


Introdução: Aqueles que desejam servir bem ao Senhor Jesus e se constituir numa bênção para si, sua família, cidade, estado e nação, precisam encarar tudo com zelo e responsabilidade. Jesus chama seus seguidores de sal, luz, testemunhas, filhos, amigos, servos, obreiros, etc. O apóstolo Paulo chama as pessoas que fazem parte da Igreja de carta, ministro, apóstolo, evangelista, pastor, mestre, etc. “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:11-12). Todos aqueles que professam o nome de Jesus precisam manter-se em santidade: “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” (2 Tm 2:19). O poder de influência de um cristão, seja direta ou indiretamente, poderá ser grande através do ensino, testemunho e bom exemplo! “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pedro 2:12).

Transição: O texto básico mostra-nos o valor incalculável da segurança pessoal a fim de alcançarmos bons resultados no serviço da obra de Deus. É de suma importância que notemos a expressão: “não rejeiteis, pois a vossa confiança” (Hebreus 10:35). Veja em três versões: 1. (RA) Não abandoneis, portanto, a vossa confiança ela tem grande galardão. 2. (RC95) Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. 3. (NTLH) Portanto, não percam a coragem, pois ela traz uma grande recompensa. Isto significa que precisamos ser uma pessoa segura, definida, determinada e convicta da posição espiritual que ocupamos no Reino de Deus e na promoção de seu crescimento, pois tudo quanto fizermos permanecerá nos relatos divinos e por fim resultará em premiações e recompensas. Davi, um homem experiente, afirmou: “O Senhor Deus recompensa aqueles que são fiéis e corretos” (1 Sm 26:23 - NTLH). Mas para que não percamos o ânimo diante dos desafios, convém ter paciência, tal qual um lavrador que espera o fruto de sua semeadura, pois do contrário, poderemos nos perder em meio à tendência humanista de resultados imediatos. Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento”.

O que se requer de cada um de nós que servimos a Deus é que sejamos seguros e confiantes em duas coisas:

 I – SEGURANÇA EM SUA RELAÇÃO COM DEUS 

Antes de fazer é preciso ser. Muitos estão desrespeitando essa ordem e estão desesperadamente atrás de querer fazer a obra de Deus, sem contudo, ser uma pessoa de identificação saudável em sua relação com Deus. Fazer a obra de Deus é imprescindível, mas de que adianta qualquer esforço sem entendermos primeiro que realmente somos? Isso resultaria em fracassos, desapontamentos, frustrações e, conseqüente abandono de algo que se começou, mas não se deu continuidade. Antes de sermos servos precisamos saber que somos filhos, Jo 1:12. João ressalta fortemente o valor de crer em Jesus Cristo. Crer é a resposta do homem com a mente, o coração, com toda a vida, à ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo. Quando uma pessoa “crê”, recebe a vida eterna e passa a ser filho de Deus. Seguros de que somos filhos de Deus poderemos fazer melhor a sua obra, Rm 8:16-17. Um pai ama seus filhos porque são filhos e não pelo que eles fazem ou deixam de fazer. Com certeza, há um lugar para o trabalho, os esforços e as realizações dos filhos, mas essas coisas não mudam o valor deles para os pais. Você nunca estará seguro em seu relacionamento com Deus e também não estará seguro em seu ministério, até que você conheça e entenda o verdadeiro propósito de Deus para sua vida – andar com Ele como filho amado, Rm 8:14. O status de filho não é conquistado por merecimento, mas é gratuito a partir do exato momento em que crendo em Jesus se firma uma aliança com Ele: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3:26). Por toda a Bíblia vemos é o propósito de Deus sempre foi: Redimir – tomar de volta a posse de (seu nome); Restaurar – trazer de volta (seu nome) à condição de filho com todos os direitos e deveres – “E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo” (Rm 9:26). Reconciliar – restaurar o relacionamento de (seu nome) para com Ele – “Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada” (Rm 9:25). O pecado nos separou de nosso Deus e Pai, mas não nos separou de seu amor incondicional e imutável, Jo 3:16-17. Esse amor incomparável operou a sua graça, a fim de restaurar nossa relação com Deus, Ef 2:8-9. O que está dito não poderá ser invalidado: 2 Co 5:17; Rm 8:1; Rm 8:31-34; A MINHA RELAÇÃO COM DEUS É FIRME E SUSTENTÁVEL ELE É MEU PAI FIEL E AMOROSO SOU FILHO AMADO E SEGURO Zc 2:8 - aquele que tocar em vós na menina de seus olhos 1 Jo 5:18 – aquele que é de Deus, guarda-se do pecado e o maligno não lhe toca.

