quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Saúde Conjugal


CASAMENTO SEM SEXO x SEXO NO CASAMENTO
1 Co 7:1-5

O casamento não é apenas amizade, mas de relação íntima entre duas pessoas. Para todos os níveis de amizades estabelecemos limites, mas para um casal não há limites em suas relações.
O casamento não é mudanças. Muitos pensam que a união matrimonial é mudar de casa, de ambiente, de atividades, mudar de rotina.
O casamento não traz felicidade. Muitos que estão solteiros pensam que casamento traz felicidade, dizem: “quando eu casar, eu vou ser feliz”, ou “eu quero casar, porque eu também tenho o direito de ser feliz”. Basta olhar o grande número de casamentos desfeitos para saber se isso é realidade ou não.
O casamento não é refúgio. Às vezes, ouvimos moços e moças desabafando “aparentes frustrações”, dizendo: “não vejo a hora de casar e sair dessa casa”.
O casamento não é só sexo, mas também é sexo. Qual a primeira intenção das pessoas quando se casam? Ir prá lua de mel, fazer o quê? Claro que é para praticarem o ato sexual. A prática sexual na vida de um casal precisa envolver quantidade e qualidade.
Sexo versus compras
Uma pesquisa sobre a vida sexual das britânicas depois do casamento, publicada pela revista feminina First, revela que 40 por cento das mulheres casadas preferem ir às compras a fazer sexo.
Sexo versus abstinência
No total, 37 por cento das mulheres ouvidas afirmam que seriam felizes num casamento sem sexo. A proporção aumenta para 50 por cento entre as mulheres que estão casadas há mais de 20 anos.
Sexo versus chocolate
De 1.500 entrevistados no país de Gales, metade de cada sexo, 52 por cento das mulheres afirmaram preferir o «prazer garantido» de uma barra de chocolate a ter relações com alguém do sexo oposto. Já para 87 por cento dos homens inquiridos, o sexo é a primeira escolha.
Para a psicóloga Anjula Mutanda, especialista em relacionamentos «o sexo é uma parte importante na relação amorosa e uma forma essencial de se relacionar com o parceiro. Portanto, alguma coisa está muito errada». Segundo a psicóloga, a vida de um casal sem relações sexuais gera distância e pode tornar-se o equivalente a viver com um irmão ou uma irmã.
Sexo e Bíblia
Sexo fora do casamento é pecado; todos os cristãos sabem isso, e os incrédulos também.
Não ter sexo no casamento também é pecado (salvo as circunstâncias extraordinárias); talvez nem todos estejam cientes disso.
De acordo com 1 Coríntios 7:3-5, sexo no casamento é uma dívida contraída: “o marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido”. Isso aqui não significa que marido e esposa devem mostrar um ao outro apenas bondade em geral, mas aqui trata-se de sexo mesmo.
Um dos propósito do casamento é “evitar a fornicação” (2). No casamento, seu cônjuge tem autoridade sobre o seu corpo, especialmente no leito matrimonial (4). A “incontinência” no versículo 5 refere-se a falta de auto-controle sexual. Assim, “devida benevolência” em 1 Coríntios 7:3 refere-se especificamente à bondade devida ao cônjuge na relação sexual.
Essa “benevolência” sexual é “devida” ao seu cônjuge. É uma dívida, algo que você deve ao seu marido ou esposa. Não é meramente um favor que você faz caso seu cônjuge tenha sido bom. Obviamente alguns, por causa da idade avançada ou debilidade, etc., são incapazes de cumprir essa dívida, mas cônjuges cristãos normais devem pagar esse débito.
Você está pagando esse débito ao seu marido ou esposa?
Em se tratando de vida sexual, seu cônjuge tem autoridade sobre o seu corpo e, não você: “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (4).

