terça-feira, 28 de julho de 2015

As dificuldades de um pai

A parábola do filho pródigo revela as dificuldades enfrentadas por um pai, quando os filhos não vivem como deveriam viver. Um manifestava insatisfação e resolveu sair de casa; o outro não saiu de casa e manifestou insatisfação também. 

1) O mais novo resolve sair de casa, afastando de seu pai e vivendo regaladamente na devassidão, gastando todo seu dinheiro. Enfadou-se da casa do pai. Entrou em seu coração um espírito aventureiro que pensava que lá fora, longe do pai as coisas eram melhores. Mal sabia ele o engano enorme que estava permitindo em sua alma.

2) O mais velho continuou na casa do pai, mas vivia como se estivesse longe, não abria seu coração para desfrutar de seus privilégios. Estava em casa, mas vivia como se não estivesse. Não desfrutava dos privilégios ou provisões da casa paterna. Quando o filho não abre seu coração para o melhor de Deus, acaba querendo acusar Deus de injusto diante de suas atitudes generosas para com outras pessoas. Nessa condição o egoísmo aflora e não suporta ver os seus irmãos se voltarem para o pai.

Isso retrata a vida dos filhos de Deus. Quantos não dão o devido valor a vida com Deus! 

O tormento de Saul

SAUL É ATORMENTADO POR UM ESPÍRITO MALIGNO
1Sm 16.14 -23

Assim como no caso de Saul, todo ser humano sofre uma concorrência forte entre o bem e o mal, que querem possuí-lo ou dominá-lo. Deus permite o mal, mas não envia o mal sobre seus filhos. Vemos que o espírito mau só pode agir na vida de Saul, por haver ele dado legalidade, através da rebelião e consequente afastamento do Espírito do Senhor, v.14.
“E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do SENHOR”.
Quando há manifestações malignas é possível ser detectada por aquelas pessoas que estiverem por perto – há uma diferenciação nítida no comportamento da pessoa. No entanto, há muita especulação sobre o assunto, pois muitos não possuem o discernimento correto. Os criados de Saul tiveram a clara sinalização de que se tratava, v.15.
“Então, os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito mau, da parte do Senhor, te assombra”.
Não são todas as pessoas que podem resolver essa situação, mas sempre existem aqueles que podem nos ajudar. Muitas vezes a ajuda precisa vir de longe, haja vista, tratar-se de um problema espiritual. Aquelas pessoas que não possuem uma vida consagrada a Deus nada poderão fazer, v.16.
“Diga, pois, nosso senhor a seus servos, que estão em tua presença, que busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito mau, da parte do SENHOR, vier sobre ti, então, ele tocará com a sua mão, e te acharás melhor”.
1Sm.16.17 Então, disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que toque bem e trazei-mo.
Para que haja autoridade espiritual, é necessário não apenas saber executar a harpa, mas é imprescindível que o coração da pessoa esteja bem harmonioso com o coração de Deus. Manejar ou tocar uma harpa pode ser fruto de um talento e dedicação, mas para que haja efeito no mundo espiritual é preciso muito mais do que talentos. Davi possuía muitas características bem nítidas às pessoas no reinado de Saul, mas também possuía o principal requisito – o Senhor era com ele, v.18.
“Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele”.
1Sm.16.19 E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.
1Sm.16.20 Então, tomou Jessé um jumento carregado de pão, e um odre de vinho, e um cabrito e enviou-os a Saul pela mão de Davi, seu filho.
1Sm.16.21 Assim, Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito; e foi seu pajem de armas.
1Sm.16.22 Então, Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois achou graça a meus olhos.
A presença de Davi proporcionava segurança para o rei Saul, porque ele possuía a unção de Deus. Quando se manifestava o espírito mau, Davi adorava a Deus e tudo voltava ao normal, v.23.
“E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com a sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele”.
Você e eu podemos ter a unção que afugenta o espírito mau, independente que seja por opressão ou possessão. Claro que precisamos ser livres para poder ter autoridade.
Em meu nome EXPULSARÃO OS DEMÔNIOS, FALARÃO NOVAS LÍNGUAS, PEGARÃO EM SERPENTES, SE BEBEREM ALGO MORTÍFERO NÃO SOFRERÃO DANO E PORÃO AS MÃOS SOBRE OS DOENTES E ELES SERÃO CURADOS.
Eis que vos dou poder para PISARDES EM SERPENTES E ESCORPIÕES, e nada vos fará dano.