II – SEGURANÇA EM SEU CHAMADO – Rm 8:28

O chamado para ser um líder espiritual acontece em meio aos filhos de Deus e não se baseia em simpatia, politicagem ou em promessas chantagistas visando atrair ou manter a pessoa junto a nós, mas precisa ser uma ação direta do Espírito Santo, At 13:2-3; 2 Tm 1:9. Aquele que recebe o chamado poderá enfrentar muitos desafios e até descrédito em sua posição. Paulo sofreu isso até de cristãos a quem chamou de “falsos irmãos”, 2 Co 11:26; Gl 2:4. A segunda carta aos Coríntios foi praticamente uma defesa quanto ao seu ministério. Apesar do descrédito e das perseguições, Paulo possuía grande segurança quando afirmava: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20:24). Quem nos chama é Deus – “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co 1:9). Se entendermos bem a nossa posição de filhos amados significa que poderemos corresponder com alegria e eficácia às expectativas do propósito Deus e fazer a sua obra de forma obediente, sem resistências ou reclamações. Faremos a obra de Deus não para agradarmos a Deus a fim de sermos salvos, mas por sermos filhos salvos faremos o melhor, pois será Deus realizando dentro de nós, Fp 2:13. Precisamos entender que: NÃO SOU UM SER HUMANO QUE ESTOU TENDO UMA EXPERIENCIA ESPIRITUAL TEMPORÁRIA, SOU UM SER ESPIRITUAL QUE ESTOU TENDO UMA EXPERIÊNCIA HUMANA TEMPORÁRIA. Sendo filho amado de Deus obedeço ao chamado e o executo de forma segura: “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1 Pe 2:21). Só teremos confiança e segurança em nosso chamado quando houver certeza que foi Deus quem nos chamou e vocacionou: Um discipulador não pode produzir confiança; Uma Escola Bíblica não poderá produzir confiança; Um presbitério não poderá produzir confiança; Uma ordenação não poderá produzir confiança; Estudos, diplomas ou amizades com pessoas chamadas não poderá produzir confiança. Tudo isso poderá ser muito bom e ajudará, mas... Somente Deus poderá produzir confiança – e quando você é chamado, você acredita na capacitação através do Espírito Santo, At 1:8.

Conclusão: Quando aceito o propósito de Deus para minha vida, primeiro preciso saber que sou filho de Deus, o que me dará segurança no relacionamento com Deus (se somos filhos, somos também herdeiros). Depois compreenderei e terei segurança do chamado dele para minha vida (eu vos escolhi para que vades e deis fruto). Se assim for, tudo quanto eu fizer em prol do Reino de Deus será com prazer, Rm 1:16. Sabe por que muitos não têm certeza do seu ministério? Porque não entenderam o propósito de Deus – sermos filhos e depois servirmos. Quando se quer servir antes de ser filho não dá certo. É só canseira e enfado!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

