terça-feira, 19 de outubro de 2010

Saúde da Alma - 1

O Problema do Ressentimento
2 Co 5:18-20
Quanto às pessoas que vivem ao nosso redor, só temos duas opções: aprender a conviver com elas ou fugir delas. Muitos são aqueles que optam pela fuga, sem ao menos imaginar que, daqui à pouco vão se deparar com outros casos onde a regra é a mesma: ou aprende a conviver com elas, ou foge delas.
Não podemos nos conformar em viver fugindo o tempo todo. Quem vive fugindo, se tiver um momento de bom senso, verá que seu maior inimigo não se ausenta que é a sua própria pessoa, com sua personalidade, gênio e atitudes descabidas.
Tudo que é normal possui um padrão de crescimento e desenvolvimento. Isso deve ser aplicado também na vida emocional. É necessário que cresçamos sempre. Há áreas que atingimos o patamar máximo de crescimento, mas na área emocional não há limites para se crescer.
No convívio com as pessoas, a Bíblia mostra qual é a vontade de Deus: “Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor” (Efésios 4:2 NTLH).
Quando não compreendemos as pessoas, sentimo-nos injustiçados diante das suas atitudes, que nos parece serem ameaças, e o resultado é o ressentimento. Daí em diante, tudo que a pessoa fizer passa a soar negativamente para nós. Nesse caso, precisamos aprender a superar esse sentimento mau, a fim de que não crie raízes em nós e cause perturbação.
O ressentimento é sinônimo de falta de perdão, no caso de ofensas e de incompreensão. Quem não se pré-dispõe a perdoar, haverá de curtir o amargor de um espírito esmagado e preso a um sentimento de vingança. O escritor Lutzer ressaltou em seus escrito que “o indivíduo vingativo é aquele que não se quebrantou diante de Deus, isto é, ele não permite que Deus seja a sua justiça” (Quando a Reconciliação falha, pg 30 – CPAD).
Quem guarda ressentimento vive debaixo de um jugo, onde se debate, desperdiça energia e acaba isolado e morrendo por dentro. Não devemos negar o sentimento mau, mas também não devemos justifica-lo. É preciso que o encaremos como um mal que precisa ser banido da nossa vida. Matemos esse sentimento ruim, antes que ele nos mate e estrague nossos sonhos e projetos.
“Ressentimento” quer dizer “sentir novamente”. Portanto, se em algum momento você sentiu mal em relação a alguém ou alguma coisa e não perdoou ou superou, daqui a pouco, esse estado de dor voltará e poderá ser mais intenso.

Observe esse texto de Provérbios 26:23-26 (NTLHE)
“Como o verniz cobre um pote de barro, as palavras fingidas encobrem um coração mau. O hipócrita que odeia  esconde o seu ódio atrás da bajulação. Ele pode falar muito bem, mas não acredite no que ele diz porque o seu coração está cheio de ódio. Ele pode disfarçar, mas todos acabarão vendo a sua maldade”.
Muitas pessoas se enquadram nesse texto no sentido de viverem ocultando sentimentos negativos não resolvidos. São pessoas que trazem em seu interior uma intensa ira, mas que sabem disfarçar muito bem até certo tempo. No entanto, não é possível, viver enganando por muito tempo.
O ressentimento gera hipocrisia e produz apodrecimento de boas amizades, de famílias, de casais, de grupos, de igrejas e de uma sociedade. Quantos males têm sido divulgado na mídia por consequência de ressentimentos? Basta você assistir um programa jornalístico e verá quanta desgraça. E, fora do alcance da mídia é pior ainda. O ressentimento ferve dentro da pessoa como um ódio assassino. Quando uma pessoa está em fel de amargura ela procura fazer muros em volta de si, foge dos contatos, da comunhão, das reuniões, etc. Quer a todo custo, distância das outras pessoas.
Está comprovado pela ciência médica que o ressentimento torna a pessoa infeliz, impotente, antipática, deprimida e, até com moléstias no corpo. Muitos médicos afirmam que perderiam boa parte de seus pacientes, se estes se livrassem dos ressentimentos que trazem dentro de si. O maior punido pelo ressentimento é aquele que o nutre.

O ressentimento é um grave problema emocional e social, Hebreus 12:14-15 (NTLH)
“Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem isso ninguém o verá. Tomem cuidado para que ninguém abandone a graça de Deus. Cuidado, para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno”.

O ressentimento é um pecado do qual precisamos nos arrepender, Atos 8:22-23 (BEARC)
“Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade”.

O ressentimento não deve ser motivo de orgulho, Tiago 3:14 (BEARC)
“Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade”.

O ressentimento armazenado vai romper as comportas do coração e se manifestará em palavras amargas, murmurações e queixas, Romanos 3:13-17 (BEARC)
“A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz”.
O que fazer para evitar que esse mal domine e estrague a sua vida?
Renove o seu modo de pensar, Efésios 4:23-24 (BEARC)
“e vos renoveis no espírito do vosso sentido, e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”.

Procure por todos os meios a reconciliação, Mateus 5:23-24 (BEARC)
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta”.

Seja pré-disposto a liberar perdão, Colossenses 3:13 (BEARC)
“suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”.

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