Ministério - Desenvolvendo com Consciência

O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE JEREMIAS
Jeremias 1:19

Introdução: Deus escolheu Jeremias para ser um profeta. Isso ocorreu antes de seu nascimento, 1:5. Jeremias nascera e estivera em crescimento, como qualquer outro ser humano. Tinha sua vida normalmente como outras crianças, adolescente ou jovem. Certo dia, Deus veio até Ele com o fim de estabelecer definitivamente seu plano. Houve alegações negativas por parte de Jeremias (1:6), mas Deus argumentou com maior veemência, 1:7-8. Ser chamado para o ministério profético não era nada popular, era, sim, ser envolvido em desafios e problemas, basta observar o que Jesus falou sobre Jerusalém e o modo como tratava esses ministros: Lucas 13:34 “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!”
Ao estudar os escritos de Jeremias nos deparamos com os conflitos internos de alguém que, seriamente, desejava cumprir a vontade de Deus, mas que deveria ser firme para não permitir que a paixão pelo seu povo, ofuscasse a Palavra divina. Eugene H. Peterson busca descrever o caráter do mais sofrido dos mensageiros de Jeová como: "Vigoroso na batalha, desafiou e contestou a injustiça, a falsidade e a vilania" (Atos e atitudes contrárias à ética e a moral, pessoas praticantes de modos contrários à educação, com nítidos interesses particulares, egoísticos em detrimento aos bons costumes).

1.       REALIDADE INEGÁVEL NO MINISTÉRIO – OPOSIÇÃO
Pelejarão contra ti...
Pelejar: fazer guerra, lutar, provocar e entrar numa batalha contra.
Jeremias durante mais de 40 anos formulou advertências contra os mais altos oficiais do governo, advertências que eles detestavam ouvir e se negavam a obedecer. Várias vezes o prenderam e o lançaram na prisão; quase o mataram. Ele constantemente era ridicularizado.
O profeta Jeremias iniciou seu ministério exatamente em Jerusalém para repreender a sua rebelião aos mandamentos do Senhor, Jr 2. No capítulo 7 ele se põe à porta do templo, que era o centro de adoração dos judeus, e abre sua boca em advertências sobre a vida de adoração vazia que era praticada pelo povo que afluía ao templo. Isso causa uma antipatia geral entre o povo, e consequente retaliação.
Jesus disse certa vez que o diferencial entre o justo e o ímpio pode trazer rivalidade: “se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, por isso vos aborrece”.
Ser profeta é ser contrário à maioria; é reprovar atitudes, trazer advertências, transmitir sentenças de juízo, falar o que a pessoa não queria ou não esperava ouvir. Profeta não é massageador de ego. Profeta é arriscar a vida, colocar a cabeça na guilhotina, mas nunca abrir mão da Palavra de Deus. A missão do homem de Deus é inegociável. Ele foi chamado para cuidar dos interesses do Todo-Poderoso, e proclamar com isenção e coragem a sua Palavra.

