terça-feira, 18 de novembro de 2008

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 2

Introdução: Vimos no estudo anterior que é fundamental participarmos ativamente das reuniões e cultos promovidos pela igreja a que estamos ligados. Hoje vamos estudar outro tema para ser aplicado na vida daqueles que desejam uma vida diferenciada no Reino de Deus, que não se contentam em ser figurantes, mas participantes ativos. NUTRINDO-SE DIARIAMENTE COM A PALAVRA DE DEUS Sl 19:7-11 Chamamos de momento devocional o tempo que paramos, diariamente, para investir em nossa comunhão com Deus através da leitura, meditação e oração, Sl 119:55, 62. Todos devem amar a Bíblia, Sl 119:165. Amando-a devemos lê-la todos os dias, Sl 1:1-2; 119:97. O apóstolo Paulo orientou seu discípulo Timóteo a ler a Bíblia, pois isto o tornaria sábio para a salvação, 2 Tm 3:15. O salmista Davi também fez referência aos resultados da Palavra de Deus, afirmando que ela lhe fazia “mais sábio, mais entendo e mais prudente” (Sl 119:98-100). A Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, 2 Tm 3:16. O escritor da epístola aos Hebreus referiu-se a ela como sendo “viva e eficaz” (4:12). A Bíblia é o melhor manual de conduta humana que existe. É um livro que possui autoridade e poder de modificar a vida e o comportamento das pessoas, pois não se trata de uma palavra comum, mas a Palavra de Deus, cuja aplicação proporciona sentido, brilho, alegria, vitória e um destino glorioso, 1 Pe 1:25. De acordo com a Bíblia Deus é auto-existente eternamente, a história do mundo começa na criação, passa pela degeneração do ser humano, Deus provê um plano de restauração para aqueles que crerem em Jesus e por fim, novos céus e nova terra. A Bíblia também afirma que os perdidos, isto é, aqueles que não entraram no plano de redenção em Jesus, ao morrer irão para o inferno e, por fim serão lançados no lago de fogo, Ap 21:8. Aqueles que aceitaram o plano de redenção através de Jesus irão para o Paraíso e, por fim habitarão em novos céus e nova terra, Ap 21:1. Dentre tantas declarações do livro de Salmos a respeito da Bíblia, Davi dedicou o maior Salmo (119) à Palavra de Deus. Apesar de tudo isso, é impressionante como a maioria dos membros das igrejas negligenciam tão rico tesouro. São aptos a defenderem o livro em si, mas são incapazes de comunicar seus ensinos por um único motivo – não lêem. Somos inteligentes e aptos a comentar e emitir opiniões detalhadas sobre política, futebol, carros, etc., mas deveríamos investir essa inteligência também no estudo e proclamação dos ensinos sagrados. O contato direto, pessoal e perseverante com a Bíblia é o nosso principal meio de crescimento espiritual, resultando em bênçãos em todas as áreas da nossa vida. Estudando a Bíblia aprenderemos a moldar nosso caráter, vivendo de modo sábio e correto, ocupando nossa mente com os pensamentos de Deus, sendo transformados à imagem e semelhança do Criador, mantendo um relacionamento profundo com o Espírito Santo, “Por meio das tuas leis, consigo a sabedoria e assim detesto todos os caminhos da mentira” (Sl 119:104). Podemos absorver as verdades cristãs freqüentando os cultos, ouvindo sermões, assistindo dvds de pregações e filmes evangélicos, programas na tv, estudos bíblicos, testemunhos e lendo livros evangélicos, mas isso não pode nos furtar de mantermos nosso momento devocional particular diário, pois esse momento pode ser comparado à raiz da nossa vida espiritual – sem ele podemos nos enfraquecer, “Se a tua lei não tivesse sido o motivo da minha alegria, eu já teria morrido de tanto sofrer” (Sl 119:92). “A maioria das pessoas preocupam-se com passagens da Bíblia que não entendem, mas as passagens que me preocupam são as que eu entendo” (Mark Twain). “Uma pessoa que se privou do conhecimento da Bíblia, privou-se da melhor coisa que existe no Mundo” (Woodrow Wilson). “Enquanto outros livros informam e poucos reformam, só este livro transforma” (A. T. Pierson). “A Bíblia é uma mina de diamantes, um colar de pérolas, a espada do espírito; um mapa pelo qual o cristão navega para a eternidade; o roteiro pelo qual anda todos os dias; o relógio pelo qual acerta sua vida; a balança com a qual pesa suas ações” (Thomas Watson). “O cristão percebe que os dentes do tempo roem todos os livros, menos a Bíblia. Dezenove séculos de experiência a têm provado. Ela passou pelo furor da crítica que nenhum outro volume sofreu; suas verdades espirituais suportaram as chamas e saíram ilesas até do cheiro de queimado” (W. E. Sangster). Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma dedicação total a Deus

