Os demônios são mestres em provocá-lo. Há pessoas que executam seus trabalhos e voltam para casa num profundo desespero. As coisas não estão dando muito certo, os planos se desmancham, as críticas os lembram sempre suas falhas. Pessoas com as quais contava, em vez de ajudarem levantaram-se contra. Como lidar com isso? Todo líder já passou por isso. A Bíblia mostra pessoas de Deus que caíram na malha desse mal. Elias enfrentou esse mal após um grande triunfo, pois seu triunfo causou muito mal à Jezabel que ameaçou-lhe de morte.
O desânimo é um estado de abatimento da alma. Certamente você já se sentiu em algum tempo desanimado e sabe como isso é desagradável. Se não resistirmos a ele hoje, amanhã agravar-se-á até ao ponto de perdermos toda a motivação, a alegria e a perseverança. O que o desânimo representa na vida de um líder:
O desânimo é uma porta aberta para o fracasso
O próprio Deus fez uma série de recomendações a Josué quando ele assumiu a liderança do povo de Israel. O Senhor prometeu vitórias e prosperidade. Porém, tudo estava condicionado à perseverança de Josué e ao seu bom ânimo.
Josué foi discípulo de Moisés e distinguiu-se por sua fidelidade. Deus tratou de ministrar durante todo o ministério de Josué para que o desânimo não se instalasse em sua vida, porque o líder desanimado não conquista nada.
Em Js 10, foi Josué quem ministrou ao coração do povo de Israel acerca do desânimo. Também precisamos cuidar uns dos outros para que o abatimento não venha sobre nós. Eis as palavras de Josué ao seu povo: Não tenham medo! Não desanimem! Sejam fortes e corajosos! (Js 10.25).
O desânimo faz parte do caráter do derrotado
Um discípulo de Cristo tem a bênção do Deus Todo Poderoso para vencer e conquistar territórios. Lutas, dificuldades, adversidades, todos têm que enfrenta-las. Sem elas não há conquista nem vitória. Mas Deus garante que estará conosco por onde quer que andarmos. O próprio Senhor Jesus ministrou este ensino aos seus discípulos, advertindo-os: Neste mundo vocês terão aflições. Contudo, tenham bom ânimo. Eu venci o mundo. (João 16.33).
a) O desânimo pode ser fruto de fracassos. Fracassos financeiros, afetivos, estudantis. O discípulo de Jesus aprende a tomar posse da novidade de vida que Deus nos oferece. Em Jesus tudo se faz novo!
b) O desânimo pode ser fruto da falta de perspectivas. Há pessoas que não têm expectativas de melhoras, de conquistas, de prosperidade. O discípulo de Jesus aprende que o melhor de Deus está por vir. Com Jesus nós superamos dificuldades e rompemos limites.
c) O desânimo pode ser fruto de uma ingratidão. Alguém por quem você fez tanto e que não reconhece seu esforço. A ingratidão pode acarretar feridas que produzirão o desânimo. Precisamos aprender a lidar com a ingratidão como Jesus lidou. Quando ele curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer, Ele não ficou desanimado por isso.
O desânimo impede a colheita
O maior problema do desânimo é que ele pode levar à desistência. O discípulo que não readquire o bom ânimo de Cristo tende a desistir. A desistência leva a perder o fruto para o qual se semeou. Sobre isto o apóstolo Paulo escreveu: E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. (Gl 6.9).
Aproveite este momento para orar com seus discípulos e levá-los a rejeitar todo desânimo em suas almas. Deixe que o Espírito de Deus use sua vida para “confirmar o ânimo dos discípulos”. Aproveite também para dar oportunidade aos novos de confessar a Jesus como Senhor e Salvador.
O discipulado é uma arma contra o desânimo
Há pessoas que têm tanta fragilidade de alma que qualquer dissabor é capaz de fazer escoar sua alegria. São pessoas melancólicas, tristes. Para corrigir esta deficiência na alma dos Seus discípulos, o Senhor estabeleceu o discipulado em Sua Igreja. Sendo discipulada a pessoa se expõe a ser ajudada, podendo com isso, romper com suas deficiências.
O livro de Atos conta do trabalho dos apóstolos Paulo e Barnabé no trato com os novos discípulos de Cristo: Voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé, dizendo que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus. (Atos 14.22 – na Edição Contemporânea de Almeida). Observe a ênfase do trabalho dos discipuladores: fazê-los enfrentar os dissabores sem perder o bom ânimo.
Conclusão: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia” (2 Co 4:16).
Um comentário:
Que benção essa palavra pastor,só mesmo se apegando à palavra de Deus é que seremos vitoriosos.
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