LIDERANDO COM ÊXITO

“E agora permanecem a fé, a esperança, e o amor, mas o maior de todos é o amor” (1 Co 13:13).
Toda pessoa anela o sucesso. Ninguém vem ao pastor e pede oração para fracassar. Nenhuma mulher se casa para ser fracassada no matrimônio. Ninguém quer fracassar. Todas as pessoas têm anelos, desejos e sonhos. Todo homem deseja prosperar profissionalmente e subir de posto na empresa. Os jovens desejam terminar seu curso e se tornar um profissional. Muitos casamentos começam com muitos sonhos, mas depois de alguns anos se destroem.
Qual o segredo para o sucesso? Podemos chamá-lo de metas conquistadas, sonhos realizados, obstáculos vencidos, triunfos reconhecidos. Todos anelamos ser reconhecidos, valorizados e aceitos. Quando uma pessoa se dispõe a alcançar o êxito, deve-se se revestir de uma fortaleza interior, que lhe ajude a superar todos os obstáculos que possam se lhe apresentar no futuro.
Os homens que tem logrado alcançar êxito são aqueles que souberam assimilar muito bem os momentos de fracasso. O fracasso tem sido como uma alavanca para levantá-los. Todos nós devemos aprender com nossos fracassos. Quando entendemos que o fracasso que experimentamos está dentro do propósito de Deus, podemos escalar rumo ao sucesso.
Um dos grandes conferencistas, Dr. Robert Schuller, fez um paralelo entre o fracasso e sucesso:
1. Fracasso não significa que não alcançamos nada, mas que aprendemos algo.
2. Fracasso não significa que somos fracassados, apenas que ainda não tivemos bom êxito.
3. Fracasso não significa que havemos atuado como néscios, mas temos tido muita fé.
4. Fracasso não significa que sofremos o descrédito, mas que estivemos dispostos a experimentá-lo.
5. Fracasso não significa falta de capacidade, mas que devemos fazer as coisas de outra maneira.
6. Fracasso não significa que somos inferiores, mas que ainda não somos perfeitos.
7. Fracasso não significa que perdemos nossa vida, mas que temos boas razões para começar de novo.
8. Fracasso não significa que vamos ficar para trás, mas que vamos lutar com maior ímpeto.
9. Fracasso não significa que jamais lograremos nossas metas, mas apenas tardaremos um pouco mais para alcançá-las.
10. Fracasso não significa que Deus nos tem abandonado, mas que Ele tem uma idéia melhor.
Todos nós estamos dispostos a lutar para alcançar o êxito, mas muitas vezes as provas nos debilitam pelo caminho. Alguns, diante do primeiro obstáculo abandonam a carreira. Quantas mulheres que tiveram uma experiência sentimental equivocada, e disseram que jamais creriam nos homens de novo, “jamais me casarei, todos os homens são iguais”, e não quiseram superar seu fracasso. Todos nós teremos que passar por diferentes tipos de provas. No entanto, só alcançaremos sucesso se formos firmes e determinados.
1. Mantenha viva a chama da fé
A permanência da fé tem uma conotação eterna. Deus nos criou em fé. Deus é o arquiteto e o construtor. O arquiteto tem idéias. Ele é uma pessoa que pensa muito, e não se fixa no caos ou nas adversidades, mas naquilo que pode conquistar. Trabalha no plano das idéias. Logo ela a reproduz em papel e lápis. Quando a tem aperfeiçoado, a transforma em uma maquete e entrega ao construtor. 
O que Deus fez conosco? Deus não olhou para o fato que estávamos separados dele, submersos nos vícios e no pecado. Ele viu o que ele poderia fazer através de nós. Ele projetou uma mudança em nossas vidas e famílias, e estendeu sua mão de misericórdia até que fomos alcançados por sua graça e transformados pelo poder do seu Espírito Santo. Pedro disse que nos tornamos participantes da natureza divina. E isso significa que Deus nos dá a mesma capacidade a cada um de nós. Podemos trabalhar nos planos das idéias, podemos renovar nossa mente, podemos trabalhar com idéias criativas. Não devemos olhar para os fracassos em nossa vida ou em nossa família, ou finanças. Você deve entender que Deus chamou você para coisas grandes, para que você tenha êxito. Se você fracassou no passado, não significa que Deus quer que você seja um fracassado. O senhor quer lhe levar ao êxito.