Vida dedicada integralmente a Deus

“Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda jovem, vestido de uma estola sacerdotal de linho” (1 Sm 2:18).

Introdução: Ana era uma mulher atribulada pelo fato de ser estéril. Esse era um problema que motivava discriminação, ridicularização e zombaria. Ela, porém, resolveu clamar a Deus a fim de reverter a situação. A Palavra de Deus afirma que Deus “faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos”. Suas orações não mudaram apenas o curso de sua vida, mas da história de Israel e do ministério profético. Deus lhe concedeu o privilégio de ser mãe de um menino a quem pôs o nome de Samuel, que significa “pedido de Deus”, isto é, “este filho é fruto de um milagre”. Samuel foi o último dos juízes de Israel e quem teve a responsabilidade de implantar a monarquia nessa nação. Além de juiz, ele teve uma função chave como profeta e sacerdote. Desde sua infância foi a pessoa usada por Deus para dar um forte impulso no ministério profético, uma vez que “...naqueles dias a palavra do Senhor era muito rara e havia pouca visão” (1 Sm 3:1).

Transição: O texto básico mostra-nos que não precisamos esperar os dias da velhice para servir ao Senhor, pois Samuel desde criança foi introduzido no templo – no ofício sacerdotal e profético. Vamos ver como sua vida foi dedicada a Deus.

I – MINISTRAVA PERANTE AO SENHOR 
Ana prometeu que dedicaria o fruto do seu ventre a Deus. Deus acreditou nela e lhe proporcionou ser a mãe de Samuel. Desde cedo, assim que foi desmamado, levou-o para estar no templo diante do sacerdote Eli. Enquanto criança somos dependentes da vontade e responsabilidade de nossos pais. Isso pode ser muito bom ou ruim, mas não temos como escolher isso. É uma conseqüência da vida. Samuel foi privilegiado, pois nasceu em resposta de oração, e o que vem de Deus é bom. Veja o que diz a Palavra de Deus sobre a casa do justo em contraste com a casa do ímpio: Provérbios 10:7 “A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá”; Provérbios 15:6 “Na casa do justo há um grande tesouro, mas nos frutos do ímpio há perturbação”. Paulo fez menção positiva de Timóteo, por ser ele um guardador da fé herdada de sua mãe e avó. Isso é o que Jesus pediu aos pais: “ensina a criança o caminho que deve andar, e quando crescer não se desviará”. Infelizmente, esse não foi o caso da maioria de vocês, que tiveram um exemplo negativo diante de pais descomprometidos com Deus e comprometidos pela idolatria, ocultismo e dedicação, conscientes ou inconscientes. O que fazer diante disso? É preciso renunciar o passado e tomar decisão firme e determinada em ministrar perante o Senhor. Não adianta ficar lamentando o passado, mas assumir uma nova postura. Phillip Raskin afirmou: “aquele que desperdiça o hoje lamentando o ontem desperdiçará o futuro lamentando o hoje”. Sua vida hoje é resultado de ontem, mas amanhã vai depender de sua decisão hoje – está nas suas mãos a decisão! Pior do que não decidir certo é decidir e manter-se relaxado no propósito. Pare de olhar para onde esteve e comece visualizar aonde quer chegar. Você não conseguirá mudar o passado, mas o seu futuro poderá lhe proporcionar muita felicidade se hoje estiveres disposto a ministrar perante o Senhor. Não viva das cinzas do passado. Viva de brasas vivas. Satanás pode ter se aproveitado do seu passado por atitudes sua ou de seus pais ou qualquer outra autoridade sobre a sua vida, mas agora a decisão é sua. Escolha servir a Deus de forma dedicada, hoje! Não permita que o passado negro e sombrio venha ofuscar o brilho da glória de Deus no presente e que virá. Deus nos conduz de glória em glória! Dias melhores virão pode acreditar! Deus quer sua vida no altar sacerdotal e profético – aqui e agora! Sinta-se desmamado da religiosidade de seus pais é hora de ter sua própria experiência. “Se quiserdes e me ouvirdes comereis o melhor dessa terra”.

