O modo como Jesus lidava com pecadores normalmente era marcado por uma ternura tão grande que ele chegou a ganhar um apelido desdenhoso de seus críticos: amigo de pecadores (Mateus 11:19).
Quando encontrava os casos mais graves de leprosos morais (desde uma mulher que vivia em adultério, em João 4:7-29, a um homem infestado de uma legião inteira de demônios, em Lucas 8:27-39), Jesus sempre ministrava na vida deles com notável benevolência — sem fazer nenhum sermão ou duras repreensões. Invariavelmente, quando se aproximavam dele, essas pessoas já estavam destruídas, humilhadas e cheias da vida de pecado. Ansioso, ele lhes concedia perdão, cura e plena comunhão com ele com base na fé que elas
possuíam, e nada mais (cf. Lucas 7:50; 17:19).A única classe de pecadores com a qual Jesus sempre lidava com rigor eram os hipócritas profissionais, falsos religiosos, falsos mestres e os moralistas que promoviam a espiritualidade plástica — os escribas, peritos na lei, saduceus e fariseus. Esses eram os líderes religiosos em Israel — as “autoridades” (usando um termo que as Escrituras muitas vezes usam para se referir a eles) religiosas. Eram os guardiões déspotas da tradição religiosa. Preocupavam-se mais com costumes e convenções do que com a verdade. Quase todas as vezes que aparecem nas histórias do evangelho, a preocupação deles é, principalmente, manter as aparências e agarrar-se ao seu poder. Qualquer pensamento que pudessem ter tido com relação à autêntica piedade sempre vinha depois de outras questões acadêmicas, pragmáticas ou de interesse próprio. Eles eram os hipócritas religiosos por excelência.
Do Livro A OUTRA FACE - John MacArthur, Ed. Thomas Nelson Brasil
Do Livro A OUTRA FACE - John MacArthur, Ed. Thomas Nelson Brasil
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