2. Tenha um sonho
Esperança fala de amanhã. Muitos confundem esperança com fé. Alguns dizem: tenho fé que um dia vou sarar. Isso não é fé, é esperança. A fé conquista a cura agora, a fé conquista as finanças agora. A fé conquista a restauração familiar agora. A esperança é a projeção para o amanhã, é a visão, o sonho. E todos devemos ter um sonho. Qual o sonho que tenho para minha vida? Alguém disse: “Aquele que aponta para nada, chegará a lugar nenhum”. Deus quer que nós tenhamos grandes visões. Alguém disse: “Empreende grandes coisas para Deus, e Deus fará grandes coisas”.
3. Tenha metas definidas
Você deve saber para onde vai. Pense que você está num avião, viajando e o piloto fala no alto-falante, dando todas as informações de vôo, mas termina dizendo que não sabe para onde está indo. Muitos assim estão trabalhando sem propósito nesta vida. Estamos orando como nunca, lutando como nunca, mas não sabemos pelo que oramos e lutamos. Temos que ter metas e saber o que será de sua vida nos próximos três a cinco anos. Que metas você tem e como vai alcançá-las.
4. Esteja aberto às mudanças
A inovação é o poder criativo de Deus. Ele quer dar a você idéias e coisas novas. Por exemplo, uma experiência do Pr. César Castelanos: quando seu grupo de jovens era pequeno de 40 a 70 pessoas, o Senhor começou a falar com ele para usar a inovação. Muitos jovens não permaneciam na igreja, porque tudo tirávamos deles. A música não pode escutar é do diabo. Você não pode dançar, pois é do diabo. Seus amigos antigos são do diabo. Não participe de reuniões sociais, porque isso é do diabo. O Senhor disse: “vocês tiram tudo dos jovens, e não lhes dão nada em troca. Filho, a música não é do diabo, eu a criei, e tenho uma música melhor do que a do mundo. Tenha boa música”. Introduziram um louvor avivado para os jovens, e começaram a inovar na música, na dança. Antes usavam as danças hebraicas, mas era fora da sua cultura. E começaram a ter suas próprias danças com jovens e grandes coreografias, e a reunião de jovens começou a crescer. De 70 foi a 200, a 500, e começavam as 4 e terminavam as 9. Ele tinha que dizer aos jovens que se fossem, pois tinham que limpar o templo. Agora são 15.000 jovens que assistem as reuniões aos sábados, que amam ao Senhor de todo coração e alma, e cerca de 600 se entregam ao Senhor. E isto começou quando inovamos o louvor. Engrandeça ao nome do Senhor. Aceite a inovação.
 5. Nunca deixe o seu primeiro amor
Paulo disse que a fé, a esperança e o amor permanecem, mas o maior é o amor. Em Ap 2 o Senhor diz “contra ti tenho que abandonaste teu primeiro amor”. Lembra-se de quando você aceitou ao Senhor no começo, quando orava, jejuava, testemunhava, estava apaixonado pelo Senhor? Lembra-se quando estava recém-casado? Era muito amável, educado, lhe dizia “meu amor”. Como as coisas mudaram. Já não há manifestações de afeto, apenas uma rotina. Não prestamos atenção ao que o cônjuge fala. O amor tem esfriado. E Deus quer restaurar o primeiro amor em cada vida. Não somente com Deus, mas também na vida conjugal e familiar. Se você pode dizer eu te amo para seu cônjuge quando acorda, então poderá amá-lo (a) durante todo o dia! Temos que reavivar a chama do amor. Muitas pessoas crêem em Deus, mas nem todas estão apaixonadas por ele. Nós devemos estar apaixonados por Deus.