II – SENDO AINDA JOVEM
Em muitas pessoas há uma total ignorância quanto ao trato com as coisas espirituais – pensam que compromisso com Deus é para aposentados. Em Samuel temos um grande exemplo. Ele foi um dos principais líderes do povo de Israel, mas sua dedicação a Deus foi desde cedo na vida. Se você não teve o privilégio de nascer num lar evangélico, isso não é motivo para pânico: Deus quer você agora na juventude. Ainda é tempo! Nunca é tarde para tomar uma decisão como essa. Jeremias achava-se incapaz devido a sua juventude, mas Deus o convenceu de que aquele era o momento de se dedicar ao ministério profético. Na verdade, ser jovem não depende tanto da idade, mas do estado de espírito. Sendo assim, espera-se de vocês que tenham um espírito excelente - faça mais... Do que existir – viva; Do que escutar – ouça; Do que concordar – coopere; Do que crescer – floresça; Do que gastar – invista; Do que considerar – comprometa-se; Do que sonhar – realize; Do que ler – aplique; Do que receber – retribua; Do que desejar – creia; Do que somar – multiplique; Do que orar – adore; Do que gostar – ame. Una-se a equipe de construção e não de demolição; Una-se aos promotores de unidade e não de divisão; Una-se aos agradecidos e não aos murmuradores; Una-se aos santos e não aos impuros; Samuel deixou o mundo de lado e aplicou sua juventude nas mãos de Deus e isso foi retribuído por Deus: “E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor” (1 Samuel 3:19-20)


III – VESTIA UMA ESTOLA SACERDOTAL
Crie um pensamento – tenha um ato Crie um ato – tenha um hábito Crie um hábito – tenha um destino Eis aqui um autêntico ato profético, que não é um passe de mágica, mas algo cujo embasamento é firme: “ensina a criança o caminho... e ela não se desviará”. Sua mãe vestia-o de sacerdote, desde a infância. Porque nosso Brasil é o país do futebol – porque para chutar não precisa saber ler – aprende-se mesmo sem escola. Entre os judeus, a habilidade de raciocínio era maior, não havia bola – por isso eles eram as testemunhas de Deus entre as nações da terra. O que havia entre eles é o ensino da Palavra, pois uma criança com 05 anos já sabia o pentateuco e toda a lei mosaica: 1) “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, 2) e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, 3) e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; 4) e escreve-as o nos umbrais de tua casa o e nas tuas portas, 5) para que se multipliquem o os vossos dias o e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra” (Deuteronômio 11:18-21). Se uma influência negativa funciona, porque não vai funcionar a influência positiva? Funciona que Samuel tornou-se uma autoridade respeitada em todo o reino. Foi ele quem transicionou a teocracia para a monarquia. Ungiu reis, advertiu, reprovou, profetizou e confortou. Foi ele que por ordem de Deus reprovou Saul e aprovou Davi no reinado.

