segunda-feira, 2 de junho de 2008

A VERDADEIRA AUTORIDADE ESPIRITUAL

I Ts 5:12-13


INTRODUÇÃO: Para falarmos sobre esse assunto é preciso deixarmos claro que toda autoridade e poder procede de Deus. Ele é a fonte de toda autoridade, seja governamental ou espiritual. Inclusive, o diabo tem sua força controlada por Deus. Se Ele não permitir, o diabo não faz nada. Jesus respondeu a Pilatos mostrando-lhe a fonte da sua autoridade: “Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem” (João 19:10-11 RA). Paulo ensinou a respeito das autoridades e como devem ser tratadas: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” (Romanos 13:1-4 RA).

I – DEUS É AUTORIDADE SOBERANA
A palavra afirma o caráter de Jó: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1 RA).
Nesse caso vemos que o diabo não era ignorante com respeito a Jó: “Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face” (Jó 1:8-11 RA).
Podemos observar que o diabo não possuía nenhum condição de tocar nele, a menos que houvesse permissão de Deus: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR” (Jó 1:12 RA).
Novamente o diabo se apresenta diante de Deus ciente de toda a situação: “Perguntou o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa. Então, Satanás respondeu ao SENHOR: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face” (Jó 2:3-5 RA). Note que Deus disse que Jó conservava a sua integridade mesmo que Satanás houvesse incitado sobre ele sem causa.
Mais uma Vez Satanás toca em Jó, só com permissão de Deus e somente até certo ponto: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida. Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2:6-7 RA).
Por fim, prevaleceu a vontade de Deus que é dar vida abundante: “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra (Jó 42:10 RA).

II – DEUS ESTABELECEU E ZELA PELA AUTORIDADE ESPIRITUAL
“Corá, filho de Isar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben. Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome, e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do SENHOR?” (Números 16:1-3 RA).
Coré, Datã e Abirão convocaram duzentos e cinqüenta príncipes do povo e foram até Moisés tirar satisfações e dizer que Moisés não era maior do que nenhum outro entre os filhos de Israel. Isto deixa claro que havia um espírito estranho nesses homens.
Moisés disse ao povo que Deus haverá de responder a eles: “E falou a Corá e a todo o seu grupo, dizendo: Amanhã pela manhã, o SENHOR fará saber quem é dele e quem é o santo que ele fará chegar a si; aquele a quem escolher fará chegar a si” (Números 16:5 RA).
Veja qual foi a resposta de Deus a Moisés: “Disse o SENHOR a Moisés e a Arão: Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento” (Números 16:20-21 RA).
Um líder pode estar seguro que é Deus quem o defende e não precisa ficar amedrontado, mas convicto de que Deus não falha: “Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a realizar todas estas obras, que não procedem de mim mesmo: se morrerem estes como todos os homens morrem e se forem visitados por qualquer castigo como se dá com todos os homens, então, não sou enviado do SENHOR. Mas, se o SENHOR criar alguma coisa inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então, conhecereis que estes homens desprezaram o SENHOR. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também todos os homens que pertenciam a Corá e todos os seus bens” (Números 16:28-32 RA).
Fora com essa idéia que o líder não está em uma condição superior. Perante Deus todos são iguais, mas em questão de autoridade existe uma hierarquia que o próprio Deus estabeleceu. Inclusive, o líder prestará contas das suas atitudes a Deus.

III – DEUS CASTIGA AQUELE QUE SE LEVANTA CONTRA AUTORIDADE ESPIRITUAL
Miriã e Arão se uniram para “FOFOCAREM” a respeito da vida particular de Moisés, mais precisamente quanto seu casamento com uma mulher cuxita (etíope), e isso foi tomando proporções maiores ao ponto de se colocarem em igualdade com Moisés na questão profética: “Falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita que tomara; pois tinha tomado a mulher cuxita. E disseram: Porventura, tem falado o SENHOR somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O SENHOR o ouviu (Números 12:1-2 RA). O líder pode não ouvir as fofocas a seus respeito, mas Deus tudo vê e toma as devidas providências.
Deus os convoca e afirma a eles quem era o verdadeiro profeta: “Logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três, saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos” (Números 12:4-6 RA).
Deus dá seu testemunho quanto a Moisés, o profeta e os repreende por falarem dele: “Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Números 12:7-8 RA).
A ira de Deus se ascendeu contra eles e o castigo veio imediatamente: “E a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos e pecamos” (Números 12:9-11 RA).
Infelizmente o reconhecimento do pecado só vem depois do catigo: “Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos e pecamos” (Números 12:11 RA). Todos nós sabemos que a fofoca é pecado, mas parece que só se cura depois do castigo.
Após a intercessão do líder Moisés é que houve a restauração: “Moisés clamou ao SENHOR, dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures. Respondeu o SENHOR a Moisés: Se seu pai lhe cuspira no rosto, não seria envergonhada por sete dias? Seja detida sete dias fora do arraial e, depois, recolhida. Assim, Miriã foi detida fora do arraial por sete dias; e o povo não partiu enquanto Miriã não foi recolhida” (Números 12:13-15 RA).

CONCLUSÃO: Davi poderia ter elimindo Saul quando este estava em suas mãos: inimigo declarado, rejeitado pelo próprio Deus, desobediente as palavras do Senhor e de seus profetas, mas ele não quis fazer tal coisa: “e disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR” (1 Samuel 24:6 RA). “Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente?” (1 Samuel 26:9 RA). Saul não era problema de Davi, mas de Deus.

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