2.       PROMESSA GLORIOSA NO MINISTÉRIO – VITÓRIA
Não prevalecerão contra ti
Prevalecer: ser capaz de vencer ou realizar, ser capaz de resistir, ser capaz de alcançar (Strong).
Deus disse que não estabelecia um ministério fraco, medíocre, mas forte, que poderia prevalecer ante aos ataques dos inimigos: Jeremias 1:18 “Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo”.
Não era um chamado para ser uma pessoa popular, mas uma fortaleza contra a imoralidade e rebeldia de todos: reis, príncipes, sacerdotes, falsos profetas e o povo em geral. Um profeta precisa ter um só lema: devo minha vida somente ao Rei dos reis. O profeta é um ministro de uma só palavra, Jeremias 1:9 “Depois, estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e o Senhor me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras”.
Há uma palavra poderosa na boca do profeta: Jeremias 23:29 “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?”
Aqueles que desejam honrar o chamado divino não podem ser conformistas. Paulo disse claramente ao pastor Timóteo, 2Tm 4:1-5.
Jesus, ao ensinar seus discípulos, mostrou essa dura realidade a ser enfrentada por aqueles que desejam servi-lo com fidelidade, mas que há uma riqueza reservada por Deus para que tomem posse na eternidade: “Bem aventurado sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo disserem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, pois é grande o vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5:11-12).

3.       RAZÃO SUFICIENTE PARA PERMANECER NO MINISTÉRIO – PRESENÇA
Porque Eu sou contigo.
Deus é zeloso para com sua palavra, seus princípios e suas promessas. Isso Ele deixou isso bem claro ao novo profeta: Jeremias 1:11-12 “Veio ainda a palavra do Senhor, dizendo: Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o Senhor: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
Jeremias precisava ser guiado pela presença gloriosa de Deus. As instruções divinas eram três (1:7-8): vá para onde eu enviar; fale o que eu lhe ordenar; não tenha medo do povo.
Jesus ao comissionar discipuladores mostrou o maior decreto motivacional – a sua presença constante, o que significa seu poder disponível, Mt 28:19. Dependendo do desafio, utilizamos a munição. Podemos pisar serpentes e escorpiões, que nada nos fará dano. É a garantia que temos quando obedecemos ao seu chamado.

CONCLUSÃO: Ao aceitar o chamado do Senhor para sua vida, Jeremias tornou-se o profeta mais malquisto da história judaica. Pelos parâmetros humanos foi um fracasso, no entanto, pelos parâmetros de Deus, foi um grande sucesso. Ser profeta não é nada fácil, pois ficar sozinho, resistir a multidão e estar em descompasso com a filosofia e os valores do momento, é tarefa para poucos. Ser profeta virou moda, basta um pregador ficar famoso, que já se proclama profeta. Com Jeremias, a coisa foi diferente. Ministério profético não é sinônimo de popularidade, mas solidão.
Assim como Deus tinha um plano para Jeremias, ele tem um plano para cada pessoa. O desejo de Deus é que cada crente viva segundo a sua vontade e deixe que Ele cumpra seu  plano  em  sua  vida.  Como  no caso de Jeremias, viver segundo o plano de Deus podia significar sofrimento, no entanto, Deus sempre age  buscando  o  melhor  para  nós conforme  Romanos  8.28:  “todas  as  coisas  contribuem conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”.
"Como Jeremias, coloque a sua confiança em Deus para ir adiante de você, sossegue os seus medos e use o poder transformador de Deus para tornar as suas limitação em possibilidades ilimitadas" (Jim George).

Precisamos da fé para um caminho não trilhado percorrer;
Precisamos de forças para, sozinhos, o partido de Deus tomar.