Conclusão: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade...” (Ec 12:1). Uma frase que me surgiu na mente poucos minutos antes de ministrar: “nunca é cedo para começar e nunca é tarde para desesperar”. O dia é hoje! Mensagem ministrada pelo pastor Wanderley da Silva no Encontro de Jovens da IPR de São José-SC em 02/11/2008.

AMPLIANDO A TENDA PARA CONQUISTA

Isaías 54:1-4

Isaías estava profetizando sobre a restauração de Judá. Eles tinham sido levados cativos para a Babilônia, mas Deus estava trazendo-os de volta para que retomassem as cidades e reconstruísse tudo o que tinha sido destruído. Era uma profecia sobre o futuro de Israel e que, portanto, trazia uma mensagem de esperança. Ele faz uma analogia chamando Sião de mulher, sendo Deus, o Criador, o seu marido (v.5). Por causa do pecado do povo (esposa), o marido (Deus) tinha se divorciado (o exílio na Babilônia). Por isso não teve filhos, estava estéril. Mas Deus estava restaurando esse “matrimônio”, o que faria com que muitos filhos surgissem como resultado, muito mais do que antes – “...porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor” (v.1). Deus não criou a esterilidade (tanto que disse: crescei, frutificai, multiplicai...). A criação original não previa nem compactuava com a esterilidade. A frutificação é inerente ao Espírito de Deus. Isso nos revela que, o fato de Judá ter sido levada como escrava e viver em esterilidade, não agradava a Deus. Portanto, Ele estava propondo a restauração. E a restauração nada mais era do que devolver a capacidade para crescer, frutificar, multiplicar. O sinal da presença de Deus é a vida, e a vida gera vida.


É TEMPO DE ALEGRIA
Se falamos de restauração e avivamento, falamos de vida espiritual, o que implica em frutos. Não se pode, jamais, separar avivamento de frutificação. O Senhor quer conduzir muitos filhos à glória (Hb 2:10). A Igreja do Senhor Jesus é a Sião mencionada aqui. A proposta de Deus se aplica também a nós. Ele quer nos restaurar e devolver a capacidade de frutificar, porquanto estávamos estéreis. A Igreja, de uma forma geral, ainda está estéril. Esta passagem, escrita por Isaías, nos orientam sobre o conteúdo e a dimensão da obra que Deus quer fazer no meio do Seu povo. Ele começa falando sobre a alegria. “Canta alegremente...” (v.1). Dar à luz é motivo de muita alegria. Nas culturas antigas, era motivo de vergonha e de tristeza não poder ter filhos, e Israel estava naquela condição. Logo, poder ter filhos era motivo de muita alegria e júbilo! A Igreja deveria sentir-se assim! O Senhor estava convidando Seu povo a se alegrar. Eles não tiveram dores de parto, agora experimentariam a honra de tê-las. As dores de parto eram dores que alegravam a mulher. Interessante o paradoxo: dor e alegria ao mesmo tempo. A reprodução espiritual segue o mesmo princípio do parto natural. A mulher sente dor ao ter o filho, mas a alegria de poder abraçá-lo logo após o parto supera infinitamente a dor. Quando acontece uma ação do Espírito, um mover de Deus, surge no meio do Seu povo uma intensa alegria em poder sentir as dores de parto. Paulo disse: “...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl.4:19). É uma dor, uma renúncia, um sofrimento que vale a pena!