PERIGOS MORTAIS NA VIDA DO LÍDER - PARTE 3

A VULNERABILIDADE DO POVO– Ec 7:14

1 – O tempo de bajulação

Na tradução da Bíblia mais usada entre os evangélicos brasileiros, a Almeida Revista e Corrigida, não existem as palavras adulador ou bajulador, e sim lisonjeador. Lisonjear é dirigir elogios interesseiros a alguém. O Dicionário Houaiss define lisonjear como “enaltecer com exagero, visando à obtenção de favores, privilégios”. Quase todo ser humano é vulnerável ao elogio e poucos sabem se defender dos bajuladores. Todos nós estamos muito mais prontos para ouvir uma palavra de elogio, mesmo sendo mentirosa, do que cem palavras de exortação. O rei Henrique IV, da França, resumiu essa nossa vulnerabilidade ao dizer: “Apanham-se mais moscas com uma colher de mel do que com vinte tonéis de vinagre”.
O livro de Provérbios avisa que “o homem que lisonjeia a seu próximo arma uma rede aos seus passos” (Pv 29.5), e que “a língua falsa aborrece aquele a quem ela tem maravilhado, e a boca lisonjeira opera a ruína” (Pv 26.28). Adular é a forma portuguesa do vocábulo latino aduláre, e significa etimologicamente “o movimento que o cão faz com a calda ao se aproximar do dono” (Dicionário Houaiss).
Alguém afirmou que “a bajulação tem virado mais cabeças do que o mau hálito”.

2 - O tempo de rejeição

Quando sentimos o "frio" de uma rejeição - pensamos “será que alguém ainda nos ama?” ou “Será que seremos amados novamente”. Tentando encontrar algum sentido no meio da nossa dor, podemos responder à rejeição de maneiras destrutivas: Achar que a culpa é nossa - "O que será que eu tenho de errado que faz com que as pessoas se afastem de mim? Será que causo tanta repulsa a ponto de ninguém conseguir me amar?" Jogar a culpa nos outros - Assim, os vemos como seres malévolos responsáveis pelo fracasso do relacionamento. Achamos que culpa é só deles e que ninguém presta ou merece confiança. Culpar Deus pela nossa dor - Pensamos que se Ele está no controle de nossas vidas e nos ama, então, Ele deveria nos proteger de experiências como estas. Nenhuma destas maneiras destrutivas de enfrentar a rejeição são respostas verdadeiras. O que realmente precisamos é nos achegar a Deus, que "está perto dos que sofrem e salva os de espírito abatido". Ele fará sobressair a tua justiça como o meio dia. Ainda pode haver muitos que te reconhecem, alegre-se com e por esses. O sofrimento é importante porque nos faz pedir a ajuda de Deus, e nos abre para a cura que ele quer promover em nossas vidas. Pode não parecer assim no início, mas a cura começa quando enfrentamos e aceitamos a tristeza e a decepção.
O processo de crescimento é difícil. Respostas destrutivas à dor da rejeição podem nos tirar a alegria, a paz e o amor, mas se, ao contrário, respondermos de maneira saudável, sofrendo e pedindo a ajuda de Deus, teremos nosso caráter fortalecido, nossa fé aprofundada e permitiremos que Deus mude e cure nossos corações.

3 – O tempo de perseguição

A partir do momento em que coloca a cruz na mira dos seus olhos, a marcha de Jesus só tem um rumo: para a frente. Se formos bons aprendizes de Jesus, certamente seremos firmes em nossas posições, sem, no entanto, esquecermos a prudência. Aprenderemos também a não nos admirar com a perseguição, Mt 5:10.
O mundo tem apenas duas reações básicas ante a genuína pregação do Reino de Deus: arrependimento sincero ou perseguição declarada. Ninguém consegue manter-se indiferente diante do inequívoco anúncio do Reino de Deus e das claras explicitações de seus objetivos e implicações.

Conclusão: Paulo disse que se o seu propósito maior fosse agradar aos homens ele não seria servo de Cristo, Gl 1:10; 1 Ts 4:1.

