2Co 4:13; Rm 14:5
“As opiniões nos custam apenas um fôlego, mas as convicções podem nos custar a vida” (J. Osvalds Sanders).
Somos cercados de pessoas dotadas de opiniões, mas faltam-nos homens e mulheres de fortes covicções. No entanto, para sermos bem sucedidos é necessário que sejamos resolutos naquilo que entendemos ser de importância na vida. Não podemos abrir mão de princípios vitais a um cristão.
Deus não aprova a falta de firmeza, pois Ele próprio “não tem mudança e nem sombra de variação”. E, ao falar a respeito daqueles que lhe servem, afirmou: “o meu justo viverá da fé, mas se ele recuar a minha alma não terá prazer nele”.
Existe na Bíblia muitos fatos que demonstram o quanto é preciso ser firme e decisivo:
Josué, ao perceber que o povo de Israel estava vivendo uma vida de fé volúvel, desafiou-lhe a tomar uma decisão: “Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao SENHOR. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24:14-15).
Elias desafiou o povo a escolher Deus ou Baal: “E Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o. O povo, porém, não lhe respondeu nada” (1Rs 18:21).
Jesus falou que ninguém consegue servir a dois senhores: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6:24). Então é necessário convicção para se apegar a um e rejeitar o outro.
Tiago nos fala que tudo o que fizermos precisa ser por fé, pois aquele que dúvida não alcançará nada: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento” (Tg 1:6). Uma pessoa volúvel pode ser facilmente influenciada pelo enganador.
O homem e a mulher que se dedica a Deus têm que ter diligência (dic. Aurélio: cuidado ativo; zelo, aplicação) para com as coisas aprendidas: “Por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hb 2:1).
O apóstolo Paulo, como qualquer outro líder valoroso, nutria fortes convicções. Ele tinha crenças inabaláveis concernentes a Deus e ao homem, a vida e a morte, ao mundo presente e futuro. Isso credenciava sua liderança:
Quanto as Escrituras Sagradas, ele possuía uma forte convicção de sua autenticidade e valor para poder aplicá-la em todas as facetas da vida: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3:16-17).
Diante das oposições e críticas ele pouco se importava: “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque, embora em nada me sinta culpado, nem por isso sou justificado; pois quem me julga é o Senhor. Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor” (1Co 4:3-5). Na verdade, ele não temia o juízo humano, porque tinha certeza de sua posição diante do Superior Tribunal de Justiça Divina.
Quanto a consciência, ele afirmou que não podemos viver debaixo de acusação. A consciência é uma voz interna que nos tenta impulsionar ou tenta bloquear nossas atitudes, sendo assim precisamos seguir seu conselho e advertência: “Esta admoestação te dirijo, filho Timóteo, que segundo as profecias que houve acerca de ti, por elas pelejes a boa peleja, conservando a fé, e uma boa consciência, a qual alguns havendo rejeitado, naufragaram no tocante à fé” (1Tm 1:18-19). Conservar a fé significa firmeza; conservar a boa consciência significa atitude aprovada.
A consciência é tão fiel em condenar o que é errado, quanto elogiar o que é correto: “Nisto conheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração; porque se o coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3:19-22).
No entanto, a consciência não é capaz de curar a si mesma, de modo que precisamos submetê-la a provisão do Sangue de Jesus, Hb 9:14. Ela não é infalível, pois é flutuante que reage fielmente aos padrões aceitos, padrões que podem ser equivocados:
A consciência de um hindu protestaria com veemência quanto ao fato de matar uma vaca, mas se sentiria satisfeita com o sacrifício de uma viúva sobre a pira do funeral.
A consciência dos promotores da chamada “santa inquisição” se alegravam com o fato de matarem vidas, cujos pensamentos e crenças não fossem iguais aos seus.
O próprio apóstolo Paulo, quando fariseu, sentia-se realizado no fato de ver cristãos sendo exterminados. Só após sua profunda experiência de conversão a Jesus foi que sentiu na consciência o peso de tão grande mau e se arrependeu.
Podemos ter atitudes erradas, embora nos justifiquemos achando que estamos certos. A cosnciência vai determinar de acordo com o padrão aceito.
Precisamos moldar nossa vida e pensamento de acordo com os princípios da Palavra de Deus: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fl 4:8).
1Tm 1:13 “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus”;
2Tm 3: 13-15 “Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus”.
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