É TEMPO DE REPRODUÇÃO

Quando o Espírito Santo é derramado Ele tem um só objetivo: reproduzir, procriar. Alguns encaram o relacionamento com Deus da mesma forma que um casal quando se recusa a ter filhos, pois quer apenas usufruir o relacionamento. Isso não é possível no relacionamento com Deus. Não poderá haver intimidade sem o propósito de multiplicar a vida. É preciso renúncia - Alguns não querem ter as “dores de parto”, porquanto isso exige renúncia, muito desconforto, e, às vezes, o preço é altíssimo. Essa atitude egoísta reflete claramente a falta de intimidade com Deus e de um verdadeiro relacionamento com Ele. Para aquelas mulheres no passado a maior vergonha era não ter filhos, por isso faziam qualquer coisa para poder alcançá-los. Os que ficam constrangidos e não se conformam com a esterilidade, desejam ardentemente e começam a clamar a Deus, como clamou Ana. Ela pediu a Deus um filho e o fez com intensidade e profunda contrição de espírito: “Levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (I Sm.1:10). Deus ouviu a sua oração e ela gerou a Samuel. Nossa atitude deveria ser a mesma, na disposição de pagar o preço da dor e do desconforto. Se você tem alegria em poder reproduzir-se, é sinal de que está debaixo do mover do Espírito; se for o contrário, você está precisando curvar-se diante do Senhor para buscar o perdão e a restauração! É preciso fé - Existem, também, aqueles que já não mais acreditam poder frutificar. Estão tanto tempo na Igreja sem produzir, que já desanimaram, ou se acostumaram com a esterilidade! Pois, assim como Deus falou a Judá naquele tempo, Ele está falando hoje e usando os seus profetas para anunciar que o Senhor está trazendo um novo sopro do Seu Espírito, que atingirá a todos e fará a todos frutíferos. Neste caso a incredulidade é o maior empecilho, assim como aconteceu com Sara! Ao ouvir o anjo anunciando a Abraão, seu marido, que daria à luz com noventa e nove anos de idade, estando atrás da porta da tenda, riu-se no seu íntimo (Gn.18:12). A resposta de Deus foi: “Por que se riu Sara...? Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?...” (vs.12,13). Algumas pessoas, ao ouvirem que vão produzir muitos filhos espirituais, podem estar rindo no seu íntimo. Isso é incredulidade. Sara concebeu e gerou um filho, chamado Isaque, que quer dizer “riso”, porque riu. No entanto, teve motivo de riso com o nascimento de um filho, pelo que disse: “...Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” (Gn.21:6).


É TEMPO DE AMPLIAR A TENDA
A outra instrução de Deus, através de Isaías, foi: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças...” (v.2). Muitos filhos viriam e não seria mais possível continuarem com a casa do mesmo tamanho, e isso não significa apenas espaço físico. O que podemos entender é que a Igreja precisa preparar-se para receber os novos filhos. É necessário que se mude as estruturas, que a Igreja se organize de tal forma que todos possam ser amparados e que nenhum se perca. As células são compatíveis com o clima de avivamento, porquanto retêm o fruto, e ele não se perde. A célula é uma equipe que trabalha em unidade para produzir filhos e criá-los até serem fortes e adultos para gerarem outros! “...E não o impeças...”. Nada deve interferir na visão no projeto de Deus para a Sua Igreja. Não devemos deixar que a carnalidade, a divisão, a falta de santidade, ou mesmo o tradicionalismo, venham impedir que os novos sejam devidamente recebidos, cuidados e alimentados. Quando não permitimos o Espírito Santo agir, nós mesmos estamos impedindo a ação de Deus. E a tenda deve ser estendida antes que venham os filhos! Devemos esperá-los ansiosamente e nos prepararmos durante o tempo de gestação, assim como os pais preparam o quarto do bebê com todo o carinho e expectativa antes que ele chegue.