JEREMIAS, O PROFETA DAS LÁGRIMAS
Cidade Natal
Anatote.
Filiação:
Filho de Hilquias, sacerdote em Anatote.
Reis contemporâneos:
Jeoaquim, Zedequias, Habacuque e Sofonias (Jr 1.3).
Destinatários de suas mensagens:
Judá (o Reino do Sul) e sua capital, Jerusalém.
Lugares-chaves em sua vida:               
Anatote, Jerusalém, Ramá e Egito.
Dores e sofrimentos:
Lançado na prisão (Jr 37)
Lançado em uma cisterna (Jr 38)
Levado para o Egito contra sua vontade (Jr 43)
Rejeitado por seus vizinhos (Jr 11.19-21)
Rejeitado por sua família (Jr 12.6)
Rejeitado pelos sacerdotes (Jr 20.1,2)
Rejeitado por seu público público (Jr 26.8)
Rejeitado pelos reis (Jr 36.23,26)



Respeito é Fundamental no Matrimônio

Respeito é Fundamental no Matrimônio
Colossenses 3:18 - Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao próprio marido, como convém no Senhor.
Colossenses 3:19 - Maridos, cada um de vós ame sua mulher e não a trate com aspereza.

Introdução: você já deve ter ouvido essa frase: “respeito é bom e eu gosto”. É o que seu cônjuge também tem o direito de dizer. Infelizmente, quando se diz isso, o respeito já escorreu porta afora. Quando duas pessoas convivendo juntas perdem o respeito, o ambiente infernal está montado. Bom e suave é que os casais vivam em união. É a certeza de a vida se tornará muito mais satisfatória.

1)      Individualidade
Não há duas pessoas iguais no mundo. Cada um traz consigo qualidades positivas, mas também imperfeições. Traz bons ou maus costumes, ante os olhos do outro. É necessário compreender as diferenças culturais, familiares, etc.

2)      Sentimento
Somos dotados de emoções. Ninguém é de ferro, e mesmo que fosse, estaria sujeito a serem marcadas. Não podemos tratar nosso cônjuge como se fôssemos os únicos que possuem sentimento. Nosso esposo(a) também tem sentimentos.

3)      Liberdade
Ninguém consegue viver sufocado. É preciso que se tenha um leque de liberdade. Caso isso não ocorra, pode haver desgaste e canseira na relação. Vale lembrar que liberdade não é sinônimo de libertinagem. Liberdade é o respirar com responsabilidade.

4)      Limites
Ultrapassar os limites do bom senso também é uma forma de desrespeitar o cônjuge. Brincadeiras, amizades, etc. que causam desconforto devem ser evitadas. Não posso fazer o que não gosto que seja feito por outro.

Conclusão: Hoje pode ser uma oportunidade de recomeço. Nunca é tarde para relevar e trocar de rota. Sua vida conjugal está insatisfatória? Proponha a você mesmo uma mudança e invista forte no seu relacionamento. O lucro gerado será grande.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Os dramas da vida precisam ser superados

“Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-poderoso” (Rute 1:20).


A vida humana traz muitos dramas oriundos de experiências difíceis pelas quais estamos sujeitos a passar. Noemi deixara Belém para ir com seu marido Elimeleque e seus dois filhos para Moabe, no entanto ocorreram fatos abaladores: a morte de seu esposo e seus dois filhos. O que restou foram três viúvas, Noemi e suas noras, Rute o Orfa. Noemi resolveu voltar à sua terra natal, sendo que sua nora Rute insistiu e foi junto. Lá chegando seus conhecidos e parentes se alegravam com sua chegada. Ela, porém, lhes diz: “não me chames Noemi, mas chamai-me Mara”. Com isso ela fazia referência que o bom e amável tornou-se amargo.
Deus quer te ajudar nas horas difíceis. Ele é o socorro bem presente na hora da angústia. Apresente a Ele suas queixas e dificuldades para que haja uma transformação. Tal como a água transformada em vinho, Jesus pode mudar o quadro da sua vida.
É possível que os momentos de aflição possam ser inspiradores para compormos as mais belas poesias e canções, como afirma o poeta sacro: “os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação. E dos céus as lindas melodias se ouviram na escuridão” (Hinário Aleluia). O salmista sobe tirar proveito dos momentos difíceis: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Salmo 119:71).
Noemi pode se alegrar ao ver sua nora Rute, moabita, ser inserida num glorioso propósito na história de seu povo Israel, tornando-se fundamental na história, casando com Boaz e sendo avó de Davi, o maior rei de Israel, sendo que de sua geração veio Jesus, o Rei dos reis. Deus escreve certo, é preciso lermos certo seus escritos.
Pr. Wanderley da Silva 

