Usar
máscaras pode nos livrar de censuras, mas não é uma atitude segura. Não podemos
afivelar com segurança as máscaras o tempo todo. Nem sempre as máscaras ficam
bem ajustadas. Elas podem cair e cair nas horas mais inapropriadas. Quando a
máscara de Eliabe caiu, todos conheceram que ele era mesquinho, invejoso e
covarde.
Um
advogado acabara de concluir o seu curso de direito. Recém-formado, com muitos
sonhos e planos, queria logo construir um futuro glorioso. Abriu logo o seu
escritório. Equipou-o com rico e moderno mobiliário. Trajava-se impecavelmente
com ternos bem cortados e engomados. Seu sapato de cromo alemão vivia
rigoramente engraxado. Suas gravatas eram todas de seda, combinando com a
tonalidade do terno. A cada manhã, se levantava e fazia seu percurso até o
escritório, sempre carregando uma bela e requintada pasta cheia de papéis.
Aquele advogado tinha uma aparência irretocável. Seu escritório era moderno e
bem decorado. Sua apresentação pessoal era exemplar. Ele só tinha um problema:
ainda não tinha nenhum cliente. Certo dia, a campainha do escritório tocou e
entrou um cidadão. O advogado pensou: está aqui o meu primeiro cliente. Para
impressioná-lo, foi logo pegando o telefone e entabulando uma animada conversa,
dando a impressão que estava fechando um grande negócio com um famoso cliente,
envolvendo muito dinheiro. Após a longa e animada conversa, o advogado colocou
o telefone no gacho e voltou-se para o cidadão que estava postado à sua frente,
dizendo-lhe: “Desculpe-me a demora. Estava tratando de um importante negócio.
Estou agora à sua disposição.” O homem, olhando-o profundamente, disse-lhe: “Eu
sou funcionário da companhia telefônica e eu só vim aqui para ligar o seu
telefone, porque ele ainda está desligado”. As máscaras podem cair nas horas
mais inoportunas e incovenientes.
A
Bíblia diz: “O teu pecado o achará”. Ainda: “Louco é aquele que zomba do
pecado”. E mais: “O homem será apanhando pelas próprias cordas do seu pecado”.
Em outros termos: as máscaras vão cair.
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