Casamento sem sexo é pecado
É roubo não entregar o que é devido a quem de direito. É roubar o seu próximo mais chegado, a saber, o seu próprio cônjuge. É defraudar seu cônjuge (5). Isso introduz a idéia de engano e fraude.
O casamento, por definição, inclui dar-se ao seu cônjuge. Ao recusar se entregar sexualmente, como prometeu, você comete traição. Isso está fundamentado no egoísmo, o desejo de fazer o que quiser com o seu corpo e não o que o seu cônjuge quer. Esse egoísmo brota da incredulidade, da falta de fé na união vital e espiritual entre Cristo e a Sua igreja que o seu casamento e relação sexual deveriam retratar.
O pecado tem consequências. Deus julgará e castigará você por causa do pecado. Seu cônjuge será ferido, seriamente ferido. Recusar seus desejos sexuais é algo cruel. Ignorar ou ser indiferente para com ele ou ela é impiedade.
Cristo não trata assim a Sua esposa. Ele a amou e se entregou por ela.
Seu cônjuge se sentirá insatisfeito, trapaceado e provavelmente se tornará amargo e ressentido. Assim, seu casamento sofrerá danos que chegará um momento que não terá como reparar. A intimidade física de todos os tipos se secará e você perderá a intimidade emocional e espiritual também.
Pecados conjugais impendem as suas orações (1 Pedro 3:7). As orações nas devoções em família se tornam difíceis; as orações ficam sem resposta. A leitura da Escritura também se torna um dever árduo. Eventualmente isso pode levar a vida espiritual e, até material, à completa negligência.
Casamento sem sexo também torna o seu cônjuge mais vulnerável ao pecado de adultério Lembre-se: um dos propósitos do casamento é evitar a fornicação (2; cf. Pv. 5:18-20). Satanás tem um interesse no seu leito matrimonial. Ele anda em derredor, “buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8). Não vos defraudeis!

De acordo com o ensino de 1 Coríntios 7:3-5 os casais não devem permitir que se tornem sexualmente indiferentes um para com o outro. Não há lugar para escusas mentirosas: “Estou com dor de cabeça”. Isso não é uma licença para explorar ou abusar do seu cônjuge. Nem é um incentivo à tirania masculina. O marido é o cabeça que deve “alimentar” e “sustentar” a sua esposa (Ef. 5:29).
Este texto enfatiza ainda a igualdade entre marido e mulher: o marido deve dar a “devida benevolência” à sua esposa, e “igualmente” a esposa ao seu marido (3), e o marido tem autoridade sobre o corpo da sua esposa, “também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (4). Assim, no sexo, o marido e a esposa cristãos devem procurar agradar um ao outro, e não a si mesmos, pois o amor “não busca os seus interesses” (1Co. 13:5).

Qual então é o papel do sexo no casamento?

Primeiro, sexo não é a única coisa no casamento. É fundamental que o marido ame sua esposa e a esposa se submeta ao seu marido (Ef 5:22-33). Além do mais, o marido deve governar sua esposa em amor e ela deve ser auxiliadora de seu marido (Ef 5:22-33; Gn 2:20s).
Segundo, o sexo não é a principal coisa no casamento. A coisa principal é o relacionamento pactual no Senhor (Ml 2:14). Aqueles que fazem do sexo a coisa principal no casamento ficarão dolorosamente desapontados.
Terceiro, sexo não é a base para o casamento. A verdade da Palavra de Deus é o fundamento do casamento cristão. A amizade pactual de um pelo outro é baseada sobre essa unidade na doutrina da Palavra de Deus em Cristo. Casamos com a aparência, mas temos que conviver com o caráter.

Há uma exceção ao dever do sexo no casamento (além daquele da impossibilidade física) se três condições forem satisfeitas.
Primeiro, deve ser “por consentimento mútuo” (1Co. 7:5) – não uma decisão unilateral do marido ou da esposa, mas de ambos.
Segundo, deve ser “por algum tempo” (5) – não para o resto de suas vidas, ou por semanas, meses e anos, mas por um período específico. Mais tarde eles devem se “ajuntar outra vez” sexualmente (5).
Terceiro, a abstinência sexual deve ser “para vos aplicardes ao jejum e à oração” (5) – não porque eles simplesmente estavam com vontade. Deus colocou certo peso em seus corações, de forma que os prazeres de se alimentar fisicamente e sexualmente são postos de lado por um tempo, para que possam se focar melhor em buscar a Deus.
Todas as três condições devem ser satisfeitas – consentimento mútuo, curta duração e propósito religioso (para oração e jejum) – para um período de abstinência sexual. Onde todas as três condições não são satisfeitas, a “devida benevolência” da relação sexual permanece.
“Venerado seja entre todos, o matrimônio e o leito sem mácula” (Hb. 13:4)

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