Amargura - potente arma maligna

Cuidado com a amargura
Hb 12:15

Tudo o que há de errado em nós é revelado pela luz das Escrituras Sagradas. No entanto, a Bíblia é fonte de vida. Ao revelar o lixo que há em nosso coração, seu objetivo é que façamos a limpeza necessária a fim de vivermos uma vida estável e abundante. Quem insinua que as palavras de Deus são acusadoras e condenatórias é o diabo, pois deseja que vivamos na desgraça, seu propósito é roubar, matar e destruir, Jo 10:10.
Não é nada bom mantermos um compartimento em nossa alma para armazenarmos lixo. Lugar de lixo é na lixeira e, pelo que sei, ninguém possui uma lixeira de estimação. Nós somos o templo do Espírito Santo, não depósito de lixo! O mau cheiro pode se tornar algo normal, se quando o sentirmos, não tomarmos providência quanto à sua eliminação, pois os mesmos produzirão micro-organismos geradores de doenças. Muitos estão colhendo o que não gostariam, mas permitiram que as bactérias malignas fossem sendo alimentadas dentro de sua alma.
Ninguém é perfeito, Rm 3:10. Todas as pessoas já cometeram injustiças contra outras, mas também já foram injustiçadas. Não bastam boas intenções, pois elas não nos isentarão de cometermos erros e de que alguém erre contra nós. Mais cedo ou mais tarde, todos devemos fazer uma limpeza em nossos sentimentos. Bom seria que cada dia nos livrássemos dos sentimentos maus. A Palavra afirma: “não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4:26).
O desejo de Satanás é tornar os pequenos ferimentos em lesões e chagas incuráveis. Ele injeta elementos nocivos e destrutivos no coração, disseminando mágoas que podem ir torturando a pessoa durante toda a sua vida. À primeira vista, esses elementos parecem algo normal e humano, sendo até muitos deles imperceptíveis, mas com o passar do tempo vemos que o inimigo conseguiu oprimir, controlar, frustrar e destruir a vida, os atos e os sonhos da pessoa. Não devemos ignorar os ardis de Satanás, 2 Co 2:11. Devemos sujeitar a Deus, resistir ao diabo, para que ele fuja de nós, Tg 4:7. Isso não acontecerá, enquanto nutrirmos sentimentos de que somos coitadinhos, injustiçados e vítimas de alguma situação. “Não deis lugar ao diabo” (Ef 4:27).
O ser humano é um espírito vivente, que possui uma alma e habita num corpo, 1 Ts 5:23. Portanto, a maioria de nossos distúrbios ou problemas estão ligados à natureza espiritual. Ninguém poderá ter uma vida satisfatória vivendo sob o domínio de um espírito amargurado. Isso reflete no caráter produzindo frieza, falda de compreensão e perdão e até a vingança. O amargurado só consegue “aparente vantagem” diante de pessoas com o mesmo sentimento, pois com estas pessoas não há confronto e, sim, complacência.
Quando alguém se deixa levar por esse mal o resultado é a quebra de relacionamento. Relacionamentos rompidos geram trevas (1 Jo 2:11), insensibilidade e imaturidade.
A mais poderosa arma de destruição usada pelo inimigo, para conduzir alguém ao fracasso, é a amargura. Nenhum homem ou mulher fiel a Deus permanecerá firme se consentir em guardar amargura no coração. A amargura é o veneno da alma, mas que procura penetrar em todas as áreas da vida, inclusive afetando outros, Hb 12:15. A palavra nos adverte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida” (Pv 4:23). O apóstolo Paulo nos adverte: “Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Efésios 4:31).
Vamos encerrar com uma aplicação prática do Salmos 131 em nosso viver diário:

“Senhor, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim. Decerto, fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo. Espere Israel no Senhor, desde agora e para sempre”.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Você tem Valorizado Sua Filiação em Deus?

A parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32) revela as dificuldades enfrentadas por um pai, quando os filhos não vivem como deveriam viver. Um manifestava insatisfação e resolveu sair de casa; o outro não saiu de casa e manifestou insatisfação também. 

1) O mais novo resolve sair de casa, afastando de seu pai e vivendo regaladamente na devassidão, gastando todo seu dinheiro. Enfadou-se da casa do pai. Entrou em seu coração um espírito aventureiro que pensava que lá fora, longe do pai as coisas eram melhores. Mal sabia ele o engano enorme que estava permitindo em sua alma.

2) O mais velho continuou na casa do pai, mas vivia como se estivesse longe, não abria seu coração para desfrutar de seus privilégios. Estava em casa, mas vivia como se não estivesse. Não desfrutava dos privilégios ou provisões da casa paterna. Quando o filho não abre seu coração para o melhor de Deus, acaba querendo acusar Deus de injusto diante de suas atitudes generosas para com outras pessoas. Nessa condição o egoísmo aflora e não suporta ver os seus irmãos se voltarem para o pai.

Isso retrata a vida dos filhos de Deus. Quantos não dão o devido valor a vida com Deus! 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Lidando com as adversidades

LIDANDO COM AS ADVERSIDADES DA VIDA

Ec 11:8

INTRODUÇÃO: Você gosta das coisas bem organizadas? Acredita ter tudo sob controle? Planeja cada detalhe com antecedência e se frustra quando algo foge de seu poder? Essas perguntas precisam de respostas e, muitas vezes, não as temos, continuando, assim, a viver como se pudéssemos dar direção à nossa própria caminhada. Salomão deixou-nos uma palavra bem clara: se estamos vivendo um bom momento, não podemos “fechar os olhos” e achar que sempre será assim. Segundo ele afirmou, precisamos estar preparados para os dias das adversidades, que são os dias de trevas, quando parece que não temos visão alguma de onde pisar.


UM PLANO NÃO PODE SER DEFINITIVO – Ec 11:8 
Tão importante quanto ter um bom plano é saber lidar com o inesperado. Bons planos devem ser maleáveis, flexíveis, a ponto de permitirem, se necessário, alterações antes de sua execução. Nossa vida é dinâmica, carregada de surpresas e de novos desafios que surgem diante de nós à medida que caminhamos; por isso precisamos saber lidar com imprevistos. 
 Na maioria das vezes, nos sentimos frustrados quando algo não sai da maneira planejada. É muito provável que quando isso acontece, muitos ficam como se o chão se abrisse sob seus pés. 
 O apóstolo Paulo passou por situação semelhante quando, em um de seus projetos, tinha como plano ser missionário na Espanha e, em vez disso, foi surpreendido com um “plano B”, que o conduziu direto para a prisão. Todos nós, em algum momento da vida, já nos encontramos nessa situação: prontos para embarcar rumo àquela tão esperada viagem, ou certos de que agora seríamos promovidos, ou ainda prontos para realizar o sonho de ingressar na universidade. E a viagem não dá certo, a promoção vai para outro, nosso nome não sai na lista de aprovados. Então acabamos na prisão, assim como Paulo.

