quarta-feira, 15 de julho de 2015

Lidando com as adversidades

LIDANDO COM AS ADVERSIDADES DA VIDA

Ec 11:8

INTRODUÇÃO: Você gosta das coisas bem organizadas? Acredita ter tudo sob controle? Planeja cada detalhe com antecedência e se frustra quando algo foge de seu poder? Essas perguntas precisam de respostas e, muitas vezes, não as temos, continuando, assim, a viver como se pudéssemos dar direção à nossa própria caminhada. Salomão deixou-nos uma palavra bem clara: se estamos vivendo um bom momento, não podemos “fechar os olhos” e achar que sempre será assim. Segundo ele afirmou, precisamos estar preparados para os dias das adversidades, que são os dias de trevas, quando parece que não temos visão alguma de onde pisar.


UM PLANO NÃO PODE SER DEFINITIVO – Ec 11:8 
Tão importante quanto ter um bom plano é saber lidar com o inesperado. Bons planos devem ser maleáveis, flexíveis, a ponto de permitirem, se necessário, alterações antes de sua execução. Nossa vida é dinâmica, carregada de surpresas e de novos desafios que surgem diante de nós à medida que caminhamos; por isso precisamos saber lidar com imprevistos. 
 Na maioria das vezes, nos sentimos frustrados quando algo não sai da maneira planejada. É muito provável que quando isso acontece, muitos ficam como se o chão se abrisse sob seus pés. 
 O apóstolo Paulo passou por situação semelhante quando, em um de seus projetos, tinha como plano ser missionário na Espanha e, em vez disso, foi surpreendido com um “plano B”, que o conduziu direto para a prisão. Todos nós, em algum momento da vida, já nos encontramos nessa situação: prontos para embarcar rumo àquela tão esperada viagem, ou certos de que agora seríamos promovidos, ou ainda prontos para realizar o sonho de ingressar na universidade. E a viagem não dá certo, a promoção vai para outro, nosso nome não sai na lista de aprovados. Então acabamos na prisão, assim como Paulo.

UM PLANO ALTERNATIVO PODE TRAZER BENEFÍCIOS – Hb 11:34 
A prisão de Paulo poderia ter significado o fim de tudo, mas ele aceitou o fato, sem tentar negar a realidade, e tirou o máximo proveito de tudo. Em vez de gastar tempo se lamentando e murmurando, ele escreveu cartas - Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemon - que ecoam e nos ajudam em nossa caminhada hoje. Nós também podemos tirar proveito dos planos B e descobrir que melhores do que a viagem ou a promoção serão as cartas escritas no cárcere. Paulo escreveu: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Rm 8.18). Existe uma escalada que ainda não se completou: “Estamos sendo transformados com glória cada vez maior” (2 Co 3.18). Daí esta outra declaração: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Co 4.17). O último patamar dessa escalada é a total recuperação da imagem e semelhança de Deus perdida por ocasião da queda: “Ele [Jesus] transformará nossos corpos humilhados, para serem semelhantes a seu corpo glorioso” (Fp 3.21).

NUNCA PODEMOS PERMITIR QUE NOSSA FÉ SE ABALE – Hb 10:38 
Nem toda teimosia é maléfica e eticamente incorreta. Há uma teimosia santa. É aquela que insiste em acreditar em Deus em toda e qualquer circunstância. Não há maior triunfo do que superar pela fé um transtorno qualquer, de pequena ou longa duração, até que se enxergue a luz no fim do túnel. Além de ser benéfica, essa modalidade de teimosia é uma virtude rara. 
 Veja-se, por exemplo, a teimosia do profeta Habacuque: “Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Deus Eterno e louvarei a Deus, o meu Senhor” (Hc 3.17, 18, BLH). 
 Veja-se também a conhecida e magistral teimosia do salmista: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4). 
 A expressão “ainda que” ou “ainda quando”, usada por Habacuque e por Davi, é muito enfática. Ela quer dizer que mesmo havendo alguma tragédia, grande ou pequena, isso não pode nem deve perturbar a paz daquele que está firmado no Senhor. 
 Aquele que é possuído por essa santa teimosia é capaz de adorar a Deus nos momentos humanamente menos indicados. Depois de perder todos os seus bens e os dez filhos, “Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.20, 21.) A teimosia do homem da terra de Uz era devida à sua certeza: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). O rei Davi comportou-se da mesma maneira: depois da morte do filho, ele “se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do Senhor e adorou” (2 Sm 12.20).

MANTENHA SEMPRE VIVO O ÂNIMO – Jo 16:33 
O ânimo é bom em qualquer tempo, sobretudo em momentos de adversidade. Cobrar ânimo precisa ser um exercício contínuo. Armazenar ânimo é uma das providências mais sábias que você pode tomar. Nada se deve fazer sem ânimo. E o que se faz sem ânimo desgasta muito mais e nem sempre sai a contento. 
 O rei Asa, ao ouvir as palavras do profeta de Deus, cobrou ânimo. Em seguida, teve a coragem de lançar as abominações fora de toda a terra de Judá e de Benjamim e de renovar o altar do Senhor (2 Cr 15.8). O mesmo aconteceu com o rei Ezequias: “Ele cobrou ânimo, restaurou todo o muro quebrado e sobre ele ergueu torres” (2 Cr 32.5). O ânimo sempre gera ânimo. Ele é tão contagioso como o medo. Daí o registro: “O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequias” (2 Cr 32.8). Um dos mais famosos casos de reanimação diz respeito à tripulação e aos passageiros de um navio que estava prestes a naufragar no Mediterrâneo. Eram ao todo 276 pessoas, que não comiam, nem dormiam frente ao perigo de perderem as suas vidas. Um dos passageiros era o apóstolo Paulo, que, baseado numa clara promessa de Deus, procurou levantar o ânimo de todos. Apesar das circunstâncias esmagadoramente contrárias, “todos cobraram ânimo e se puseram também a comer” (At 27.36). “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Os portais do ânimo são as Escrituras Sagradas. A leitura e a meditação da Palavra de Deus, quando freqüentes e regulares, geram ânimo durável e verdadeiro.

CONCLUSÃO: A vitória e a derrota dependem da maneira como cada um se comporta, mas a pior derrota é a de quem desanima. Veja o testemunho de Paulo: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4:12-13).

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