É TEMPO DE FIRMAR AS ESTACAS
“...Alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas” (v.2). Isto nos fala de fundamento, de firmeza. É necessário que estejamos fundamentando toda essa estrutura. Isso se faz observando a palavra de Deus, a doutrina dos apóstolos, e, mais, os valores do Reino. Os valores determinam nossas prioridades, e estas as nossas práticas. Se não tivermos bem resolvido em nosso interior o que vem sempre em primeiro lugar não estaremos preparados para o que está por vir. As estacas sustentam a tenda. Todas devem estar bem firmadas, do contrário os ventos vão afrouxando uma após a outra, até que todas se soltam e a tenda cai. Devemos cultivar a vida de oração, a leitura da Palavra de Deus, a vida de santidade, o relacionamento familiar, a obediência e o respeito aos líderes, o compromisso com o evangelismo e o discipulado, enfim, a busca do Reino de Deus como prioridade (Mt.6:33). O v.3 nos revela o resultado. Será uma colheita abundante! “Porque transbordarás para a direita e para a esquerda...”. Deus fala de “transbordar” porque a Sua proposta é sempre abundante. Se Ele é o Deus Todo Poderoso e rico em todos os sentidos, é claro que pão-durismo não faz parte da Sua natureza. Ele fala em transbordar, porque a vida se multiplica e não apenas duplica. Quanto mais filhos, mais bênçãos! “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão... Feliz o homem que enche deles a sua aljava...” (Sl.127:3-5).

CONCLUSÃO
O Senhor está tirando toda a esterilidade! É tempo de restauração e de multiplicação. É tempo de alegrar-se antecipadamente pela colheita. Estamos no processo de gestação e a nossa expectativa reflete a nossa fé, como Ana. Deus está ouvindo nossas orações! Vamos nos preparar, alargar o espaço da nossa tenda e firmar bem as nossas estacas. É hora de alegria – “...exulta com alegre canto...”. Os que, porventura, não podem fazê-lo agora, ainda há tempo de clamar, de buscar e de apropriar-se, pela fé, da promessa do Senhor porque “...Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn.18:14).