PERIGOS MORTAIS NA VIDA DO LÍDER - PARTE 2

O DESÂNIMO

Os demônios são mestres em provocá-lo. Há pessoas que executam seus trabalham e voltam para casa num profundo desespero. As coisas não estão dando muito certo, os planos se desmancham, as críticas os lembram sempre suas falhas. Pessoas com as quais contava, em vez de ajudarem levantaram-se contra. Como lidar com isso? Todo líder já passou por isso. A Bíblia mostra pessoas de Deus que caíram na malha desse mal. Elias enfrentou esse mal após um grande triunfo, pois seu triunfo causou muito mal à Jezabel que ameaçou-lhe de morte.
Desânimo é um estado de abatimento da alma. Certamente você já se sentiu em algum tempo desanimado e sabe como isso é desagradável. Se não resistirmos a ele hoje, amanhã agravar-se-á até ao ponto de perdermos toda a motivação, a alegria e a perseverança. O que o desânimo representa na vida de um líder:

O desânimo é uma porta aberta para o fracasso

O próprio Deus fez uma série de recomendações a Josué quando ele assumiu a liderança do povo de Israel. O Senhor prometeu vitórias e prosperidade. Porém, tudo estava condicionado à perseverança de Josué e ao seu bom ânimo.  Josué foi discípulo de Moisés e distinguiu-se por sua fidelidade. Deus tratou de ministrar durante todo o ministério de Josué para que o desânimo não se instalasse em sua vida, porque o líder desanimado não conquista nada.  Em Js 10, foi Josué quem ministrou ao coração do povo de Israel acerca do desânimo. Também precisamos cuidar uns dos outros para que o abatimento não venha sobre nós. Eis as palavras de Josué ao seu povo: Não tenham medo! Não desanimem! Sejam fortes e corajosos! (Js 10.25).

O desânimo faz parte do caráter do derrotado 

Um discípulo de Cristo tem a bênção do Deus Todo Poderoso para vencer e conquistar territórios. Lutas, dificuldades, adversidades, todos têm que enfrenta-las. Sem elas não há conquista nem vitória. Mas Deus garante que estará conosco por onde quer que andarmos. O próprio Senhor Jesus ministrou este ensino aos seus discípulos, advertindo-os: Neste mundo vocês terão aflições. Contudo, tenham bom ânimo. Eu venci o mundo. (João 16.33).
a) O desânimo pode ser fruto de fracassos. Fracassos financeiros, afetivos, estudantis. O discípulo de Jesus aprende a tomar posse da novidade de vida que Deus nos oferece. Em Jesus tudo se faz novo!
b) O desânimo pode ser fruto da falta de perspectivas. Há pessoas que não têm expectativas de melhoras, de conquistas, de prosperidade. O discípulo de Jesus aprende que o melhor de Deus está por vir. Com Jesus nós superamos dificuldades e rompemos limites.
c) O desânimo pode ser fruto de uma ingratidão. Alguém por quem você fez tanto e que não reconhece seu esforço. A ingratidão pode acarretar feridas que produzirão o desânimo. Precisamos aprender a lidar com a ingratidão como Jesus lidou. Quando ele curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer, Ele não ficou desanimado por isso.

O desânimo impede a colheita 

O maior problema do desânimo é que ele pode levar à desistência. O discípulo que não readquire o bom ânimo de Cristo tende a desistir. A desistência leva a perder o fruto para o qual se semeou. Sobre isto o apóstolo Paulo escreveu: E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. (Gl 6.9). Aproveite este momento para orar com seus discípulos e levá-los a rejeitar todo desânimo em suas almas. Deixe que o Espírito de Deus use sua vida para “confirmar o ânimo dos discípulos”. Aproveite também para dar oportunidade aos novos de confessar a Jesus como Senhor e Salvador.

O discipulado é uma arma contra o desânimo 

Há pessoas que têm tanta fragilidade de alma que qualquer dissabor é capaz de fazer escoar sua alegria. São pessoas melancólicas, tristes. Para corrigir esta deficiência na alma dos Seus discípulos, o Senhor estabeleceu o discipulado em Sua Igreja. Sendo discipulada a pessoa se expõe a ser ajudada, podendo com isso, romper com suas deficiências.  O livro de Atos conta do trabalho dos apóstolos Paulo e Barnabé no trato com os novos discípulos de Cristo: Voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé, dizendo que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus. (Atos 14.22 – na Edição Contemporânea de Almeida). Observe a ênfase do trabalho dos discipuladores: fazê-los enfrentar os dissabores sem perder o bom ânimo.

Conclusão: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia” (2 Co 4:16).