sábado, 27 de setembro de 2008

AS CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO

Segundo temos aprendido – discípulo é alguém que crê em tudo o que Jesus disse e faz tudo o que Ele ordena. Paulo, ao se converter, tornou-se um discípulo tão fiel a Jesus que afirmou àqueles que não se mantinham fiéis: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6:17). Isto significa que ele trazia em si algo maior que qualquer argumento contrário a uma vida cristã autêntica.
O discipulado significa uma vida marcada, envolvendo pelo menos três cousas fundamentais que chamaremos de:

As Características do discipulado

1 - Obediência – demonstração de dependência, Jo 8:31

· Um discípulo é uma pessoa que é dedicada e obediente à Pessoa e ensinos do Mestre. J. Dwight Pentecost fez um comentário conciso sobre esta obediência: "Cristo exigia a submissão absoluta à Sua autoridade, a completa devoção à Sua Pessoa, confiança na Sua Palavra, e fé na Sua providência, e os homens se desculpavam porque não queriam se dedicar, não podiam confiar, e não acreditavam... Os discípulos eram aqueles que, depois de terem convicção da veracidade da Palavra, dedicavam-se completamente à Pessoa que os ensinara"
· Se alguém fica aquém desta dedicação total e completa à Pessoa de Jesus Cristo, não é um discípulo de Jesus Cristo. Pode ser contado entre os curiosos, ou pode ter progredido até ao ponto em que tem convicção da vera­cidade daquilo que Cristo dizia, ou daquilo que diz a Palavra de Deus, mas enquanto não se dedique totalmente à Pessoa em cuja Palavra veio a crer, não é um discípulo no pleno sentido da palavra conforme o Novo Testamen­to.
· A pessoa não fica sendo discípulo meramente pelo seu assentimento à veracidade daquilo que Cristo ensinou; fica sendo discípulo, isto sim, quando se submete à autori­dade da Palavra de Deus e deixa a Palavra de Deus con­trolar a sua vida.
· Conforme os ensinos do próprio Jesus, somos verdadeira­mente os Seus discípulos quando permanecemos na Sua Pala­vra, João 8:31. Este fato implicaria em deixar a Palavra de Deus exercer controle absoluto sobre as nossas vidas, e em procurar, com obediência, fazer com que cada aspecto da vida esteja em conformidade com os ensinamentos bíblicos, Lc 14:33.


2 - Amor – demonstração de bom relacionamento, Jo 13:34-35 

· Num certo opúsculo, Francis Schaeffer chamou o amor "a marca do cristão". É a característica mais óbvia e sem igual do discípulo de Jesus Cristo. E é a exigência mais fundamental para quem quiser ajudar as pessoas.
· Quando o apóstolo João estava escrevendo a sua Primeira Epístola, reconheceu que alguns dos seus leitores estavam tendo dificuldades em saber quais as pessoas que realmente eram cristãs e quais não eram. Para ajudar neste problema, João indicou que os cristãos eram as pessoas que se caracteri­zavam pelo amor. Se uma pessoa não tem amor, disse João, provavelmente não é um cristão, 1 Jo 4:7-11.
· Nem todos os cristãos se comprometem totalmente a serem discípulos de Jesus Cristo, mas todos os cristãos devem revelar pelos menos algumas características do amor. É uma contradição pensar que alguém pode ser um verdadeiro seguidor de Cristo e não ser amoroso, 1 Jo 4:8, 20-21.

3 - Frutificação – demonstração de maturidade, Jo 15:8

· Vivemos numa sociedade que se orienta em direção ao sucesso. Todos querem ser bem-sucedidos, e a maioria de nós trabalha com seus vários planos pessoais para atingir aquele alvo.
· Em João 15, porém, Jesus contou aos Seus seguidores que todos estes esforços seriam era vão a não ser que o discípulo fosse dedicado a Cristo, de modo consistente, permanecendo nEle, ao invés de forçar o caminho com seus próprios planos ou confiando nos seus próprios recursos. Jesus emprega a ilustração de videiras que não estavam produzindo uvas. A melhor coisa para tais sarmentos, segundo Ele disse, é serem cortados da videira e queimados no fogo.
· Walter Henrichsen, dos Navegadores, conta como reagiu quando reconheceu, pela primeira vez, que Deus poderia che­gar certo dia e destruir toda a obra humana centralizada em si mesma (2 Pe 3:10). "Que choque... reconhecer que tudo quanto eu planejava edificar, Deus chegaria e destruiria! Quero que vocês saibam que aquilo me desanimou... Não valia a pena. Para que dedicar todo o meu tempo e os meus esforços a construir alguma coisa que Deus já disse que have­ria de queimar?" Desta forma, o Sr. Henrichsen voltou-se para a sua Bíblia e ali descobriu que há, pelo menos duas coisas que Deus prometeu que nunca destruiria: a Sua Palavra, Is 40:8 e o Seu povo, João 5:28, 29; 1 Jo 2:17. "Há outras coisas eternas — Deus, anjos, virtudes tais como o amor — mas eu queria alguma coisa eterna que pudesse agarrar com a minha mão e dar a minha vida em troca dela. Ao estabelecer os objetivos da minha vida podia me dedicar a pessoas e à Palavra de Deus, e saber que Deus não seguiria meus passos para destruí-las no fogo".

Conclusão: Veja o exemplo de Paulo e seu zelo diante do seu compromisso com Deus e sua obra, 1 Co 9:27 “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. Jesus advertiu-nos para que não sejamos iludidos pelos valores ilusórios, Mc 8:36-38 “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos”.

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