UMA PARCERIA DE FIDELIDADE

2 Co 8:16-24 Introdução: As parcerias podem ajudar muito ou podem atrapalhar muito. Parceiros infiéis são perigosos a qualquer projeto ou líder. Por outro lado, parceiros fiéis são essenciais e importantíssimos a qualquer projeto. A palavra do profeta Amós, há milhares de anos atrás, já deixava isso bem claro: “andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Jesus falou que uma “casa dividida não subsistirá”. Paulo foi muito enfático ao declarar que uma parceria errada é um verdadeiro desastre e advertiu a igreja de forma contundente, 2 Co 6:14-18: “não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis...” ao que argumentou: 1. Não pode haver sociedade entre justiça e injustiça; 2. Não pode haver comunhão entre luz e trevas; 3. Não pode haver harmonia entre Cristo e o maligno; 4. Não pode haver união entre o crente e o incrédulo; 5. Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos. Paulo afirma que aquele que serve a Deus é o santuário, a habitação, o povo de Deus, portanto, tem o dever de se manter separado, distante do pecado e de qualquer aliança que possa manchar nossa caminhada cristã, bem como bloquear o canal de bênçãos em nossa vida. Em Pv 3:33 está nítida a diferença entre o justo e o ímpio: “a maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém a morada dos justos Ele abençoa”. No texto básico (2 Co 8:16-24), é interessante que notemos quem eram os parceiros de Paulo: um é chamado de Tito e dois são chamados apenas de “irmãos”. Isso nos mostra que nossos parceiros não precisam ser “estrelas” entre o povo, mas pessoas que venham a ajudar o progresso do projeto e do Reino de Deus. Aliás, se não fossem os parceiros “anônimos” o projeto não desenvolveria tanto. Mas, com certeza, Deus haverá de recompensar cada um daqueles que fielmente lutam e zelam pelo progresso da sua obra: “... Deus é galardoador...” (Hb 11:6); “... a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15:7); Vamos observar o caráter dos parceiros de Paulo: I – Tito, vs. 16, 17 e 23 Um gentio que havia se convertido (Gl 2:3) e que se tornara um auxiliar do apóstolo Paulo. Paulo estava dando graças a Deus pela vida dele e pelas suas características pessoais. Isto mostra que em vez de dar trabalho a Paulo, ele trabalhava e tornava mais leve a carga para o apóstolo. Ele possuía a mesma solicitude de amor em relação às pessoas que serviam a Deus em Corinto, isto é tinha o mesmo desejo de Paulo no sentido de ajudá-los. Paulo escreveu-lhe uma carta, onde se refere a ele como “meu verdadeiro filho na fé” (Tt 1:4). Era uma pessoa submissa e disposta a atender ao apelo de seu líder, sendo cuidadoso e de espírito voluntário para ir até Corinto, onde teria o desafio de alcançar êxito naquilo que se esperava da igreja. Companheiro pessoal do apóstolo que cooperava com seu ministério entre os irmãos. Em 2 Co 7:6, Paulo declara que sua presença era para ele um consolo, quando enfrentou as tribulações na Macedônia. Era uma pessoa que recebia ânimo e também animava aqueles que estavam ao seu redor, 2 Co 7:6, 13-14. II – Um irmão, vs. 18 a 21 Esse anônimo irmão foi enviado juntamente com Tito para ajudar a obra do Senhor, que no caso era levantar uma oferta especial para ajudar a igreja em Jerusalém. Tratava-se de um homem que era respeitado no ministério evangelístico e conhecido nas igrejas da região, v. 18. Foi escolhido, isto é, aprovado pelas igrejas para trabalhar como auxiliar no ministério de Paulo na obra de evangelização, v. 19. Esse respeitado irmão seria alguém que, ao lado de Paulo, evitaria que pessoas viessem a acusá-lo em relação a administração das igrejas, sendo que o desejo e preocupação de Paulo era se mostrar honesto diante de Deus e também dos homens, vs. 20-21. III – Outro irmão, vs. 22-24 Trata-se de outra pessoa a quem não foi identificado nominalmente, mas apenas pelo seu caráter. Paulo refere-se a ele como sendo zeloso e, isto após ter sido experimentado em muitas ocasiões e modos. Seu caráter foi provado e aprovado, sendo que isso veio aumentar-lhe mais o zelo e confiança na igreja de Corinto, dispondo-se a ajudá-los naquilo que fosse necessário, v. 22. Estes dois irmãos são chamados de mensageiros das igrejas e glória de Cristo, que deveriam ser respeitados, amados e honrados pela igreja de Corinto, vs. 23-24. Conclusão: O que fica evidente aqui no contexto é que para se realizar a obra de Deus é preciso que haja pessoas fiéis e idôneas, cujos corações sejam apaixonados pela obra de Deus, mas também sejam sensíveis ao apelo do líder, reconhecendo sua autoridade e desejo de crescimento, sabendo que é melhor serem dois do que um. Portanto, “bom e suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133:1).