UM PLANO ALTERNATIVO PODE TRAZER BENEFÍCIOS – Hb 11:34 
A prisão de Paulo poderia ter significado o fim de tudo, mas ele aceitou o fato, sem tentar negar a realidade, e tirou o máximo proveito de tudo. Em vez de gastar tempo se lamentando e murmurando, ele escreveu cartas - Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemon - que ecoam e nos ajudam em nossa caminhada hoje. Nós também podemos tirar proveito dos planos B e descobrir que melhores do que a viagem ou a promoção serão as cartas escritas no cárcere. Paulo escreveu: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Rm 8.18). Existe uma escalada que ainda não se completou: “Estamos sendo transformados com glória cada vez maior” (2 Co 3.18). Daí esta outra declaração: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Co 4.17). O último patamar dessa escalada é a total recuperação da imagem e semelhança de Deus perdida por ocasião da queda: “Ele [Jesus] transformará nossos corpos humilhados, para serem semelhantes a seu corpo glorioso” (Fp 3.21).

NUNCA PODEMOS PERMITIR QUE NOSSA FÉ SE ABALE – Hb 10:38 
Nem toda teimosia é maléfica e eticamente incorreta. Há uma teimosia santa. É aquela que insiste em acreditar em Deus em toda e qualquer circunstância. Não há maior triunfo do que superar pela fé um transtorno qualquer, de pequena ou longa duração, até que se enxergue a luz no fim do túnel. Além de ser benéfica, essa modalidade de teimosia é uma virtude rara. 
 Veja-se, por exemplo, a teimosia do profeta Habacuque: “Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Deus Eterno e louvarei a Deus, o meu Senhor” (Hc 3.17, 18, BLH). 
 Veja-se também a conhecida e magistral teimosia do salmista: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4). 
 A expressão “ainda que” ou “ainda quando”, usada por Habacuque e por Davi, é muito enfática. Ela quer dizer que mesmo havendo alguma tragédia, grande ou pequena, isso não pode nem deve perturbar a paz daquele que está firmado no Senhor. 
 Aquele que é possuído por essa santa teimosia é capaz de adorar a Deus nos momentos humanamente menos indicados. Depois de perder todos os seus bens e os dez filhos, “Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.20, 21.) A teimosia do homem da terra de Uz era devida à sua certeza: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). O rei Davi comportou-se da mesma maneira: depois da morte do filho, ele “se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do Senhor e adorou” (2 Sm 12.20).

MANTENHA SEMPRE VIVO O ÂNIMO – Jo 16:33 
O ânimo é bom em qualquer tempo, sobretudo em momentos de adversidade. Cobrar ânimo precisa ser um exercício contínuo. Armazenar ânimo é uma das providências mais sábias que você pode tomar. Nada se deve fazer sem ânimo. E o que se faz sem ânimo desgasta muito mais e nem sempre sai a contento. 
 O rei Asa, ao ouvir as palavras do profeta de Deus, cobrou ânimo. Em seguida, teve a coragem de lançar as abominações fora de toda a terra de Judá e de Benjamim e de renovar o altar do Senhor (2 Cr 15.8). O mesmo aconteceu com o rei Ezequias: “Ele cobrou ânimo, restaurou todo o muro quebrado e sobre ele ergueu torres” (2 Cr 32.5). O ânimo sempre gera ânimo. Ele é tão contagioso como o medo. Daí o registro: “O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequias” (2 Cr 32.8). Um dos mais famosos casos de reanimação diz respeito à tripulação e aos passageiros de um navio que estava prestes a naufragar no Mediterrâneo. Eram ao todo 276 pessoas, que não comiam, nem dormiam frente ao perigo de perderem as suas vidas. Um dos passageiros era o apóstolo Paulo, que, baseado numa clara promessa de Deus, procurou levantar o ânimo de todos. Apesar das circunstâncias esmagadoramente contrárias, “todos cobraram ânimo e se puseram também a comer” (At 27.36). “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Os portais do ânimo são as Escrituras Sagradas. A leitura e a meditação da Palavra de Deus, quando freqüentes e regulares, geram ânimo durável e verdadeiro.

CONCLUSÃO: A vitória e a derrota dependem da maneira como cada um se comporta, mas a pior derrota é a de quem desanima. Veja o testemunho de Paulo: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4:12-13).