UMA VIDA DIFERENCIADA - PARTE 1

Não se sinta satisfeito por existir, mas viva intensamente, pois em Cristo temos a promessa de uma vida abundante, Jo 10:10. A partir de hoje, vamos mergulhar nesse tema central e aplicar os temas semanais, assuntos práticos e necessários, a fim de atingirmos o máximo das profundezas de uma vida diferenciada, cientes de que não adianta ter um mapa e não segui-lo, não adianta deixarmos a peça certa e ficarmos improvisando. Jesus disse que aqueles que ouvem a sua Palavra e obedecem são as pessoas inteligentes da vida – têm fundamento bom e não sofrem prejuízos diante das tempestades, Mt 7:24. FREQUENTAR AS REUNIÕES DA IGREJA COM COMPROMISSO Hb 10:22-25 Nada justifica o descuido do povo de Deus em deixar de congregar, porque se trata de plano divino que deve ser exercido com amor, Dt 12:5. Todas as pessoas que pertencem a Igreja do Senhor Jesus Cristo, fundada para ser uma instituição forte, vitoriosa, Mt 16:18, devem ser assíduas a uma igreja local, onde recebem ministração, participam da adoração, das orações, das bênçãos e da comunhão. O zelo na freqüência não se caracterizará prejuízo quando a pessoa for impedida de comparecer por causa de uma enfermidade, serviço obrigatório ou necessidade primordial e séria. Freqüentar a igreja deve ser um ato de adoração. Se todos os membros da igreja assumirem esse compromisso com responsabilidade poderão contemplar, visivelmente, um crescimento sem precedente. Pois ficará evidente um crescimento espiritual, social, fraternal e numérico, At 2:46-47. O ato de congregar nunca poderá ser substituído pelo avanço tecnológico. A invenção da imprensa, do rádio, da televisão, da internet podem ajudar muito a propagação do Evangelho, mas nunca poderá substituir o ato dos cristãos de uma comunidade estarem juntos adorando a Deus, Sl 133. 1. A igreja é uma agência de almas para Cristo e cada membro precisa estar no seu posto. 2. A igreja é uma escola de instrução espiritual e todos os seus membros devem ser alunos pontuais, assíduos e fiéis. 3. A igreja é um farol para Cristo e cada membro precisa deixar a sua luz brilhar diante dos homens, para que eles vejam suas boas obras e glorifiquem a Deus. 4. A igreja é como um edifício formado por pedras vivas e cada uma é importante no seu lugar. 5. A igreja é uma família composta de pessoas diferentes, que deve permanece unida. Freqüentando os cultos, animo e sou animado; testemunho para o mundo o meu zelo e amor na comunhão com Deus e com os irmãos. Negligenciar a freqüência regular à igreja é a coisa mais ridícula e sem sentido que uma pessoa dita "cristã" pode fazer. Cada membro deve sentir como “ato responsável” estar presente na igreja, do mesmo modo que o pastor no púlpito. Não há nada que desanime mais o Pregador da Palavra do que enfrentar bancos vazios porque aqueles que os deviam ocupar tem outras motivações. As freqüências fiéis às reuniões da igreja, além de abençoar a vida da pessoa, serão recompensadas por Deus, Hb 11:6; Mq 4:2. A ausência, sem motivo justo, pode ser sintoma de relaxo, ingratidão, rebeldia, reprovação, frieza ou mornidão espiritual consentida. Escrevendo aos Coríntios, o grande apóstolo Paulo disse: "Ora, quando cheguei a Troás para pregar o evangelho de Cristo, não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito...". Paulo sentiu-se profundamente triste com a ausência de Tito. Saiba que a ausência de uma pessoa num culto, numa reunião ou em outra atividade da igreja que lhe diz respeito, decepa o coração dos demais membros que o amam e, principalmente, do líder, veja o que diz a Escritura: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês” (Hb 13:17). A palavra "igreja" significa assembléia; e assembléia é uma congregação ou ajuntamento de pessoas propositalmente. Se os membros não se reunirem - a igreja não está completa. Muitos usam a igreja como um posto de abastecimento espiritual, emocional e motivacional. Funcionam com o tanque vazio a semana toda, com o motor engasgando e no domingo esperam que num culto de duas horas compense o que se deixou de fazer durante os demais dias. Se quisermos viver uma vida diferenciada isso precisa mudar. Muitos odeiam mudança, mas nesse caso, é necessária, pois do contrário vamos perder o tempo e no final veremos que corremos em vão, 1 Co 9:26-27. Não podemos querer ser como camelo que pode beber água a cada quinze dias. E mais, faça um plano, de tal modo, que sua vida espiritual seja mantida, diariamente, num nível satisfatório para que quando chegar aos cultos e reuniões sua alma esteja preparada para adorar e receber o que Deus tem para dar, pois com isso, a eficácia dos cultos será maior em sua vida. O Salmista declarou: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor. Os nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém” (Sl 122:1-2). “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo” (Sl 27:4). “Como são felizes os que habitam em tua casa; louvam-te sem cessar!” (Sl 84:4). Os cristãos após a ascensão de Jesus assumiram a parte que lhes cabia: “E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus” (Lc 24:53).